Corações dedicados e generosos |
O
objetivo principal desta data é promover conhecimentos sobre as tartarugas,
além de conscientizar as pessoas da importância em ajudar estes animais a
sobreviverem e se desenvolverem. – Aproveito para lhe recordar alguns dos rostos, que,
em S. Tomé e Príncipe, se tem dedicado à
defesa daquela que é considerada uma das espécies da Terra, mais antigas, pugnando
abnegadamente pela sua preservação
Nidificador de tartarugas ao sul de S- tomé |
"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera, frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver" - Ouça a entrevista mais à frente
EXISTEM HÁ MILHÕES DE ANOS - Mas há espécies em vias de extinção - No mês de Outubro de 2013, segundo noticia então divulgada pelo jornal Téla Nón, foram abatidas 44 tartarugas nas praias da ilha de São Tomé.
S. Tomé – Praia Jálé - Largada de tartarugas recém-nascidas – Poucas sobrevivem à longa jornada
Filhotes
de tartarugas lançadas dos ninhos ao mar numa das praias mais belas e paradisíacas
da Terra – Apenas, uma em mil, poderá sobreviver, tais são as ameaças que
pendem desde o momento em que são retiradas dos ninhos
onde saíram da casca dos ovos, num dos espaços reservados à nidificação e avançam
pela areia a fora até se deixarem envolver pela brancura das ondas e o azul
imenso do oceano, seu meio natural – Muitos poucas, depois de uma longa
jornada, poderão voltar mais tarde à mesma praia para aqui depositarem os seus
ovos.
Segundo o Programa Tatô, são 4 as espécies de tartarugas que nidificam na ilha de São Tomé, nomeadamente a tartaruga verde (Chelonia Mydas), vulgarmente conhecida em São Tomé e Príncipe por Mão Branca. Segue-se a tartaruga Oliva (Lepidochelys Olivacea), com nome vulgar em São Tomé de Tatô. A tartaruga de Pente (Eretmochelys Imbricata), vulgarmente conhecida por Sada, e por fim a tartaruga de Couro (Demochelys Coriacea), em São Tomé chamada de Ambulância.
Os colabores do Programa
Tatô operam dia e noite em 31 praias da ilha de São Tomé monitorizando o
processo de nidificação e desova das tartarugas. Boa parte das fêmeas que
desovam nas praias é marcada para permitir o acompanhamento das mesmas.
BIÓLOGA SARA VIEIRA - Exemplo de generosidade, de amor e dedicação em defesa das tartarugas marinhas - Coordenadora dos trabalhos da ATM, em S. Tomé e Príncipe, com larga experiência em projetos de tartarugas marinhas em Cabo Verde, por onde passou, antes de, há três anos, ter rumado às Ilhas Verdes do Equador.
Vive em Morro Peixe, uma comunidade de pescadores da ilha de São Tomé. Foi distinguido, em 2020, com o Prémio Príncipe Willian para preservação ambiental em África no ano 2020. Batizado como “ Pai das Tartarugas Marinhas”, carrega consigo 26 anos de trabalho pela proteção de uma das espécies mais ameaçadas do ambiente marinho.
A casa típica de madeira, onde vive, Hipólito Lima, conhecida por “Casa Tatô, erguida ali mesmo à beira da praia, está transformada num autêntico museu de informação das tartarugas mas também de meios para a sua proteção e monitorização.
É, digamos, um ponto obrigatório para os amantes da natureza, e sobretudo da vida das tartarugas. O seu entusiamo, data de há mais de vinte anos. Diz-nos que “tudo começou em 1996, com biólogos americanos – E, desde então, fez da sua vida, uma verdadeira cruzada
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