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terça-feira, 7 de setembro de 2021

S. Tomé e Príncipe – Um brinde ao Novo Presidente, que promete pacificação - Num país, com 66.2% da população vivendo abaixo da linha de pobreza - Bom era que à Libertação do Colonial, há 46 anos, não sucedesse ainda maior escravidão: continuando dependente da ajuda externa

Jornalista e antigo correspondente, em STP, da revista angolana Semana Ilustrada

UM BRINDE AO NOVO PRESIDENTE de S. Tomé e Príncipe , que promete PACIFICAÇÃO - Bom era que à LIBERTAÇÃO COLONIAL, não sucedesse OUTRA ESCRAVIDÃO - Bom era que assim fosse - Que 46 anos, depois, as Ilhas Verdes do Equador, conhecessem melhores dias, num pais que continua a depender da ajuda externa, a estender a mão à caridade internacional, pagando salários de pouco mais de 40 euros mensais, com dos governantes,  que passou a maior parte do tempo  em  passeatas. https://www.telanon.info/politica/2016/01/07/20879/patrice-so-ca-esteve-75-dias-em-2015-viagens-custaram-1-milhao-e-800-mil-euros-diz-o-mlstp/

O candidato Carlos Vila Nova foi eleito Presidente de São Tomé e Príncipe, à segunda volta, com 57,54%, com um total de 45.481 votos, indicam resultados provisórios divulgados pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN).Enquanto,, Guilherme Posser da Costa obteve 42,46% da votação, com um total de 33.557 votos.

De acordo com os mesmos dados, o outro candidato na segunda volta, realizada este domingo, Guilherme Posser da Costa obteve 42,46% da votação, com um total de 33.557 votos. A abstenção foi de 34,68%, superior à da primeira volta, em 18 de julho, que se situou nos 31,6%.

É noticiado pela imprensa santomense, que, uma das principais prioridades de Carlos Vila Nova, na sua primeira declaração à imprensa após a vitória nas eleições presidenciais de 5 de Setembro, destacou o compromisso com a pacificação da sociedade, fortemente dividida e fragmentada.

Diz, Carlos Vila Nova, que «terei pela frente a pacificação da sociedade santomense. Nos últimos anos tivemos uma política de ódio de perseguição e de exclusão, e sempre disse que temos que combater este fenómeno...», afirmou Carlos Vila Nova.

O sucessor do Presidente da República, Evaristo carvalho,  eleito, com mais de 57% dos votos expressos na segunda volta das eleições presidenciais de 5 de Setembro disse que não tem inimigos na vida política. Segundo Carlos Vila Nova o seu inimigo são o ódio, a perseguição, e outros males que enfermam a sociedade e que, não terão lugar no seu mandato.

Do total de 123.301 eleitores recenseados no país e na diáspora, votaram 80.535. Destes votos, 79.038 foram considerados válidos e houve 344 votos brancos e 1.153 nulos.

S. TOMÉ E PRINCIPE - "66.2% da população vivendo abaixo da linha de pobreza" 


Quebra do cacau  Praia do Uba-Budo - 2014 Foto JTM
Era noticia em 2018  Que a dívida pública de São Tomé e Príncipe permanece em alto risco de incumprimento. O governo assinou um novo quadro macroeconómico de três anos com o FMI no âmbito do Mecanismo de Crédito Ampliado (ECF) para 2015-18

Embora a taxa de crescimento económico de São Tomé e Príncipe tenha sido em média de 4.5% nos últimos quatro anos, os níveis de pobreza e desigualdade continuam a ser uma preocupação. De acordo com as estatísticas nacionais, 13.6% das pessoas no país estão desempregadas, com as mulheres (59%) desproporcionalmente afetadas em comparação com os homens (41%)

Roça Uba-Budo - 2014 - Foto JTM

O nível de consumo privado em São Tomé e Príncipe é baixo, com 66.2% da população vivendo abaixo da linha de pobreza. Esta situação reflete o baixo nível de poder de compra resultante da falta de empresas capazes de criar emprego. De acordo com as estatísticas nacionais de 2005, o ambiente empresarial de São Tomé e Príncipe era composto por 1 373 empresas dos setores público e privado. Estes empregaram 18 123 pessoas, representando uma média de 13 empregados por empresa. A grande maioria dessas empresas concentrava-se no comércio (44%), seguido da indústria e da produção de energia (23%).



Foto de JTM

(…) Conforme observado anteriormente, o setor privado permanece embrionário e é composto principalmente de microempresas assentes em comércio, construção e turismo. A taxa de juro aplicada pelos bancos locais é muito alta, dificultando o acesso do setor privado ao crédito. Existe também a falta de parcerias público-privadas (PPP), e ausência de um quadro jurídico e institucional adequado. A câmara de comércio do país, criada em 1998, é formalmente responsável por promover o melhor clima de negócios.

Foto de JTM

Durante a era colonial, São Tomé e Príncipe foi um grande exportador de matérias-primas agrícolas, em particular para os mercados europeus. À data da independência, em 12 de julho de 1975, a cultura do empreendedorismo industrial era praticamente inexistente, o que motivou a decisão do governo de lançar as bases do desenvolvimento industrial, o qual constitui-se, assim, como único promotor de atividades nessa área. No entanto, a contribuição das indústrias transformadoras para a economia nacional é mínima. O setor privado está limitado a algumas pequenas e médias empresas (PME) em domínios como a panificação, a fabricação de cerveja, a fabricação de tijolos, o óleo de palma, a produção de sumos, os materiais de construção, as tintas, o rum, o sabão, o óleo de coco, a pecuária e as fechaduras metálicas.

Roça Uba-Budo - Foto JTM

(…) As mulheres continuam a ser desproporcionalmente representadas em segmentos socioeconómicos relativamente precários, constituindo assim um grupo vulnerável. Tradicionalmente, as mulheres desempenham um papel fundamental na segurança alimentar, sendo as principais produtoras para a produção, preparação e distribuição de alimentos. Representam 62.5% da população urbana desempregada contra 37.5% dos homens. Contudo, de acordo com o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano 2015 do PNUD, São Tomé e Príncipe tem um Índice de Desenvolvimento de Género feminino-masculino de 0.891, o que está acima da média de 0.872 para a África subsariana.

(…) Uma parte significativa da mão-de-obra do país é jovem, bem-educada e multilingue (português e francês). Entretanto, o fortalecimento da capacidade da força de trabalho por meio da formação profissional e técnica é fundamental para responder à procura de competências dos investidores nacionais e estrangeiros ao passo que a economia continua a desenvolver-se. O custo da mão-de-obra não qualificada básica é de cerca de 55 USD por mês, e está a aumentar ao longo do tempoem como os atuais Objetivos de Desenvolvimento https://www.oecd-ilibrary.org/docserver/9789264278707-52-pt.pdf?expires=1630961454&id=id&accname=guest&checksum=6D99B00DCEA3FEFAC44D4EE23422A7C5


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