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Foto do periodo colonial - De António Vaz |
PLANETA AZUL AMEAÇADO - Comparem-se as duas imagens e vejam-se as alterações a nível de subida das águas,: a mesma praia de S. Jerónimo - A de cima foi por mim registada em Março de 2016, , já com o Hotel Pestana e a Fortaleza menos exposta - A segunda, de autoria de António Vaz, presumo que tenha sido obtida na década de 70 e ainda no periodo colonial
Os climatólogos estimaram que sem o aumento da temperatura do planeta observada desde o início da era industrial, a subida dos oceanos teria correspondido a menos metade no século XX.
O século passado "foi extraordinário em comparação com os últimos três milénios e a própria subida dos oceanos acelerou nos últimos 20 anos", sublinhou Robert Kopp, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade Rutgers (Nova Jersey, Estados Unidos).
Segundo este estudo, que assenta numa nova abordagem estatística concebida pela Universidade de Harvard (Massachusetts, EUA), os oceanos baixaram cerca de oito centímetros entre o ano 1000 e 1400, período marcado por um arrefecimento planetário de 0,2 graus Celsius.
Quem der um passeio pela marginal da cidade de S. Tomé, facilmente se aperceberá do efeito demolidor das águas da baía Ana Chaves, sobre os muros que a contornam - pese o facto de serem bem tranquilas - Em alguns casos, tratam-se de verdadeiros alçapões - É certo que as raízes das árvores, nos passeios, contribuem para o levantamento da calçada, dificultando a passagem dos peões mas não menos verdade é o facto de que, a subida das marés, no seu constante vai e vem, tem deixado sinais bem visíveis do seu poder erosivo e destruidor.
Não é o calor seco e
asfixiante do pino do Verão, nas zonas do interior de Portugal, mesmo assim é
um calor de vapores saturados, que nos fazem encharcar a camisa de suores – São Tomé e Príncipe tem um
elevado potencial hídrico composto por mais de 50 cursos de água alimentados
por índice de precipitação relativamente elevados , que varia entre 1000 a 7000 mm de chuva por ano, mas as alterações
climatéricas, estão a deitar por terra, estas estatísticas – Pois há estudos que
concluem que, entre os anos 1951 e 2010, a precipitação diminuiu para uma taxa
anual média de 1,7 mm por ano
FEVEREIRO
APONTADO COMO O MELHOR MÊS DE FÉRIAS
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Lindas praias que vão ficando sem areias |
O período mais frio e seco (designado por
Gravana) acontece entre Junho e Setembro. A época das
chuvas vai de Outubro a Maio. Nos meses de Janeiro e Fevereiro regista-se
igualmente um período de abrandamento da temperatura e de menor precipitação,
designado por Gravanito - Mas este gravanito tem sido escaldante. - E assim também o comprova um estudo dirigido a turistas e viajantes, que previa que, “em todo o Fevereiro, o turista podia esperar a onda de calor com clima tropical e temperatura média acima de 29℃. Tempo quente pode ser perigoso.
Geralmente a primeira semana é o mais quente em
Fevereiro. São Tomé e Príncipe em Fevereiro experiências dias quentes.
Normalmente a temperatura varia em torno de 20℃ e vento é ar de luz.
Fevereiro é um dos melhores meses do ano em termos de tempo em São Tomé e
Príncipe. Se o tempo para você é a
principal premissa para viajar, Fevereiro será uma boa altura para os feriados.
Isso pode ser bom momento para caminhar ao redor da área e explorar as principais
atracções. A humidade relativa normalmente varia de 50 ( Desconforto perigoso )
para 59 ( Provável de insolação ) ao longo de um Fevereiro típico. Ponto de
orvalho é frequentemente uma da melhor medida de quão confortáveis são as
condições meteorológicas para um viajante. Quando você viajar para São Tomé e
Príncipe Lembre-se que pontos de orvalho inferiores sentir-se mais secos e mais
elevados pontos de orvalho sentir mais húmidos. Durante uma típica Fevereiro
ponto de orvalho muda de 19 ( Um pouco desconfortável para a maioria das
pessoas na borda superior ) para 24 ( Muito úmido, muito desconfortável. ).
Comprimento
do dia e horas de sol
Ao
longo do Fevereiro típico, o comprimento do dia gradualmente começa a aumento
por aproximadamente 1 minutos. O dia mais curto é Sábado - 1 de Fevereiro
de e 12 horas 4 atas para oferecer luz do dia, o nascer do sol é 05:44 e pôr do
sol é 17:48. Dia mais longo é Sexta-Feira - 28 de Fevereiro de com 12 horas 6
atas da luz do dia, o nascer do sol é 05:43 e pôr do sol é 17:49. – Excerto de São Tomé e Príncipe clima - Guia Viagem
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS RESSALTAM À VISTA DESARMADA
As alterações climáticas
é um fenómeno global mas as suas consequências afetam sobretudo as áreas
costeiras baixas e é nas ilhas que o seu efeito se tem revelado mais demolidor
Em
São Tomé, há mais calor e passou a
chover menos, a bruma seca do Sara, que era um fenómeno episódico, é notoriamente
sentida: em muitas manhãs e tardes, tinge ou tolda os céus de uma cinza cintilante: - mistura-se nas maiores altitudes com os nevoeiros e produz um autêntico efeito
de estufa, impedindo que as nuvens cumpram o seu ciclo, a tão necessária precipitação
atmosférica
Há localidades,
como a Santana, distrito da Cantagalo, a 15 km da cidade de S. Tomé, onde os chafarizes
deixaram de correr e que passaram a ser abastecidas através de autotanques – Esse fenómeno, não só tem afetado as populações,
como as próprias unidades turistas, nomeadamente a nível de piscinas de água
doce – Água do mar, não falta, quente, azul, convidativa, transparente e
cristalina, em baías que é um regalo de tentação aos olhos e à imersão do corpo, mas não da água da nascente da montanha.
Tal como referi neste
site, no principio do ano passado:
A Ilha de São Tomé, afunda-se: a desflorestação a sul, e queimadas na zona da savana, a noroeste, a par do efeito de estufa a nível global,
provocam profundas alterações climáticas, de consequências imprevisíveis,
colocando em risco a biodiversidade
e as condições vida das populações – Não
bastam os milhões de dólares” doados, se internamente nada se
modificar.
Já conhecia a desflorestação através de vídeos e de fotografias -
Porém, longe de imaginar que a sua extensão fosse tão avassaladora
- Pelo que me foi dado observar, a
área devastada, ao sul da ilha de S. Tomé, pareceu-me duplicar ou mesmo triplicar
os tais 4000 hectares que foram concessionados pelo Estado santomense a um grupo
privado
Troços de estradas onde a maré cheia invade o asfalto
Vi que existem graves ameaças ambientais, tanto à beira mar como no interior.
Por exemplo, vi uma baía, quase sem margem, com a maré cheia a invadir a estrada e, nalgumas áreas, com mais cascalho de que areal.
Bem diferente daquela que fora uma das mais aprazíveis praias – Ornada de coqueiros, por um extenso e suave areal, junto à qual surgiam inúmeros caranguejos verdes, vindos das tocas que esburacavam no mato para capturarem as suas presas. Eram tantos a atravessarem a estrada, que havia quem se divertisse a esmagá-los com os pneus do carro, sobretudo à noite. Agora, o que se descobre é uma curta língua de cascalho, que entretanto o asfalto vai protegendo, comida pelo avanço do mar, alguns troncos de esguios coqueiros e de outras árvores, que ameaçam ser arrancados a todo o momento, devido às investidas das ondas na própria estrada, também já esta, de onde em onde, bastante comida e esventrada.
Orlas costeiras comidas pelo mar, colocando em risco habitações, caminhos ou estradas. Então, na estrada das Neves, depois da Lagoa Azul, por mais paredões que ali se façam – e vimos que havia importantes obras em curso – não tarda, que o troço existente, acabe por ficar submerso e de se tornar intransitável. E se torne necessário romper as veredas e fazê-la noutras curvas de nível, mais alto. O pior é a insegurança para as pequenas comunidades piscatórias, que vivem as suas vidas, intimamente com o mar, junto de encostas, tão abrutas, e ao mesmo tempo já tão ameaçadas pelo avanço das águas, as quais, não tendo outra alternativa onde se alojar, só restará a possibilidade de virem a transformar-se em aves. Pois, mas é gente que vive com um pé em terra e outro no mar – E, este, além de ser adverso, lá fora, nas fainas do seu dia, agora, ainda por cima, lhes ameaça o próprio lar, a humilde cubata de madeira. Antevê-se, pois, um futuro algo incerto e inseguro.
A caminho do sul, ao chegar-se à Ribeira Afonso, até há porcos que, na fase da maré-vazia, tranquilamente invadem a margem do escasso areal negro que resta para se refastelarem de marisco, contudo, um observador mais atento, nota que, uns metros mais ao nível do arruamento, facilmente se apercebe que já nem as obras de proteção, igualmente ali levadas a cabo, poderão assegurar que as canoas, ali empoleiradas, deixem de ser arrastadas por um temporal mais agressivo.
AS ILHAS SÃO AS PRIMEIRAS PARCELAS DA TERRA A SOFREREM OS PIORES IMPACTOS
Dizem especialistas que “os moradores de regiões costeiras estão ameaçados em todo o planeta – seja em Nova Orleans (EUA), em Roterdã (Holanda) ou em Daca, a capital de Blangadesh, onde a cada ano as águas obrigam 100 mil pessoas a se mudarem”
Mas é nas ilhas que o aumento do nível das águas, mais se faz sentir: quer nas ilhas de origem vulcânica, por natureza mais elevadas, quer nas de formação coralinea - Muitas destas, já se toraram praticamente inabitáveis.
“A causa é o aquecimento global e o consequente aumento do nível do mar. Desde 1993, o avanço foi de 40 centímetros na região das Ilhas Carteret, cuja altitude mal chega a um metro. Estudos do Instituto de Pesquisa de Impactos Climáticos, de Leipzig, na Alemanha, prevêem um aumento do nível do mar, em termos globais, de um a dois metros até o fim deste século. Ilhas correm risco de afundar - Deutsche Welle
MILHÕES PARA TUDO FICAR COMO DANTES
Referem as últimas notícias que “O financiamento previsto para cobrir o período de 2015 à 2019, no valor de 1 milhão de dólares por ano, está a ser preparado numa altura em que se encontra em São Tomé e Príncipe, uma equipa do CADRI-capacidade para redução de riscos e catástrofes. A equipa veio avaliar o desempenho nacional na prevenção de catástrofes e as capacidades de resposta. 4 Milhões de dólares para combater efeitos das mudanças .
De nada servem uns velhinhos, e umas velhinhas, sorridentes e de máquina fotográfica ao tiracolo, andarem a dar umas passeatas pelas praias, fotografando aqui, fotografando acolá, arvorados em especialistas quando o objetivo dessas ditas comissões, mais não é de que justificar subsídios – Formalizar toda uma engrenagem de formalidades: de chorudos empregos, a que acedem uns afortunados e umas migalhas para o essencial
Ainda se ao menos os fundos das ajudas externas, fossem bem aplicados!.... Mas, pelos vistos, tanto em S. Tomé, como em Portugal – e não só – constata-se que, em matéria de subsídios os exemplos não têm sido os mais edificantes. Vivemos num mundo de ostentação, de egoísmos e de aparências. Os vícios neoliberais espalharam-se como erva daninha por toda a Terra, privilegiando o privado em detrimento do interesse coletivo
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