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domingo, 24 de abril de 2022

Cidade São Tomé – A capital multicultural das Ilhas Verdes do Equador, celebrou os 487 anos de sua elevação a cidade – A “Poson” que recebeu a visita do Príncipe Real Luís Filipe de Bragança, em Julho de 1907 - Porventura, tendo ainda conhecido o último Rei dos Angolares, o Capitango, Simão Andreza, ou então dele ouvido falar

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

O estatuto à cidade do nome do apóstolo S. Tomé,  foi-lhe atribuído por Carta Régia do Rei de Portugal Dom João III, em 22 de Abril de 1535 - A história nunca pode ser riscada ou apagada do tempo e da vida - Sejam quais forem as origens, as suas transformações ou adversidades: há que recordar as suas páginas - Os seres humanos, que surgiram na África Oriental há cerca de 2,5 milhões de anos, seja em que ponto for da Terra, são fruto de uma amálgama de origens, de cruzamentos, de fatores, que advém de um ínfimo mas milagroso acaso.


Parabéns ao município da capital pela comemoração da efeméride, que aproveitou para distinguir duas importantes figuras santomenses

Em 1641, os holandeses ocuparam São Tomé, mas os portugueses recuperaram a Ilha em 1644. Em 1709, os corsários franceses ocuparam a Cidade de São Tomé por quase um mês. Em 1753, a capital foi transferida para Santo António, na Ilha do Príncipe. A capital retornou para São Tomé em 1852.


Recebeu a visita do Príncipe Real Luís Filipe de Bragança, em Julho de 1907, na primeira visita de um príncipe as colónias portuguesas de S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, e ainda as colónias inglesas da Rodésia e da África do Sul, quando regressava passou por Cabo Verde. - – Que, certamente, não deixaria de ter ouvido falar daquele que viria a ser o último rei dos angolares, do último capitão (capitango) dos Angolares, Simão Andreza, considerado como o rei da etnia angolar  – Ou mesmo de o ter conhecido. Não se sabe exatamente a data do seu falecimento, mas  diz-se que faleceu no principio do século XX, sem deixar descendentes.

Gerhar Seibert, antropólogo e investigador do antigo Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), em Lisboa, de 1999 a 2008, e do ex-Centro de Estudos Africanos / ISCTE -, no seu estudo intitulado  ..”A Questão da Origem dos Angolares deSão Tomé, refere que

Segundo a maioria dos autores, os Angolares teriam saído do mato pelaprimeira vez em 1574, trinta anos após o alegado naufrágio, quando começaram aassaltar as plantações e a própria cidade https://www.academia.edu/46472410/A_Quest%C3%A3o_da_Origem_dos_Angolares_de_S%C3%A3o_Tom%C3%A9

Dellfim Neves 
Jorge Bom Jesus 

COMEMORAÇÃO QUE DISTINGUIU DUAS FIGURAS SANTOMENSES DA ATUALIDADE

 A efeméride foi assinalada pelo presidente da Câmara Distrital de Água Grande, José Maria Fonseca, que decidiu homenagear o presidente da Assembleia Nacional,Delfim Neves e o Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, com a entrega da chave da cidade de São Tomé, capital

José Maria Fonseca 

Segundo refere o Télanon,  “as cerimónias decorreram na última quinta-feira e sexta-feira, nos gabinetes de trabalho dessas figuras, respectivamente, na Assembleia Nacional e no Palácio do Governo.

Linda e banhada pelas águas do oceano atlântico, a cidade de São Tomé nasceu como resultado de cruzamento de gentes da Europa e da África.

E na sequência disso, foi ganhando relevância no contexto africano em plena era colonial, albergando a primeira Santa Casa da Misericórdia portuguesa em África, como também foi o espaço que acolheu a primeira e a maior diocese do reino português em África, afirmou Albertino Bragança.


De acordo com este homem da cultura, “o processo amplamente ilustrativo do desejo dos Papas de Roma e dos Reis de Portugal de fazerem de São Tomé um centro irradiador de religião e cultura para toda a África e assim dotarem a capital de tais riquezas e objectos de culto, que São Tomé se podia chamar “Roma do Ocidente Austral Africano”, tal como Goa “Roma do Oriente”, relatos do século XVI, trazidos ao presente numa investigação de Albertino Bragança.

A cidade de São Tomé, hoje, além de ser o centro onde gravita toda raça de gente, nacionais, estrangeiros, europeus e africanos, alberga actualmente mais de 20 mil pessoas.s.

Com suas casas de média altura (próprias do período colonial), salvo um ou outro prédio de meia dúzia de andares que hoje dão algum sinal de modernidade”

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