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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Celebração do Equinócio do Outono 22-09-2025 - Chãs- Foz Côa - Homenagem ao Príncipe do Liechtenstein Hans-Adam II pela defesa das Gravuras do Côa com a leitura de um poema de Ulrich von Liechte E à jornalista e poetisa santomense Conceição Lima pela sua obra literária e seu ativismo em defesa dos direitos culturais e literários Vencedora do 44º Prémio Anual Northern California Book Award, nos EUA, em mais uma tradicionl saudação no altar do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª - Maravilha Pré-Histórico de Portugal

Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador , antigo navegador solitário em pirogas no Golfo da Guiné.Além do video, editado, atualizaremos a postagem com mais videos, logo que possivel


O 1ª dia do Outono foi saudado ao nascer do sol no recinto de um antiquíssimo e majetoso calendário solar, cuja gruta é atravessada pelo esplendor da estrela mais bela da Terra, com belos momentos de poesia, em manhã suave e luminosa de 22 de Setembro - aldeia de Chãs- Foz Côa

A celebração, ocorreu, uma vez mais, às 08 horas da manhã, aos pés do altar de um dos calendários pré-históricos do Stonhenge Português - No recinto do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª -
Herança arqueológica, composta por alinhamentos sagrados com todas as estações do ano, que se ergue, entre o antigo termo de Longroiva e de Muxagata, a que, as inquirições de Dom Dinis, aludem, como o templo de Izeda, em louvor da deusa Isis, a deusa do sol, adorada primeiramente pelos egípcios e cujo culto se propagou por outros pontos do mundo.


Prestada singela homenagem ao Príncipe Hans-Adam II do Liechtenstein- Pelo seu apoio à defesa das Gravuras Rupestres do Vale e com a sua presença pessoal. Com a leitura de um poema de Ulrich do Liechtenstein: E, deste modo, nos associarmos aos 29 anos da fundação do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) , efeméride que ocorreu no passado dia 10 de agosto, data da a sua abertura ao público, em1996

Mereceu-nos também especial atenção a poesia da poetisa santomense, Conceição Lima, que, recentemente, ganhou o 44º Prémio Anual Northern California Book Award, nos Estados Unidos da América,  com a sua antologia poética No Gods Live Here (Aqui Não Moram Deuses). Prémio atribuído por unanimidade do júri, considerado um feito inédito na história do galardão, cuja obra explora a memória pós-colonial e a identidade africana

Foram também lidos poemas de Natália Correia, Manuel Alegre, do poeta fozocoense Jorge Vicente, dedicado a José Lebreiro, habitual colaborador e peregrino nos Templos do Sol, Maria de Assunção Carqueja ; Manuel Daniel, Fernando Pessoa e António Ramo Rosa

Poeta  Manuel Daniel  - Nosso distinto  peregrino  - Deixou-nos, neste dia,  em 22 de Janeiro de 2021 Uma vida intensa e multifacetada, pautada pela dedicação mas também pela descrição. Desde, há alguns anos, vinha debatendo-se com extremas limitações da sua vista, por ter ficado completamente cego, no entanto, nem por isso, dentro do que lhe era possível e com apoio amigo da família, lá ia compondo os seus versos e editando livros. Em cujos poemas perpassa o que de melhor têm a poesia portuguesa -

Dominando com mestria os mais diversos géneros poéticos e neles se expressando, a par de um profundo sentimento de religiosidade, o amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos, suas inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida e o destino do homem.

António Ramos Rosa , nasceu a 17 de Outubro, em Faro, e faleceu no dia 23 de Setembro, 2013 .
Recebeu-me, muitas vezes, em sua casa, a título pessoal ou por razões profissionais para a Rádio Comercial - Proporcionou-me agradáveis e inesquecíveis  momentos  de convívio  e até no café onde costumava ir. Tornámo-nos  amigos e visita praticamente familiar. Datilografei-lhes e passei-lhes alguns dos seus poemas para o meu  computador - ele não o usava, nem gostava dessa palavra mas havia outras que, ouvindo-as pronunciar, podiam ser o ponto de partida para um lindo poema -  sim, confiou-me alguns manuscritos (com uma letra quase indecifrável) para os transcrever, numa altura em que, por razões de saúde, ele tinha alguma dificuldade em escrever ou em batê-los à máquina - Outros vertidos directamente para o papel, que ía escrevendo, à medida que  brotando da sua mente





Longe dos olofotes das noticias sensacionalista. Celebrado, sem a presença de qualquer entidade, quer da autarquia local, quer do município ou mesmo do Parque Arqueológico, sim, apenas com a participação de um pequeno grupo de peregrinos mas de forma muito calorosa e expressiva


Meu renovado abraço amigo: a António Lourenço, José Lebreiro, Agostinho Soares, José Sobral, ao pintor João Neves e ao santomense Elídio Sacramento e a Diana, sua amorosa e muito querida esposa

António Lourenço. – Um dos raros exemplos de servir a causa pública – Ex-autarca da freguesia de Chás,  que serviu ao longo de mais de 30 anos e cujo excercío mudaria, no bom sentido da palavra,  completamente  a face da minha  aldeia, desde o ´saneamento, ao abastecimento de água e de eletricidade, entre tantas outras valiosas obras e melhoramentos.


Pintor João Bento Neves– De regresso a estes espaços, mais de 20 anos depois. Foi a primeira testemunha a observar comigo o alinhamento da Pedra do Solstício – em 2002 Neves - Foi professor de Desenho e Pintura em Viseu e expôs coletivamente em Lisboa, Porto, Sintra, Oeiras, Cascais, Londres e Newark.Está citado no “Dicionário de Autores de Banda Desenhada


O meu contacto com artista e um bom amigo, , data dos anos oitenta, altura em que ele trabalhava para a Walt Disney Portuguesa Artista multifacetado - pintura, banda desenhada, ilustrações e restauro (sendo colaborador do Sr. Feller da Costa, um dos mais antigos e conceituados antiquários de Lisboa, onde tem procedido ao restauro de obras valiosíssimas.

O pintor João Neves nasceu em Santiago de Cacém a 10 de Agosto de 1959 -Manifestando desde cedo aptidão para o desenho, publica os seus primeiros trabalhos no jornal “A Capital” aos 12 anos(o canibal Trancinhas) Após o serviço militar é convidado para trabalhar para a Walt Disney Portuguesa como desenhador de letras, de capas e colorista.



Um ano depois e já com equipa e estúdio próprio alarga a sua actividade às editoras ASA (álbuns B:D:,catálogos, folhetos),Panini(cromos, cadernetas),Nobar (livros didácticos, “Os Cinco”, “Os Sete”)Meribérica/Liber (álbuns B.D),Agência feriaque(tiras de B.D. para jornais),Em Forma(ilustrações),Texto Editora(publicidade, livros escolares),Gradiva (Calvin & Hobbes), Cosmopolitan (grafismos),e vários jornais diários. Executa todos os trabalhos gráficos, além de traduções, revisões e adaptações de textos.



Ilidio Sacramento "O valor das coisas não está no tempo que duram, mas na intensidade em que acontecem"  - Natural de São Tomé. Participou,  na chamada ponte aérea de ajuda humanitária ao povo biafrense, dada a sua posição geográfica  .https://canoasdomar.blogspot.com/2011/08/sao-tome-biafra-odisseia-dos-voos-de.html


Saudoso Prof. Baltazar  e o Astrónomo Máximo Ferreira 
Embora com total indiferença do Parque Arqueológico do Côa, e sem apoios da autarquia da nossa freguesia, e salvo alguns esporádicos do Municipio, nem por isso deixamos de levar por diante os nossos já adicionais eventos, as celebrações dos Equinócios e solticios.
Maravilha Pré-Histórico de Portugal - Tendo sido., Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro investigador a debruçar-se sobre o estudo do monumental santuário rupestre, conhecido por Peda da Cabeleira de Nª Srªa

O Prof. Adriano Vasco Rodrigues, um grande entusiasta por estes lugares, nomeadamente pela Pedra da Cabeleira, que, já em 1956, havia visitado e classificado como “um local de sacrifícios ou culto do crânio”, diz o seguinte:
- “Em 1957, tive oportunidade de estudar a fraga conhecida com o nome da Cabeleira de Nossa Senhora, que classifiquei como santuário pré-histórico, integrado cronologicamente na revolução neolítica. Pelas suas características sugere a existência de um culto ao crânio, característico, na Península Hispânica, da transição do Paleolítico para o Neolítico, segundo o Prof. Pericot. A identificação com uma entidade feminina, que sofreu consagração à Virgem Maria, acompanhada de lenda popular, sugere um culto inicial à Deusa Mãe, símbolo da fertilidade.

Esteve presente na celebração do Equinócio do Outono de 2014, na homenagem que prestamos à sua esposa,  Maria da Assunção Carqueja, natural de Torre de Moncorvo
Cónego José da Silva
O início da agricultura está ligado ao culto da Deusa Mãe, privilegiando a germinação das plantas. Foi trazido do Médio Oriente para o Ocidente peninsular pelos primeiros povos agricultores.
Junto deste santuário localizei uma pequena cavidade em forma de concha, que poderá ter servido para recolha de sangue proveniente de sacrifícios. Em frente de uma das entradas do abrigo interior daquela fraga, havia uma pedra quadrangular, com 1,5 m. de lado, em forma de arco, que se adaptava perfeitamente, deixando uma abertura suficiente para permitir a entrada dos raios solares.
O jornalista Jorge Trabulo Marques, natural das Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, que meritoriamente tem pesquisado toda esta área, levantou o problema de se tratar de um calendário solar, tendo o homem pré-histórico aproveitando este monumento natural e adaptando-o, como se comprovou pela presença da pedra, que atrás referi.
Esta hipótese não foi levantada despropositadamente, pois está comprovado por testemunhos de períodos coevos em que foram levantados calendários relacionados com a marcação de solstícios de Verão e de Inverno. O culto ao Sol é fundamental nas sociedades primitivas e o conhecimento do calendário das estações para poderem fazer as sementeiras. O culto à Deusa Mãe e ao Sol dos primeiros agricultores está relacionado.





Santa Comba - de Foz Côa - Pedreira a céu aberto  Atentado ambiental a esta histórica freguesia, dos famosos oleiros, com raízes ao Paleolítico - Só olharam para o buraco de Montalegre e não para os altos e extensos montões de pedras a céu aberto no termo desta aldeia, além do lixo lançado junto a antigos caminhos romanos, em área protegida do Douro-Vinhateiro e arqueológico do Vale do Côa

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