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sábado, 4 de abril de 2015

Há petróleo em S. Tomé e Príncipe – No mar e na terra mas fazem-se acordos de brincadeira – diz Estanislau Afonso – autor do livro Batota do Juiz





Por Jorge Trabulo marques - Jornalista

 


Trata-se de um livro, profusamente documentado, que  a crítica já classificou como uma pedrada no charco - Visa denunciar e combater a corrupção no Tribunal de São Tomé e Príncipe,  que o seu autor classifica de “ instituição de brincadeira” Afirmando que o mesmo tribunal tem  demonstrado um mau trabalho à população, uma onda de impunidade, afirmações que justifica com o seu caso pessoal -   Ilustrado com vários documentos processuais.

Acusações do economista Estanislau Afonso, que resolveu denunciar em livro  o que  considera “de crime organizado” no sistema de justiça no seu país, com provas documentais de um processo em que foi queixoso – Referindo na capa da obra: “uma coisa é condenar um inocente devido a um erro judicial. E, outra coisa é condenar um inocente, sabendo que a pessoa é inocente. Agir de má fé para conseguir fins lucrativos. 

Negócios do Petróleo em S. Tomé “são acordos de brincadeira” diz o autor do livro Batota de Juiz” 




Na breve entrevista que nos concedeu, na Casa Internacional de S. Tomé e Príncipe, em Lisboa, no final de um evento, que ali teve lugar,  Estanislau Afonso,  além de se referir aos objetivos do seu livro, falou-nos também do que ele chama (em matéria de negócios do petróleo) “ de  cordos de brincadeira" – Pelos  vistos, uma “brincadeira” que não é feita por miúdos mas por graúdos e que se estende por vários domínios da administração do seu país.  - "Brincadeira" ou "pára com essa brincadeira"  é um termo abrangente e muito usado pelos santomenses - que são por natureza pacíficos  - para dispensar um palavrão. 

Confessa que o dinheiro do petróleo não tem sido aplicado de forma credível, que possa protagonizar sucesso  económico – E que há petróleo, tanto  no mar como  em terra – Frisando que se se fizeram brincadeiras de acordos, que não tiveram a uma boa aplicação do dinheiro do petróleo, que têm vindo a pagar despesas desnecessárias

Estanislau Afonso, que nasceu em S. Tomé, vive atualmente em Portugal, tendo aqui publicado, por sua conta e risco,  em Agosto do ano passado, no Instituto Português de Juventude, a história da injustiça real do seu caso, que aconteceu no Tribunal de S. Tomé, assumindo-se como "único responsável pela mensagem transmitida nesta obra”-

E, pelo que foi noticiado, os relatos, de que é autor,  não agradaram nem a juízes nem  às mais altas instâncias judiciais, que, por esse facto,  já lhe instauram um processo judicial, através do Procurador-Geral da República Frederique Samba, que decidiu processar criminalmente o autor do livro “Batota do Juiz, com duas  queixas, uma em São Tomé e outra em Portugal – Porém, avaliar pelas suas declarações, quem não deve não teme, pelo que se  confessa- tranquilo, visto a sua denúncia se basear em factos comprovados.

BIOGRAFIA - De seu nome completo Estanislau Dias Santiago Afonso. Nasceu na Ilha de S. Tomé. Economista de formação. Iniciou a sua atividade literária aos 15 anos de idade pelas UNEAS- União Nacional de Escritores e Artistas  São-Tomenses  sob a orientação de Alda da Graça Espírito Santo, altura em que foi criado ULA/CLUBE UNESCO (União Literária Artística Juvenil), organização da qual foi um dos seus membros fundadores. É autor de dezenas de artigos de opinião  nos jornais de S. Tomé e Príncipe. A “Batota do juiz” é a sua primeira obra  de memória a ser publicada




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