Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Desde 1970 -
A operação de perfuração do petróleo em STP. que começou no dia 25 de
Abril, no poço Jaca, pelos vistos, veio fazer esquecer anteriores
desentendimentos sobre antigas e polémicas dividas e dar novos fôlegos:
tendo sido agenda reunião de Comissão bilateral para o fim do mês.
Em 1973, escrevia, as seguintes linhas, na Semana Ilustrada, a
revista angolana que mais falava de S. Tomé e Príncipe, onde era correspondente: “As relações comerciais existentes são suscetíveis
de incremento, tendo em consideração ' que S. Tomé e Príncipe continua a ser um
território produtor de matérias primas exportáveis, e que importa quase tudo o
que consome. A balança comercial de 5. Tomé
e Príncipe com Angola é altamente deficitária para o primeiro e, não se torna
viável alterar, profundamente, essa situação dado as razoes já apontadas" - Alias, S. Tomé e Príncipe,
no contexto do comércio entre territórios nacionais apresenta a característica
interessante de transferidor de divisas para a zona do escudo visto que as suas
exportações se dirigem para o estrangeiro e as importações estão
concentradas praticamente em território
Nacional (Angola e Metrópole )
Agora, na visita
oficial de três dias, que, o Presidente Carlos Vila Nova, está a efetuar, desde domingo
passado, dia 8, é o Presidente da João Lourenço, no discurso proferido, na
receção ao seu homologo santomense, a
afirmar que “a República de Angola e a
República Democrática de São Tomé e Príncipe possuem capacidades em diversos
domínios da economia, que devem ser potenciadas para que se possa colher os
melhores benefícios da cooperação que vier a ser desenvolvida em tais domínios,
que resultarão seguramente em vantagens recíprocas significativas.
Assim, considero que a visita de Vossa Excelência representa uma grande oportunidade para abordarmos a melhor forma de impulsionar com sentido prático todas as iniciativas existentes, que visam a inauguração de uma nova era na parceria entre os nossos Estados, tornando a nossa cooperação cada vez mais ampla e diversificada.
No quadro da parceria estratégica que pretendemos implementar, destacamos a necessidade de explorarmos ao máximo o grande potencial existente nos sectores da Defesa e Segurança, das pescas e mar, turismo, interior e ordem interna, transportes aéreos e marítimos, recursos minerais e petróleos, e o do comércio.
De recordar, que, em Fevereiro de 2019, no encontro, que o Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus, teve com o Presidente da República, João Lourenço, em Luanda, fora também abordado a questão do reforço da cooperação entre os dois países, que, pelos vistos, não tem conhecido progressos significativos, por via de contorversas dividas desde o anterior governo. .
Quanto à questão da dívida de São Tomé e Príncipe a Angola, João Lourenço declarou à Lusa que "todas essas questões, em princípio, serão vistas com profundidade aquando da realização da comissão mista bilateral, que terá lugar no fim deste mês".
"Portanto,
creio que, pelo menos da parte de Angola, reservamo-nos ao direito de aguardar
que essa reunião tenha lugar", disse.
De acordo com
João Lourenço, Angola vai ganhar com o reforço da cooperação "aquilo que
as partes identificarem como útil, como sendo de interesse de Angola e do
interesse de São Tomé e Príncipe".
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