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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Embaixador da Guiné Equatorial Tito Mba Ada, – Em Vila Nova de Foz Côa - Quer levar uma missão de empresários portugueses (e da CPLP) ao seu pais, antes do fim do ano - Anunciou na receção concedida pelo Presidente do Município, Engº Gustavo de Sousa Duarte e executivo - No termo da sua visita às pedreiras do Poio, a uma adega no Pocinho e Museu do Vale do Côa para promover negócios, fazer novos amigos e recordar os laços históricos dos dois países



JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA  - Natural do Concelho de V. Nova de Foz Côa






Na visita ao Museu do Vale do Côa
TESOUROS DE FOZ CÔA MARAVILHARAM O DIPLOMATA EQUATO-GUINEENSE – VINHO DO DOURO, AS GRAVURAS E A PEDRA DO POIO –  Prova de vinhos nas Caves da Quinta do Pocinho, de José Carlos Dias, com o brinde de um fino generoso,  a visita do Museu do Vale do Côa, guiado pelo arqueólogo  Thierry Aubry., onde pôde admirar o vasto valioso espólio arqueológico das descobertas realizadas no  Parque arqueológico do Vale Sagrado, o maior a céu aberto do mundo, com  gravuras rupestres, datadas do período paleolítico Superior (22 000–10 000)  que se estende por vários quilómetros ao longo das margens do rio Côa
O ilustre visitante, que era acompanhado pelo seu adjunto, pelo jornalista Jorge Trabulo Marques e António Lourenço, ex-autarca e atual Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de V. Nova de Foz Côa,  pôde ainda deslocar-se a uma das pedreiras do Poio, onde também recebeu explicações no local das
que Alavancam a economia de Foz Côa - Pedras de xisto "únicas" formadas há 500 milhões de anos, num lugar que já foi um oceano, o com características únicas, extraídas de pedreiras que se formaram no período Ordovícico (na era Paleozoica), foram inicialmente usadas na produção de esteios para o alinhamento das vinhas do Douro e são agora elementos de decoração de diversos prédios ou moradias, espalhados pelos quatro cantos do mundo.

 "O vinho da vossa comunidade e a pedra do poio, creio que  pode interessar-nos e aqui  podemos  fazer uma grande história  em todos os domínios!”

“Nós saímos de Lisboa para conhecer o município para fazer amizades, mais amizades!... Conhecer oportunidades de negócio!  E como incentivar as populações, a comunidade, os amigos da Guiné Equatorial! E, como sair da Guiné Equatorial a Portugal!

O amigo Jorge, que conhece a Guiné Equatorial, insistia!...Insistiu   várias vezes para vir aqui!... Falou do Douro!.. Falou do vinho!.. Muitas vezes!... Falou da Pedra! – Da importância da pedra “… Em que a Pedra, pode fazer muitas coisas!... Para o desenvolvimento! “


Portanto cheguei! Visitei! Fiquei contente! E gostaria, de facto,  de transmitir a  você e à vossa cidade,  este meu estado de ânimo – Palavras proferidas pelo Embaixador da Guiné Equatorial Tito Mba Ada, país que integra a CPLP, na receção oferecida  ao diplomata na Câmara municipal de V.N de Foz Côa

O Presidente Eng. Gustavo Duarte, agradeceu respondendo,, que ainda bem, que seja a primeira de várias visitas!...  E que possa também ser um embaixador deste concelho e desta região” -  



GUINÉ-EQUATORIAL E PORTUGAL – DOIS PAÍSES, COM LAÇOS HISTÓRICOS DE MAIS DE 300 ANOS “ - Uma visita breve mas muito preenchida, tendo tido como acompanhante,  António Lourenço, ex-autarca e atual Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de V. Nova de Foz Côa, além do autor destas linhas, videos e imagens e do assessor do Embaixador . 

O vínculo do povo da Guiné Equatorial com a Língua Portuguesa é real, não é uma invenção política: Foi Colónia portuguesa de 1471 a 1778  - E colónia espanhola, por via do tratado de El-Afonso, em 1771,ratificado pelo Tratado d’El Pardo, de 1778,  desde então até 12 de Outubro de 1968, data em que, finalmente, foi proclamado um país independente.

Fernando Pó - 1771
 Foi o navegador português, Fernando Pó, que reclamou as ilhas do Golfo da Guiné para a Coroa Portuguesa; foram portugueses a colonizar e a comerciar naquela zona de África durante séculos; foi o Português o idioma que deixou raiz na ilha de Annobon, na forma do crioulo que ainda hoje se fala.
 Guiné Equatorial entrou na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em  Julho de 2014, a CPLP – Empresas portuguesas, dizem-se bem sucedidas neste país. Designadamente, a  SECIL, que tem ali um dos seus melhores clientes internacionais.   



A Guiné Equatorial  é um país da África Ocidental dividido em vários territórios descontínuos no Golfo da Guiné: um continental (Rio Muni), e outros insulares. As ilhas são Bioco (antiga Fernando Pó), no norte do Golfo do Biafra, Ano Bom, a sul de São Tomé e Príncipe, e Corisco, Elobey Grande e Elobey Pequeno (e ilhotas adjacentes) na baía de Corisco, ao largo do Gabão. A capital do país é a cidade de Malabo, antigamente conhecida como Santa Isabel, mas está prevista a inauguração da Ciudad de la Paz, uma cidade planejada para ser a futura capital.

A Guiné Equatorial   é  o terceiro produtor de petróleo da África subsaariana, com o maior produto interno bruto per capita do continente Africano, e o 69º do mundo - O país é  governado desde 1979 pelo Presidente Obiang, que chegou ao poder depois de depor o tio, Francisco Macias Nguema  Desde então, por via da cobiça dos seus recursos, o país tem sido alvo de várias tentativas de golpes de Estado com a utilização de mercenários provenientes do exterior.


Com uma agenda, geralmente muito preenchida, visto ser também o representante diplomático em Cabo Verde, Guiné-Bissau, em Timor-Leste,  bem como do seu Governo em Portugal e  embaixador permanente da Guiné Equatorial junto da CPLP, em Lisboa, o dinâmico e prestigiado diplomata, Guiné-Equatoriense, reside em Portugal, país pelo qual se confessa um grande apaixonado, tendo já casado em Fátima, pelo que, acedendo à sugestão que lhe fizera na sequência da minha deslocação, em Julho de 2017,  ao seu pais,  para visitar  a minha região,  o de que mais belo e rico, tem o chamado Portugal profundo, sim, o concelho de dois Patrimónios da Humanidade, assim o fez  num belo dia de Agosto, depois de aqui ter pernoitado de véspera




Quando, então, me concedeu a honrosa entrevista, em Bata, no termo do Congresso do PDGE, declarou-me:  Você esteve aqui, dia e noite, em qualquer lugar, com a sua câmara, esteve perto do Presidente, foi bem recebido na Guiné Equatorial, e, portanto, queremos que seja o melhor interlocutor, o melhor embaixador da Guiné Equatorial.



E, na verdade, nos dez dias em que ali estive, para agradecer ao Presidente ter-me libertado da cadeia das execuções e devolvido à liberdade, salvo da condenação à Morte, quando ali aportei em Dezembro de 1975, numa frágil canoa, 38 dias depois de inenarráveis tormentos, senti-me tranquilo e feliz, andei por onde quis e livremente, quer em Bata como em Malabo  Não vi a sujidade e as barracas que proliferam em redor de várias capitais mais belas avenidas, bairros sociais e muitos sorrisos de gente tranquila e felizAgora, era a minha vez de lhe desejar que  também se sentisse bem na minha terra.

PORTUGAL E A GUINÉ EQUATORIAL – CONDENADOS A VIVEREM JUNTOS”

Dois países amigos, dois países irmãos, os dois países condenados a viverem juntos: ninguém pode separar o vinculo  dos nossos países  - Foi deste modo, que, Tito Mba Ada, Embaixador da Guiné Equatorial, começou por sublinhar o encontro informal na receção oferecida  ao diplomata na Câmara municipal de V.N de Foz Côa

Com este principio, queria manifestar a nossa vontade de vos acompanhar à Guiné Equatorial  e com a equipa dos vossos colaboradores disponíveis e com um grupo de  empresários a conhecer o nosso pais,  as virtudes  do  mercado! E, depois,  se pode falar em termos de negócios.

A Guiné Equatorial é pequena mas nós estamos numa integração económica com outros países vizinhos: com os camarões, o Gabão e a Nigéria, com milhões de pessoas 

A introdução de um vinho daqui, significa hoje,  milhões  de pessoas! A introdução de qualquer produto, são milhões de pessoas! . E por isso é melhor visitar aquele país! Conhecer as suas dificuldades e a sua vontade ! E depois determinar o que vamos fazer no futuro.

Presidente Gustavo concordou, com a proposta, perguntando, ao mesmo tempo, se há  algum intercâmbio, entre os dos países,  Tito Mba Ada respondeu que tem havido a cooperação, entre as duas câmaras de comércio; referindo que o seu país é constituído pela parte continental  e outra parte de Ilhas.

Por seu turno,  O Presidente Gustavo Duarte, manifestou a vontade de conhecer o pais, e,  mesmo em termos de confiança, fazer algum intercâmbio. Pegando nas palavras do Embaixador,   sublinhou a importância da pedra mas também do vinho, do azeite e dá  amêndoa: é uma questão de combinar

O embaixador respondeu tencionar organizar um agendamento para Novembro – Ambos concordaram com a visita, quando, por via da pandemia ”não andarmos com medo”
O presidente  sublinhou que o concelho, em termos de arte rupestre,  é o maior do mundo, com  cerca de 20 km ao longo do Côa, mais de mil pedras  gravadas, estudadas, referenciadas! – Em termos de arte rupestre, ao ar livre, é o único no mundo!
O próprio museu, em termos de multimédia, também é perfeito! A paisagem é magnifica!... E, do vinho, como disse, também é verdade; nós vivemos na região do Douro Superior, que é um produto dos melhores vinhos do mundo.

“A Guiné Equatorial é desconhecida em Portugal!... Ninguém tem a culpa: na minha terra, o primeiro europeu que chegou à Guiné Equatorial, foi um português! E, os portugueses, permaneceram lá, mais de trezentos anos, lembrado que depois houve um “troco” com Espanha,  que lhe trespassou o território: Espanha ficou menos tempos, só duzentos anos!

E, quando o novo Estado nasceu, nasceu na barriga de Espanha; a mãe era de Espanha mas nunca sabíamos donde foi o pai!... E o pai é Portugal!

O rapaz cresceu sozinho, sem pai ! E, depois, quando cresceu; já tinha menina: já tinha noiva, já tinha 18 anos: casou-se com uma francesa!.. E, depois,  começou a buscar  o Pai para que fosse sentar-se na mesa de honra!

Então a comunidade académica, parece que que  não teve tempo nem forma  de realizar o trabalho de divulgação, e, por isso, muita gente de Portugal e da Guiné Equatorial, desconhecia esse vinculo da Guiné com os dois países

Portanto, a Guiné Equatorial ficou sozinha, naquela parte de África: os vizinhos falam francês, outros vizinhos falavam português!
Porque é que o meu país, falava espanhol?!..O que é que lhe aconteceu?!---E começamos a lutar com isso!..

 
E a história mostrou, que, se não fora aquele troco com Espanha!...  Eu seria lusófono!... Falaria igual como cá, de línguas!... Como Angola,  como Português, como brasileiro! … E, por isso , a nossa integração  na CPLP, para nós, é sempre  o regresso a casa!...
Mas, nós temos de fazer todo o possível para divulgar a história! Para colocar às pessoas da juventude , que a Guiné equatorial não é estranha em  Portugal  e o Português não é estrangeiro na Guiné Equatorial

A nossa missão é essa: por isso, nós temos um programa de muitos êxitos


Jorge Marques  com o Embaixador Tito Mba Ada


Na honrosa entrevista que nos concedeu, no final do  VI Congresso Ordinário do Partido Democrático da Guiné  Equatorial (PDGE) que decorreu, em Bata, em Julho de 2017. recordou-nos o vinculo histórico que liga  Portugal e a Guiné equatorial, dizendo-nos que gostaria que muitos portugueses visitassem o seu país, pois admite que "muitos portugueses não conhecem a Guiné Equatorial. Têm que vir conhecer a Guiné Equatorial, investir na Guiné Equatorial, conhecer os guineenses, e trabalhar juntos, porque juntos somos  mais fortes e competitivos.











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