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sábado, 30 de abril de 2022

Alda Graça do Espírito Santo – A Grande Mãe das Ilhas Verdes do Equador, nasceu em S. Tomé a 30 de Abril de 1926 – Deixou-nos há 12 anos, em Angola 9 de Março de 2010


SÃO TOMÉ E 
PRÍNCIPE
 –  AS ILHAS MARAVILHA QUE GERAM POETAS E CONVIDAM À CONTEMPLAÇÃO E À POESIA  -   - Por Jorge Trabulo Marques - jornalista e investigador 


A beleza natural de São Tomé e Príncipe é meio caminho andado para ser-se poeta – e estas ilhas têm grandes poetas: desde um  Costa Alegre, a Francisco José Tenreiro, passando por Francisco Stockler, Alda do Espírito Santo, Conceição Lima, a Olinda Beja, entre outros, são nomes de elevada craveira, que atestam uma extraordinária literatura poética

ALDA- Duas sílabas numa só palavra - Acrescida do apelido divino " do Espírito Santo - Nome da Inesquecível Musa, a Mui Amada e  Grande Mãe das Ilhas Maravilha - A Grande Inspiradora Poetiza da liberdade e da Beleza! A Grande Irmã da Dor e do Amor e do sentimento amargo e mui dolorido sofrimento ancestral de um Povo - Quem esquecerá o seu rosto? 

Não partiu para o exilio mas, mesmo sob a vigilância da antiga policia politica (PIDE) nem por isso deixou de usar a palavra, os seus versos, como a voz mais ativa e interveniente pelo seu Povo  - Considerada, por isso, como expoente máximo do nacionalismo são-tomense, pós independência. Alda Graça, morreu em Angola para onde foi evacuada  por razões de saúde. Morreu na terra dos seus compatriotas de luta pela independência nacional, como Mário Pinto de Andrade. Um dos nomes de Angola que Alda Graça muitas vezes citou nas suas intervenções públicas. – Excerto deAlda Graça do Espírito Santo

Lá no «Água Grande»

Lá no «Água Grande» a caminho da roça
negritas batem que batem co’a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.

Cantam e riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento.

Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.
As crianças brincam e a água canta,
brincam na água felizes…
Velam no capim um negrito pequenino.

E os gemidos cantados das negritas lá do rio
ficam miúdos lá na hora do regresso…
Jazem quedos no regresso para a roça.

 (Poesia negra de expressão portuguesa, 1953)

 Fevereiro

lda Graça do Espírito Santo

Poeta santomense: 1926 – Faleceu em 9 de Maraço de 2010
Nasceu a 30  de abril  de 1936 , na cidade de São Tomé, capital do Arquipélago de São Tomé e Príncipe, Alda Neves da Graça do Espírito Santo. Filha de uma professora primária e de um funcionário dos Correios, ainda nova faz seus primeiros estudos em São Tomé. 1940: Em meados de 1940, muda-se com a família para o norte de Portugal, anos depois a família muda-se para Lisboa onde Alda inicia seus estudos universitários. 1950: No início dessa década, morando em Lisboa com a família, Alda Espírito Santo faz contato com alguns dos importantes escritores e intelectuais que viriam a ser os futuros dirigentes dos movimentos de independência das colônias portuguesas de África, como Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade, Agostinho Neto, Francisco José Tenreiro, entre outros. A casa de sua família, no número 37 da Rua Actor Vale, funciona como local de encontros do CEA (Centro de Estudos Africanos). Os encontros regulares na casa de Alda promoviam palestras sobre temas diversos como Linguística, História e também sobre a consciência cultural e política acerca do colonialismo, do assimilacionismo e da defesa do colonizado.  Excerto de Vidas Lusófonas - Alda Espirito Santo

Combatente da luta pela independência nacional, poetisa, considerada expoente máximo do nacionalismo são-tomense, pós independência. Alda Graça, morreu em Angola para onde foi evacuada desde a última semana por razões de saúde. Morreu na terra dos seus compatriotas de luta pela independência nacional, como Mário Pinto de Andrade. Um dos nomes de Angola que Alda Graça muitas vezes citou nas suas intervenções públicas. – Excerto deAlda Graça do Espírito Santo




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