expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Petróleo em S. Tomé e Príncipe? - Desde a colonização, que se fala na sua exploração – Desta vez, parece que é de vez - Crise internacional aguça o apetite e apressa o furo: Tema da agenda do P.M. Jorge Bom Jesus, em Cabo Verde e agora do P.R. Carlos Vila Nova, na sua visita oficial à Guiné Equatorial

Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Desde 1970


Desde a colonização, que se fala na sua exploração – O pequeno país das Ilhas Verdes do Equador, com pouco mais de 200 mil habitantes no Golfo da Guiné, que,  na virada do século, em 2001,  descobriu estar envolvido por um manto de petrodólares, em águas profundas, com reservas estimadas em 11 bilhões de barris de óleo bruto, sendo então dito  poder vir a  tornar-se uma espécie de Brunei do golfo da Guiné e a produzir perto de 80 mil barris por dia, com promessas de que  Estado iria receber 113,2 milhões de dólares pelas concessões — isto é, três vezes mais que seu PIB - Produto Interno Bruto

Porém, como é do conhecimento público, tal não aconteceu por via de sucessivas crises políticas, concessões geopolíticas e outros factos, que degradaram o ambiente social e político. num meio tradicionalmente pacífico.

Mas desta vez, parece que é de vez: a primeira perfuração deverá começar no final deste mês a  uma profundidade de 2.500 m e numa extensão cinco vezes maior  às duas ilhas, a cerca de 100 quilómetros do litoral do país pelo consorcio constituído pelas perolíferas anglo-holandesa Shell e a portuguesa Galp no bloco petrolífero no bloco 6 da Zona Económica Exclusiva, que detêm cada uma, 45% de interesse participativo nesse bloco e o Estado são-tomense, 10%, anunciou fonte oficial.

O primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, na recente visita oficial  que fez a Cabo Verde, numa declaração conjunta no Palácio do Governo com o homólogo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou  que "há grandes expectativas" com a exploração petrolífera em águas do país. Admitiu  ser “um furo de sucesso e um motivo de esperança para o país”, que precisa de um “financiamento adicional” para a sua economia Temos 160 vezes mais de mar do que a própria terra e além dos recursos piscatórios, prometendo  partilhar "os ganhos" com Cabo Verde.

Agora, é também o Presidente da República, Carlos Vila Nova, que, ontem chegou a Malabo, capital da Guiné Equatorial, para uma visita oficial de três dias, onde foi recebido na sala dos embaixadores do Palácio do Povo, pelo Presidente Obiang Nguema Mbasogo, que  o felicitou “pela brilhante vitória nas eleições presidenciais do seu país e desejou-lhe sucesso no seu mandato”.

A visita do novo Chefe de Estado faz parte da vontade política de ambos os governos de continuar fortalecendo os laços de amizade, cooperação e boa vizinhança entre as duas nações, a fim de diversificar a cooperação em setores de interesse comum em benefício recíproco, foi salientado pela imprensa guiné-equatoriense  – E, um dos  sectores é justamente o reforço da cooperação bilateral baseado essencialmente na área do petróleo, da educação e ao nível da saúde, tal como declarou momentos antes de deixar S. Tomé  

Foi noticiado pela Agência STP-Press, que “o navio-sonda que deverá efetuar o primeiro furo petrolífero no bloco 6 da Zona Económica Exclusiva (ZEE) deve chegar a São Tomé e Príncipe no final deste mês, – revelou a Rádio Nacional do país.

Com o primeiro furo, reprogramado já para o próximo mês de Maio, o navio-sonda, munido com equipamentos de primeira geração concentrar-se-á nas ilhas de São Tomé e Príncipe na perspetiva de se encontrar o petróleo comercializável.

O resultado desta perfuração vai determinar ações futuras, assegurou por sua vez, Vanessa Gasparinho, também, da GALP, em Dezembro último, em São Tomé.

Nenhum comentário :