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terça-feira, 10 de maio de 2022

Presidentes de S. Tomé e Príncipe e de Angola querem reforçar Cooperação, entre os dois países irmãos - "um abraço gerador de riqueza" desde o tempo colonial –- Carlos Vila Nova, em Luanda, no encontro oficial com João Lourenço, marcam Comissão bilateral para 29 e 30 em STP, estagnada desde há 15 anos – Em 2019, O PM Jorge Bom Jesus, frisou já essa necessidade, que não tem dado passos por via de antigas dividas. Mas o início da perfuração petrolífera, parece fazer esquecer essas controvérsias.

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Desde 1970 - 

A  operação de perfuração do petróleo em STP. que começou no dia 25 de Abril, no poço Jaca, pelos vistos, veio fazer esquecer anteriores desentendimentos sobre antigas e polémicas dividas e  dar novos fôlegos: tendo sido agenda reunião de Comissão bilateral para o fim do mês


Em 1973, escrevia, as seguintes linhas, na Semana Ilustrada, a revista angolana que mais falava de S. Tomé e Príncipe, onde era correspondente: “As relações comerciais  existentes são suscetíveis de incremento, tendo em consideração ' que S. Tomé e Príncipe continua a ser um território produtor de matérias primas exportáveis, e que importa quase tudo o que consome.  A balança comercial de 5. Tomé e Príncipe com Angola é altamente deficitária para o primeiro e, não se torna viável alterar, profundamente, essa situação dado as razoes já apontadas" - Alias, S. Tomé e Príncipe, no contexto do comércio entre territórios nacionais apresenta a característica interessante de transferidor de divisas para a zona do escudo visto que as suas exportações se dirigem para o estrangeiro e as importações estão concentradas  praticamente em território Nacional (Angola e Metrópole )

Agora, na visita oficial de três dias, que, o Presidente Carlos Vila Nova, está a efetuar, desde domingo passado,  dia 8, é o Presidente da João Lourenço, no discurso proferido, na receção ao seu homologo santomense,  a afirmar que  “a República de Angola e a República Democrática de São Tomé e Príncipe possuem capacidades em diversos domínios da economia, que devem ser potenciadas para que se possa colher os melhores benefícios da cooperação que vier a ser desenvolvida em tais domínios, que resultarão seguramente em vantagens recíprocas significativas.

Assim, considero que a visita de Vossa Excelência representa uma grande oportunidade para abordarmos a melhor forma de impulsionar com sentido prático todas as iniciativas existentes, que visam a inauguração de uma nova era na parceria entre os nossos Estados, tornando a nossa cooperação cada vez mais ampla e diversificada.

No quadro da parceria estratégica que pretendemos implementar, destacamos a necessidade de explorarmos ao máximo o grande potencial existente nos sectores da Defesa e Segurança, das pescas e mar, turismo, interior e ordem interna, transportes aéreos e marítimos, recursos minerais e petróleos, e o do comércio.

De recordar, que,  em Fevereiro de 2019, no encontro, que   o Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus, teve com o Presidente da República, João Lourenço, em Luanda, fora também abordado a questão do reforço da cooperação entre os dois países, que, pelos vistos,  não tem conhecido progressos significativos, por via de contorversas dividas desde o anterior governo. .

Quanto à questão da dívida de São Tomé e Príncipe a Angola, João Lourenço declarou à Lusa que "todas essas questões, em princípio, serão vistas com profundidade aquando da realização da comissão mista bilateral, que terá lugar no fim deste mês".

"Portanto, creio que, pelo menos da parte de Angola, reservamo-nos ao direito de aguardar que essa reunião tenha lugar", disse.

De acordo com João Lourenço, Angola vai ganhar com o reforço da cooperação "aquilo que as partes identificarem como útil, como sendo de interesse de Angola e do interesse de São Tomé e Príncipe".


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