"Sinto-me
muito honrada, felicito efusivamente as novas coordenadoras
e coordenadores de outros países e comprometo-me a trabalhar em estreita
sintonia com os poetas e as poetisas são-tomenses, condição imprescindível para
o êxito das ações do Movimento. Agradeço, desde já, a disponibilidade e a
colaboração de todas e de todos. Abraços poéticos e fraternos." - Palavras
expressas na sua página do facebook
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| Com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Fonseca |
"ALÉM DO FIM DO MUNDO" -Diz Guilherme de Souza Bezerra Gonçalves, que "a poesia de Conceição Lima é fortemente marcada pela distopia pós-independência. Em uma realidade social e politicamente fraturada, seu fazer poético não passa sem perceber as situações que a rodeiam. Se, por um lado, seu olhar analisa criticamente essa situação, por outro ele também demonstra um cuidado maior com a poesia e sua construção estrutural: aliando os dois pontos de vista, Conceição cria um novo mundo a partir de velhas e dominantes estruturas de poder"
Autora de três livros de poesia, publicados pela Editorial Caminho, um dos quais, “A Dolorosa Raiz do Micondó’’, acaba de ser lançado pelo Ministério da Educação do Brasil com uma tiragem de 32 mil exemplares.
Trata-se, com efeito, de “uma obra poética que tem sido objeto de vários estudos de Mestrado e de doutoramento em universidades portuguesas e sobretudo brasileiras.” Referência do Téla Nón quando “A Dolorosa Raiz do Mincondó, começava a dar nas vistas - Já se dizia: "Nesta coletânea de 27 poemas da poetisa são-tomense Conceição Lima, o micondó, árvore considerada sagrada em diversas regiões da África, simboliza origem, casa, morada ancestral. A evocação de tais raízes é dolorosa devido a acontecimentos históricos, como a escravidão e a colonização, que imprimiram profundas feridas e rupturas na identidade nacional, e na própria poetisa, cujos antepassados foram trazidos à força para o arquipélago africano e mais tarde enviados para outras terras como escravos. Íntima, pessoal e sofrida, a poesia de Conceição Lima é também dotada de um lirismo e esteticismo sublimes, presenteados aqui pela primeira vez ao público brasileiro. Embora a dor seja uma constante em seus versos, o sentimento que os perpassa é o da sutil esperança de que a mesma memória que resgata os fatos traumáticos ajude a fazer germinar algo novo dos escombros, como o micondó que, com suas profundas raízes e frondosa copa, fez florescer o alfabeto poético de Conceição Lima.”’ 03/04/2014. Raízes de Micondó de Conceição Lima espalham-se pelo Brasil...3 livros para celebrar o Dia da Consciência NegraSÃO ASSIM OS POETAS ...
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| Com Sofia de Melo Breyner |
“Os barcos regressam
carregados de cidades e distância
Adormecem os grilos
Uma criança escuta a concavidade de um búzio.
Na proa, decerto, a decisão da viragem”
Conceição
Lima nasceu em Santana, na ilha de São Tomé, em 1961. Estudou jornalismo em
Portugal. Em São Tomé e Príncipe trabalhou e exerceu cargos de direcção na
rádio, televisão e na imprensa escrita. É licenciada em Estudos Afro-
Portugueses e Brasileiros pelo King’s College de Londres e mestre em Estudos
Africanos, com especialização em Governos e Políticas em África, pela School of
Oriental and African Studies (SOAS), de Londres. Foi durante vários anos
jornalista e produtora dos Serviços de Língua Portuguesa da BBC. Presentemente
é jornalista da TVS, Televisão São-Tomense. Tem poemas dispersos em jornais,
revistas e antologias de vários países. Publicou nesta editora O Útero da Casa
e A Dolorosa Raiz do Micondó


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