Por Jorge Trabulo marques - Jornalista
Trata-se de um livro, profusamente documentado,
que a crítica já classificou como uma pedrada no charco - Visa denunciar e combater
a corrupção no Tribunal de São Tomé e Príncipe, que o seu autor
classifica de “ instituição de brincadeira” Afirmando que o mesmo tribunal tem demonstrado
um mau trabalho à população, uma onda de impunidade, afirmações que justifica
com o seu caso pessoal - Ilustrado com vários documentos processuais.
Acusações do economista Estanislau Afonso, que resolveu denunciar em livro o que considera “de crime organizado” no sistema de justiça no seu país, com provas documentais de um processo em que foi queixoso – Referindo na capa da obra: “uma coisa é condenar um inocente devido a um erro judicial. E, outra coisa é condenar um inocente, sabendo que a pessoa é inocente. Agir de má fé para conseguir fins lucrativos.
Negócios do Petróleo em S. Tomé “são
acordos de brincadeira” diz o autor do livro Batota de Juiz”
Na breve entrevista que nos concedeu, na Casa
Internacional de S. Tomé e Príncipe, em Lisboa, no final de um evento, que ali
teve lugar, Estanislau Afonso, além de se referir aos objetivos do
seu livro, falou-nos também do que ele chama (em matéria de negócios do
petróleo) “ de cordos de brincadeira" – Pelos vistos, uma “brincadeira” que
não é feita por miúdos mas por graúdos e que se estende por vários domínios da
administração do seu país. - "Brincadeira" ou "pára com essa brincadeira" é um termo abrangente e muito usado pelos santomenses - que são por natureza pacíficos - para dispensar um palavrão.
Confessa que o dinheiro do petróleo não tem sido
aplicado de forma credível, que possa protagonizar sucesso económico – E
que há petróleo, tanto no mar como em terra – Frisando que se se
fizeram brincadeiras de acordos, que não tiveram a uma boa aplicação do
dinheiro do petróleo, que têm vindo a pagar despesas desnecessárias
Estanislau Afonso, que nasceu em S. Tomé, vive
atualmente em Portugal, tendo aqui publicado, por sua conta e risco, em Agosto do ano passado, no Instituto Português de Juventude, a história da
injustiça real do seu caso, que aconteceu no Tribunal de S. Tomé, assumindo-se
como "único responsável pela mensagem transmitida nesta obra”-
E, pelo que foi noticiado, os relatos, de que é
autor, não agradaram nem a juízes nem às mais altas instâncias
judiciais, que, por esse facto, já lhe instauram um processo judicial,
através do Procurador-Geral da República Frederique Samba, que decidiu
processar criminalmente o autor do livro “Batota do Juiz, com duas queixas,
uma em São Tomé e outra em Portugal – Porém, avaliar pelas suas declarações,
quem não deve não teme, pelo que se confessa- tranquilo, visto a sua
denúncia se basear em factos comprovados.
BIOGRAFIA - De seu nome completo Estanislau Dias
Santiago Afonso. Nasceu na Ilha de S. Tomé. Economista de formação. Iniciou a
sua atividade literária aos 15 anos de idade pelas UNEAS- União Nacional de
Escritores e Artistas São-Tomenses sob a orientação de Alda da
Graça Espírito Santo, altura em que foi criado ULA/CLUBE UNESCO (União Literária
Artística Juvenil), organização da qual foi um dos seus membros fundadores. É
autor de dezenas de artigos de opinião nos jornais de S. Tomé e Príncipe.
A “Batota do juiz” é a sua primeira obra de memória a ser publicada
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