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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

São Tomé e Príncipe – Canoagem – Marca presença nos mundiais de Canoagem na cidade alemã de Duisburgo - Pena não seja incentivada a competição das pirogas nativas como sucedeu noutros tempos – África a reboque da cultura do plástico ocidental em vez de preservar a memória da sua ancestralidade.

    Jorge Trabulo Marques - Jornalista e antigo navegador em pirogas no Golfo da Guiné

A canoagem São-Tomense, que bem cedo se inicia na suas tradicionais pirogas,  participa nos mundiais de Canoagem a decorrer na de 23 a 27 deste mês na cidade alemã de Duisburgo, informou à STP-Press, uma fonte federativa  - Depois de ter brilhado no sexto campeonato africano de canoagem que decorreu na Costa de Marfim onde as equipas conquistaram 8 medalhas  


Segundo a mesma fonte, São Tomé e Príncipe toma parte no evento através dos canoístas Kelvy de Nazaré e Admilson Sousa, respectivamente. – Acrescentando que os mundiais de Duisburgo, garantem, igualmente a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris/2024.

Antevêem-se, pois,  boas perspetivas - Depois dos jovens são-tomenses, terem conquistado 8 medalhas no sexto campeonato africano de canoagem que decorreu na Costa de Marfim,  duas de prata e seis de bronze, em quinto lugar na classificação geral. Uma prestação brilhante que soma 12 medalhas em três competições internacionais – Tendo, em 2023, logrado  três medalhas de ouro no Primeiro Almiral Africano Porbeni, um torneio de canoagem, em Abuja, Nigéria, entre os dias 26 e 30 de Julho.

Diz a mesma fonte à STP-Press , que os mundiais de Duisburgo, garantem, igualmente a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris/2024.


A habilidade com as canoas é uma técnica que vem sendo aperfeiçoada por muitos povos,  em troncos escavados, desde os mais recuados tempos e nada tem a ver  com a chamada canoagem da atualidade, em canoas ou caiaques em fibra de vidro, carbono, plástico ou Kevlar e que participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos na Alemanha, em 1936, se mantendo até hoje. Nos caiaques, rema-se sentado com um remo de duas pás. Na canoa, o canoísta apoia-se no assoalho da canoa com os dois joelhos e usa remo de uma só pá.


Pecador de S. Tomé 

Pessoalmente defendo até uma regata de canoas no golfo da Guiné, a que já me referi  em – https://canoasdomar.blogspot.com/2022/01/regata-bianual-de-canoas-nativas-vela-e.html

Pois, em vez de ser a África, a defender a sua cultura ancestral é  cultura do plástico, ddo consumismo  e do desperdício a impor as suas leis e práticas desportivas

A GRANDE EPOPEIA AFRICANA NÃO PODE SER IGNORADA -  - O continente africano é o berço da humanidade: foi daí que irradiou o Homo sapiens . Os seus homens e mulheres, povoaram lugares nunca dantes povoados; atravessaram continentes, criaram civilizações, culturas e formaram reinos - E, mesmo os que nunca dali partiram para a grande aventura da Diáspora, tinham os seus costumes, as suas tradições e  as suas hierarquias - Eram livres à sua maneira.

No entanto, nas ilhas verdes do  Equador  - e o mesmo sucederá, naturalmente, noutros países africanos – a iniciação dos jovens filhos de pescadores ou que vivem debruçados sobre as zonas costeiras,  começa em meras pranchas de madeira ou pedaços de piroga

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