São Tomé e Príncipe celebra e completa esta sexta-feira 12 de
Julho, 44º Aniversário da Proclamação da Sua Independência.
Este ano, o acto central terá
lugar no Distrito de Caué, ao Sul do país, e diversas actividades recreativas
descentralizadas em todos os Distritos do país, e na Região Autónoma do
Príncipe .
O
LEMA DESTE ANO: " Pela Coesão Nacional, Justiça Social e Progresso
Económico".
A Praça da Independência, antiga Praça
de Portugal, situada no coração da capital de STP, que tem sido o tradicional
cenário das celebrações do 12 de Julho, data em que, as duas ilhas, deixaram de
pertencer ao domínio colonial português, este ano vai deslocar-se para o sul da
ilha, com os discursos do Presidente da República e do Presidente da maior
autarquia santomense, seguida da tradicional parada militar e outros desfiles e
múltiplas atividades musicais dos artistas mais populares e do folclore nacional.
E com os representantes do corpo diplomático acreditado no país e outros
convidados nacionais e estrangeiros.
As cerimónias, começam de véspera à noite, com a chegada da tocha, em forma olímpica, que,
depois de passar por muitas mãos e feito
o seu percurso por vários lugares, irá acender
a “Chama da Pátria”, erguida num obelisco
no centro da referida praça, que, à semelhança
dos anos anteriores, se espera seja recebida de forma apoteótica e festejada
com fogo de artificio, exivbições de folclore e concertos musicais.
Em Portugal, a efeméride,
é celebrada no dia 13 de Junho, em Oeiras,
no Parque dos poetas, uma iniciativa de várias associações santomenses: MÉN
NON, ACOSP, PROSAUDESC, PLATAFORMA CAFUKA, FÓRUM DA DIÁSPORA e MINU YIÉ com o
apoio institucional da Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal e da Câmara
Municipal de Oeiras
As actividades terão início
às 10h00, sendo que o acto central terá início às 14h:30 com a presença da 1ª
Secretária da Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal - Dr.ª Bilma
Mandinga e do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino
Morais.
Para assinalar a
ocasião, haverá uma mesa redonda sobre o tema “Redes sociais e fake news, sua
influência na tomada de decisões políticas e sociais em São Tomé e Príncipe”.
XIX Feira do Livro de São Tomé e Príncipe, além de Exposição artes plásticas, e artesanato, danças típicas das Ilhas de São Tomé e Príncipe; Contamos convosco!
XIX Feira do Livro de São Tomé e Príncipe, além de Exposição artes plásticas, e artesanato, danças típicas das Ilhas de São Tomé e Príncipe; Contamos convosco!
EXCELENTE TRABALHO DE HÁ
QUATRO ANOS, DIGNO DE SE RECORDAR - - S. Tomé e Príncipe - retalhos de uma
história - Trata-se de um excelente trabalho televisivo, que fala das várias
fases e episódios por que passou o processo de Libertação do domínio colonial
português sobre S. Tomé e Príncipe, que, além de recuperar memórias, vai
certamente fazer história e animar futuros debates, tal o profissionalismo e a
qualidade com que, Nilton Medeiros e Jerónimo Moniz, realizadores do
programa “Nós por lá”, da RTP-África pegaram nos diversos capítulos da história
de um país, que no dia 12 de Julho, comemora o 40º aniversário da sua
independência, ou seja, a idade da prata, em que, nas pessoas, começam a
aparecer os primeiros cabelos brancos, sinal de experiência e de maturidade
para tomarem boas decisões, não se cometerem erros, que, aliás, é o que se
espera e deseja dos seus governantes. Mais pormenores em .
O documentário já foi exibido, por duas vezes, na televisão de S. Tomé e Príncipe, e é do que se fala na atualidade, ao mesmo tempo que se anuncia a chegada do Presidente da República de Cabo Verde, da Guiné Equatorial, entre outros altos dignitários, que vêm associar-se às comemorações do 12 de Julho, alusivas ao 40º aniversário da Independência destas Ilhas.
Mas foi no passado dia 3, pelas 17 horas, que teve lugar a antestreia mundial, numa sala de conferências do Hotel Omali Lodge , localizado na Praia Lagarto, com alguns dos protagonistas e outros convidados.
O vídeo, que aqui apresentamos, é constituído por registos fotográficos que obtivemos durante a exibição do referido filme, outros da assistência, e, na ponta final do vídeo, de alguns recortes do nosso arquivo da Semana Ilustrada, tendo alguns dos quais servido de ilustração no referido documentário
Trata-se, com efeito, de um excelente trabalho televisivo, que fala das várias fases e episódios por que passou o processo de Libertação do domínio colonial português sobre S. Tomé e Príncipe, que, além de recuperar memórias, vai certamente fazer história e animar futuros debates, tal o profissionalismo e a qualidade com que, Nilton Medeiros e Jerónimo Moniz, realizadores do programa “Nós por lá”, da TVS pegaram nos diversos capítulos da história de um país, que no dia 12 de Julho, comemora o 40º aniversário da sua independência, ou seja, a idade da prata, em que, nas pessoas, começam a aparecer os primeiros cabelos brancos, sinal de experiência e de maturidade para tomarem boas decisões, não se cometerem erros, que, aliás, é o que se espera e deseja dos seus governantes.
Sem dúvida, um excepcional trabalho televisivo, que procurou recuar à década de sessenta, altura em que um grupo de nacionalistas, organizavam as primeiras reuniões clandestinas na localidade de Bobô Fôrrô, distrito de Água Grande, génese do Comité de Libertação de S. Tomé e Príncipe, que, anos depois, haveria de transformar-se no MLSTP – Documentário este, inserido nos diversos atos comemorativos do 40º aniversário da República Democrática de S. Tomé e Príncipe, que procurou abarcar o período marcante da luta pela independência, antes e após o 25 de Abril, incluindo o impacto desta revolução no processo descolonizador e libertador, até às primeiras ações governativas, com a nacionalização das roças. Tema este que continua a dividir opiniões e a ser um dos pontos mais controversos da sociedade Santomense,
Recuar-se ao período pós 25 de Abril era inevitável a abordagem da dinâmica e importante acção mobilizadora (para outros destabelizadora) da Associação Cívica Pró-MLSTP. Das sinuosidades da Frente Popular Livre, que surge, inicialmente, como que impulsionada, ainda por ventos neo-coloniais, inspirada por uma certa burguesia santomense, que temia perder os seus privilégios, começando por defender uma federação com Portugal, – A desmilitarização da Companhia de Caçadores de STP, o acordo de Argel, assim como o papel do Alto Comissário, Pires Veloso (no nosso ponto de vista, o homem certo no momento certo), bem como os momentos emocionantes do dia da Independência, no 12 de Julho de 1975, estes, entre outros temas colocados também aos deponentes.
“São Tomé e Príncipe –“Retalhos de uma História” – Diga-se que não é propriamente um documentário de retalhos, mas um documentário sabiamente composto por várias declarações, que, embora surgindo avulsas, se encadeiam, nos prós e nos contras, surgindo com vivacidade e oportunidade na abordagem de uma história com os seus principais intervenientes e capítulos.
Com depoimentos: de Manuel Pinto da Costa, Miguel Trovoada, Olegário Tiny, José Freet Lau Chong, Leonel Mário D’Álva, Filinto Costa Alegre, António Pires Veloso, António Tomaz Medeiros, Moreira de Azevedo, Albertino Bragança Neto, Almeida Santos, Maria do Carmo Bragança Neto, Almeida Santos, Guadalupe Ceita, António Pires dos Santos e Pedro Umbelina.
GUARDIÕES DA UTOPIA”
Manuel Pinto da Costa, disse: “Nós não estávamos muito acreditados na sinceridade dos dirigentes portugueses”
Olegário Tiny: “Nós temos muito orgulho e honra em dizer que fomos os principais mobilizadores para esta caminhada da independência. A direção do MLSTP, que na altura se encontrava em Libreville, teve um papel muito importante – e Porquê?... Porque eles foram os guardiões da utopia”.
Miguel Trovada: - Referindo-se igualmente à Associação Cívica Pró MLSTP“ diz que “ foi extraordinariamente importante: primeiro, porque permitiu dar uma face legal à luta de libertação na fase em que ela se encontrava (…) Na vontade, no dinamismo e nos sonhos próprios da idade da juventude, que trouxe realmente um grande contributo, (…) no agitar do bom sentido, de ir para a luta da independência.
Maria do Carmo Bragança – A Frente popular Livre foi uma organização que nasceu antes da independência; antes de nós conhecermos a existência da Associação Cívica
José Freet Lau Chong.
José Freet Lau Chong, referindo-se à Frente Popular Livre diz que os seus membros “não estavam de acordo com a independência defendida pelo MLSTP, queriam a federação com Portugal“.
Maria do Carmo, contrapondo, alega desfiando quem quer que seja que afirme que a FPL defendia uma federação com Portugal.
Abílio Neto: -Por seu turno, pergunta: o que é que a Federação Popular livre pretendia?... Era uma Federação com Portugal. E o que é que o MLSTP, através da Associação Cívica, mobilizava?... A Independência total!
Maria do Carmo, acabou por justificar que “Nós entendíamos que, a independência total e completa e imediata, não devia ser aplicada a S. Tomé e Príncipe: Primeiro, porque, S. Tomé e Príncipe, não estava em luta armada. O Povo de S. Tomé e Príncipe, não teve que pegar em armas!”.
Filinto Costa Alegre, dirigente da Associação Cívica Pró-MLSTP, recorda, que, naquelas “ circunstância, a federação era uma solução que convinha mais ao poder colonial, A nossa não convinha de todo ao poder colonial! E a Frente Popular Livre tinha um projeto que devia ser acarinhado pelos colonos que estavam presentes; quer pelo Alto Comissário, quer pelos representantes do Poder colonial.
Maria do Carmo, refuta a acusação alegando que “nós nunca admitimos que, para haver independência, tinha de haver gente morta. Nós fomos ao Gabão contatar o MLSTP.
Filinto Costa Alegre: “ todos os santomenses falavam uma única linguagem, a da” independência total Sá Cuá Cu Pôvô Mécê”.Mesmo a Frente Popular Livre, que, em dado momento era adepta da Federação, defendia que continuássemos ligados a Portugal, depois de terem ido falar com a direção do MLSTP, em Libreville, deixou de aparecer como defensora da Federação".
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Manuel Pinto da Costa: “ Nós recebemos os elementos da FPL, em Libreville, e, quando regressaram a S. Tomé, vinham com instruções de se chegar a um acordo; que deviam apresentar-se na sede da Associação Cívica, no Riboque”.
Maria do Carmo: “Nós fomos à sede da Associação Cívica mas fomos recebidos como leprosos”
Filinto Costa Alegre – Nós adotávamos formas de luta que levassem a população manifestar-se; organizávamos greves (…)nós procurávamos as mais diversas formas de dizermos aos colonos que o colonialismo é passado”
NACIONALIZAÇÃO DA ROÇAS
José Freet Lau Chong – As pessoas pensavam que éramos malucos. Mas naquela altura não havia outra saída
António Tomaz Medeiros – “Os santomenses eram bons funcionários, bons escriturários”, mas não tinham experiência nenhuma das roças”
“Vivi com alegria e mágoa: alegria porque, no fundo, era o que eu queria. Mágoa, por não poder estar presente.
Manuel Pinto da Costa: ´”O estado viu-se obrigado assumir a responsabilidade das roças” alegando que os colonos as abandonaram.
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