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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Nestes tempos de incerteza, de pandemia, não te rendas à fatalidade maligna: toma cuidado, aceita os conselhos que te dão, mas nunca te dês por vencido!


 JORGE TRABULO MARQUES -


Nestes tempos de incerteza, de pandemia, não te rendas à fatalidade maligna: toma cuidado, aceita os conselhos que te dão, mas nunca te dês por vencido! Nunca desistas de lutar - Foi neste frágil esquife (tronco escavado, aqui num treino dias antes) que fiz a travessia de S. Tomé ao Príncipe , em três dias e três noites de absoluta solidão, num vasto e agitado braço de mar- E lá aportei, depois de um valente susto, e alguns momentos de aflição, quando adormeci e a canoa se voltou em noite de trevas e de vento, após ter também enfrentado um feérico tornado, que mais parecia que a cúpula escuríssima dos Céus, rasgada por um festival de relâmpagos, desabava sobre mim - Sim, mas Deus também nunca abandonou a minha fé e a minha firme determinação em cumprir a minha meta! - A vida é isso mesmo; um permanente desafio, ao qual nunca nos devemos resignar.

Largar tudo - os horários, a família, os amigos,
a tranquilidade de um lar - e partir
mar fora numa frágil piroga
ou até em barcos maiores e bem equipados,
singrando o ondulante manto líquido,
trocando o certo pelo incerto, o desconhecido,
não receando os revés da ousadia e a má sorte,
não temendo as partidas da omnipresente imagem da morte,
alheio a tudo: às inesperadas variações dos ventos,
à dança e contra-dança de correntes poderosas
súbitos vendavais, "súbitas trovoadas temerosas!"

"Contar-te longamente as perigosas
Coisas do mar, que os homens não entendem:
Súbitas trovoadas temerosas,
Relâmpados que o ar em fogo acendem,
Negros chuveiros, noites tenebrosas,
Bramidos de trovões que o mundo fendem,
Não menos é trabalho, que grande erro,
Ainda que tivesse a voz de ferro." –
Luís Vaz de Camões.

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