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terça-feira, 1 de março de 2016

Lúcio Lara – Apagou-se a voz do Poeta e Combatente, artífice da luta pela Independência de Angola, com outros iminentes nacionalistas - Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, convidado pelo Presidente Angolano a participar na cerimónias fúnebres

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista -


Discreto mas interveniente e sempre leal à  causa angolana: desde Agostinho Neto a José Eduardo dos Santos – Foi um dos membros fundadores do  MPLA – Tido como o braço-direito, o estratega e operacional do primeiro Presidente Angolano  – Nacionalista de coração e de ação, preferindo ser o motor ativo e mobilizador, desde os primeiros alicerces do MPLA à guerrilha no mato, de que ascender ao estrelato do poder


Natural da ex-Nova Lisboa, atual Huambo, onde nasceu a 9 de Abril de 1929 – Faleceu em Luanda neste último Sábado, aos 86 anos, vítima de doença. Filho de um fazendeiro português e da sua mulher angolana. Estudou em Lisboa onde integrou, com Agostinho Neto,.  Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Marcelino dos Santos e Francisco José Tenreiro e outros nacionalistas africanos,  a juventude das colónias portuguesas junto do MUD - Juvenil (Movimento de Unidade Democrática - Juvenil) português -


Os fundadores dos MLSTP, Mário Leonel D´Alva e José Frete Lau Chong, que acompanham o Presidente Manuel Pinto da Costa, que viaja para Luanda a convite do Presidente José Eduardo dos Santos ,juntamente com seu staff,  além de  figuras históricas pela Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, foram também companheiros dos mesmos ideais no citado movimento académico.


Lúcio Lara, um rosto que, desde  a primeira hora, se  identificara  com o MPLA -  – Após o seu curso académico, pôde ainda exercer a atividade docente, porém, o seu envolvimento, nas movimentações nacionalistas, desde os anos 1950, em Angola, obrigaram-no a partir para a  clandestinidade e, com Agostinho Neto e outros nacionalistas, a fundar o MPLA e a enveredar pela luta armada


Tal como é referido, pelo diplomata Francisco Seixas da Costa, que serviu a  Embaixada Portuguesa, em Luanda, entre 1982 e 1986, Lúcio Lara, foi realmente, um dos raros políticos, sem outra ambição senão a de servir a sua pátria  e não para servir-se do poder - “sem uma ambição que o catapultasse para a ribalta governativa, Lúcio Lara esteve sempre na sombra de Agostinho Neto e, ao que se sabe, quis apenas desempenhar funções no âmbito partidário. Tido como pessoa de extrema austeridade, nunca o seu nome foi associado a qualquer interesse de natureza económica - Excerto  de duas ou três coisas: Lúcio Lara (1929-2016)

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