Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador
Em
2014 foram referenciados 158 casos e no ano passado as autoridades sanitárias
são-tomenses registaram 178. – Mesmo assim, como se poderá verificar pelas estatísticas, que lhe apresentamos, mais à frente, em quase
200 mil habitantes (187.000 no censo de 2012), houve uma grande evolução,
comparativamente à mortalidade verificada, por exemplo, em 1954, com
uma população, em S. Tomé, constituída por 23.329 indivíduos e 883
no Príncipe, em que os brancos, eram também ainda muito poucos
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"O
Fundo Global das Nações Unidas disponibilizou mais de 1,5 milhões de dólares
para a luta contra a tuberculose em São Tomé e Príncipe para o período 2015 a
2017 (lusa). ONU financia combate à tuberculose em São Tomé –
Mas a situação é ainda assunto que preocupa as entidades sanitárias.
São Tomé e Príncipe
registou em 2015 mais casos de tuberculose do que em 2014 – "Os dados foram avançados pelo
coordenador do projeto nacional de Luta contra a Tuberculose, Gilberto Frota,
que considera a possibilidade de aumento de casos face à introdução de novos
equipamentos para deteção de casos da doença no país.
"É
lógico que o número de casos aumente, tendo em conta os investimentos feitos
recentemente a nível dos serviços de saúde para a descoberta e tratamento da
tuberculose. Há uma maior intervenção no terreno e claro que há também maior
capacidade de detetarmos novos casos", explicou Gilberto Frota.
O Governo são-tomense assinou no início deste ano com o Fundo Global uma
nova subvenção de pouco mais de 5 milhões de dólares (4,4 milhões de euros)
destinados à luta contra a tuberculose e para a erradicação do paludismo no
país.
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Segundo
as autoridades do arquipélago, existem casos de tuberculoses nas comunidades,
particularmente nas zonas rurais, em que os serviços sanitários não chegavam e
as pessoas infetadas não recorriam às unidades sanitárias.
"Agora
temos maior capacidade de intervenção e consequentemente maiores condições para
detetar novos casos no terreno", sublinhou Gilberto Frota, que admite a
existência de "alguns casos" de tuberculose resistente a tratamento.
"Todos
os casos de tuberculose têm sido tratados, embora com algumas dificuldades em
alguns aspetos quando existem resistência a fármacos e nesses casos enviamos as
amostras para o centro de diagnóstico dos Camarões", explicou.
Os
dados referentes a este ano não foram ainda divulgados. Lusa
VEJA-SE A MORTALIDADE QUE
GRASSAVA, POR EXEMPLO, EM 1954 -
Tuberculose, paludismo e mortalidade infantil - Entre os casos de morte mais frequentes - Obviamente, fora o número que as estatísticas não referiram
"ZONAS MÉDICAS DE ASSISTÊNCIA AOS TRABALHADORES INDÍGENAS"
Tuberculose, paludismo e mortalidade infantil - Entre os casos de morte mais frequentes - Obviamente, fora o número que as estatísticas não referiram
"ZONAS MÉDICAS DE ASSISTÊNCIA AOS TRABALHADORES INDÍGENAS"
Atualmente, quase 200 mil habitantes (187.000 no censo de 2012) - Houve uma grande evolução, como se poderá verificar pelas estatísticas, que aqui lhe mostramos, comparativamente à mortalidade verificada, por exemplo, em 1954, com uma população, em S. Tomé, constituída por 23.329 indivíduos e 883 no Príncipe.
Relatório do Inspector do Ministério do Ultramar - (...) A fiscalização por parte
do Estado, no que diz respeito aos Serviços Médicos, exige a criação de um lugar
de
médico-inspector, só com essas funções. É que, mesmo com todas as unidades médicas,
o actual quadro é pequeno para permitir uma eficiente fiscalização.
"Manteve-se o trabalho de
despistagem da tuberculose pela rádio foto-miniatura e pelos testes de
tuberculina e manteve-se a vacinação pelo B.C.G.
O número de casos identificados
tem aumentado muito, como consequência da prospecção feita pelo Dispensário
Anti-Tuberculoso e foi criado o problema da hospitalização dos doentes, agora
resolvido com a construção do novo pavilhão hospitalar
Os elementos estatísticos
obtidos não permitem grandes conclusões.
Dispomos só de um mapa de mortalidade geral, elaborado segundo a lista
abreviada de 50 rúbricas e de um mapa de moralidade hospitalar mais reduzido
ainda – só de 20 rúbricas
Do mapa de mortalidade geral constam 629 casos de morte por senilidade e causas mal definidas e desconhecidas,
num total de 1.386, o que deve corresponder na maioria a óbitos sem
assistência.
Paludismo, 71 casos;
Tuberculose do aparelho respiratório, 71 casos; Anemias, 71 casos; Doenças da primeira
infância e imaturidade não qualificada, 64 casos; Gastrite, Duodenite, enterite e colite,
excepto a diarreia do recém-nascido, 64 casos; Outras doenças infecciosas e
parasitárias, 45 casos; Pneumonia 40 casos: outras doenças do coração, 30 casos.
O número alto dos casos
de tuberculose deve estar relacionado com o trabalho de despistagem realizado
pelo Dispensário Anti-Tuberculoso.
Do mapa de mobilidade e moralidade
hospitalar poucas ou nenhumas conclusões se podem tirar, devido ao facto de
estar só reduzido a 20 rúbricas.
MORBILIDADE HOSPITALAR
Doenças indeterminadas,
697 casos; Doenças da gravidez, parto e estado puerperal, 450 casos; Doenças do
aparelho digestivo,393 casos; Doenças infeciosas e parasitárias, 359 casos;
Paludismo, 286 casos; Doenças do
aparelho respiratório não designadas como tuberculosas, 213 casos; Acidentes,
177 casos; Doenças do aparelho urinário (não venéreas) 156 casos; Doenças do sistema
nervoso e dos órgãos dos sentidos, 98 casos
MORTALIDADE HOSPITALAR
Doenças infeciosas e
parasitárias, 71 casos; doenças do aparelho digestivo, 32 casos; doenças do
primeiro ano de vida, 31 casos; Doenças
do sangue e dos órgãos hematopoéticos, 24 casos; Doenças Indeterminadas, 23
casos; Doenças do aparelho respiratório, não designadas por tuberculosos, 22
casos; Doenças do aparelho circulatório, 18 casos; Cancros e outros tumores, 18
casos; Doenças do sistema nervosos e dos órgãos dos sentidos, 16 casos; Senilidade,
16 casos
O número alto de 697
casos de morbilidade hospitalar por doenças indeterminadas deve corresponder na
maior parte dos casos de hospitalizados sem doença, que é o caso muito frequente
de mães acompanhadas de filhos menores.
Os mapas do movimento de hospitalizações nas zonas de Assistência
Médica aos indígenas , foram gentilmente cedidos pela Curadoria Geral dos Serviços dos Serviçais e Indígenas, onde
igualmente se acolheram, dos respectivos mapas, os casos mais frequentes de
mobilidade e mortalidade verificados nas
respectivas zonas
Faltam mapas gerais de morbilidade,
referentes ao total das formações sanitárias na Província, incluindo as
oficiais e as de assistência aos trabalhadores indígenas.
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