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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

São Tomé e Príncipe – Presidenciais: agitam-se discursos: Patrice Trovoada deve regressar quando quiser para enfrentar a justiça – Diz PM Jorge Bom Jesus – “Medo de fraude ronda segunda volta das presidenciais” no próximo domingo


 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP no poder declarou que o ex-primeiro-ministro, Patrice Trovoada, presidente do ADI, oposição, é livre de regressar ao País para poder enfrentar a justiça, tendo considerado uma “cobardia” o seu antecessor ter fugido sem lhe passar a pasta.

 Declarações proferidas na sede do MLSTP-PSD no âmbito de reafirmação de apoio a Guilherme Posser da Costa que disputa este domingo a 2ª volta das eleições presidenciais diante de Carlos Vila Nova apoiado por ADI de Patrice Trovoada.

Têm estado a dizer que há um certo senhor que foi primeiro-ministro no XVI governo e que saiu de São-Tomé, voluntariamente”, disse Jorge Bom Jesus tendo sublinhado que “este governo do MLSTP quando entrou no dia 03 de Dezembro de 2018, eu já não encontrei o outro primeiro-ministro porque ele não me passou a pasta porque ele fugiu antes, é muita cobardia, ele saiu antes”

OS DOIS CANDIDATOS,  TROCAM ACUSAÇÕES 

Na reta final da campanha, trocam-se acusações em noticias e nas redes sociais, entre os dois candidatos  -  Pósser da Costa,  O candidato do MLSTP,  acusa candidato da ADI de "incitar violência e ódio". Vila Nova, por sua vez, diz que MLSTP não mediria esforços para ganhar: "Se tiverem que fazer fraude, vão fazer

Ao eleitorado, Pósser da Costa disse que o seu perfil lhe dá vantagens em relação ao adversário. "Os são-tomenses honestos reconhecem que eu sou um cidadão verdadeiro, um patriota e nacionalista que sempre esteve aqui. Eu sou aquele que não foge à justiça. Se errei, submeto-me [ao tribunal]”, argumenta.

 

O candidato do MLSTP apela por "calma e serenidade” para o final do processo eleitoral. "Não estamos numa batalha de vida ou morte. Estamos a ser protagonistas de um ato democrático”, relembra

O candidato da ADI, Vila Nova  diz que "É preciso credibilizar esta classe política. Encontrar uma plataforma de diálogo com todos os representantes de todos os órgãos de soberania. Desde já não temos a pretensão de criar quintais. Pretendemos fazer de São Tomé e Príncipe um quintal único.”, afirma

Numa comunicação à nação, e depois de ter lido o parecer que solicitou ao professor catedrático Vital Moreira, da Universidade de Coimbra-Portugal,  Evaristo Carvalho, decidiu manter em funções até a tomada de posse do seu sucessor.

EVARISTO CARVALHO NÃO DESMOBILIZA «Quero declarar que permanecerei nas funções para o qual fui eleito pelo povo, enquanto decorrerem os actos da segunda volta da eleição, até o dia de empossamento do novo Presidente da República eleito, igualmente pelo sufrágio universal, directo e secreto, mantendo justa e rigorosamente até esta data o estatuto de Presidente da República», declarou o Presidente da República.

Segundo a Constituição Política de São Tomé e Príncipe, o mandato de Evaristo Carvalho de 5 anos termina esta sexta feira 3 de Setembro

Carlos Vila Nova e Guilherme Pósser da Costa - os dois candidatos à segunda volta das presidenciais deste domingo.

Guilherme Pósser da Costa - Foi primeiro-ministro, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, duas vezes vice-presidente da Assembleia Nacional, líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD). O seu percurso inclui o cargo de juiz do Supremo Tribunal de Justiça. Jurista de formação, licenciado pela Universidade de Coimbra, Portugal. Tem 68 anos e nasceu na cidade de São Tomé. Advogado com longos anos de exercício. Casado com Alice Pósser. Pai de duas filhas e um filho.

Carlos Vila Nova - Foi ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente nos dois últimos governos do partido Acção Democrática Independente (ADI), liderados por Patrice Trovoada (2010-2012/2014-2018). Militante do ADI. Tem 56 anos e nasceu em Neves, distrito de Lembá, no extremo norte da ilha de São Tomé. Licenciado em Engenharia Informática pela Universidade de Orã, Argélia. Empresário de carreira na área do turismo, com passagens pelo escalão intermédio da administração do Estado nos sectores de estatísticas e do turismo. Casado com Fátima Vila Nova, com quem tem duas filhas.



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