Brice
Clotaire Oligui Nguema é o novo homem forte do Gabão.
Brandindo
a sua boina verde da Guarda Republicana, usada em triunfo pelos seus homens
desta unidade de elite, o general foi designado presidente da transição pelos
golpistas na quarta-feira
O presidente de S. Tomé e Príncipe
condenou, esta quarta-feira, o golpe de estado militar no Gabão, onde um grupo
de militares anunciou na televisão o cancelamento das eleições presidenciais
que reelegeram, no sábado, Ali Bongo Ondimba e a dissolução de todas as
instituições democráticas.
Concordo com a posição
de Carlos Vila Nova - Os golpes militares, venham lá de onde vierem, nunca
deverão merecer aprovação – as fardas militares não foram criadas para
governar - Os africanos, quando emigram para a Europa, para que
países é que vão trabalhar? - Para os países dos novos colonizadores que se
querem substituir aos antigos? – Certo que as democracias africanas, não têm
sido exemplos de virtudes, mas também não creio que sejam os militares a
melhorá-las.
Para Carlos Vila Nova a usurpação do poder
pela via das armas é um ato que deve merecer a condenação de todos os países
que vivem o estado de direito democrático.
«Toda e qualquer forma de inversão da
ordem constitucional não pode merecer a nossa concordância. É um ato que
condenamos porque ele vem na sequência da interrupção do funcionamento de um
estado de direito normal».
Segundo Vila Nova, em democracia «há
que se respeitar a decisão soberana do povo. Faz-se eleições e os resultados
devem ser aceites ou podem ser contestadas, mas, a usurpação do poder pela via
das armas é um acto que merece a condenação e de todos os países que vivem o
estado de direito democrático».
Avançou o presidente da república que, dos
contactos possíveis junto de algumas fontes no Gabão, ´«o presidente deposto
Aly Bongo está em residência fixa e está bem, mas, sob vigilância médica. As
ruas estão a ser patrulhadas para evitar a pilhagem e a situação parece calma»
– frisou.
Segundo ainda o presidente da república, a
comunidade santomense radicada no Gabão está bem e foi aconselhada a não sair
de casa. «A comunidade santomense está bem, foi aconselhada a não sair
de casa, falei com a embaixadora, estão todos em casa. Aparentemente está tudo
calmo, mas, é preciso estar atento ao evoluir das próximas horas» – conclui
a chefe de estado santomense na sua primeira reacção ao golpe de estado militar
no vizinho Gabão.
José Bouças
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