Jorge Trabulo Marques - Jornalista
A pesca artesanal tem sido o sustento de várias centenas de pescadores e das suas familias, a base da gastronomia das ilhas, mas cada vez se tem afigurado como uma miragem
Pescadores Santomenses, manifestam-se preocupados com o “olho clínico” das frotas pesqueiras que operam nas águas territoriais – Regressam à praia quase de mãos vazias - Ir à pesca nas tradicionais canoas, cada dia se vai tornando num enorme drama, num desalentado, longo e sacrificado calvário
Desabafos de lamentos e preocupações, que tive oportunidade registar em vídeo, num espontâneo e ocasional encontro, que tive na praia da Rosema, em Neves, capital do distrito de Lembá, numa bela tarde de Maio de 2019
Neves -1972- S -Jorge Trabulo Marques Autor do Artigo |
Em cuja baía, nos últimos anos da colonização, chegou a existir um dos mais avançados empreendimentos industriais de África, de fabrico de cerveja e distribuição de gás, além de um bem apetrechado porto pesqueiro, donde partiam e regressavam várias traineiras de pesca para capturas nas águas territoriais do arquipélago, até às vizinhas costas do Gabão e, a bem dizer, por todo o Golfo da Guiné.
De referir que o Parlamento São-tomense aprovou, recentemente, uma nova lei das pescas, que permite à Guarda Costeira Nacional abordar e fiscalizar as embarcações suspeitas de prática de pesca ilegal sem que estejam a bordo inspectores da direção das pescas.
Mas como fazer essa inspeção? - Com que meios? O que tem valido, são as missões do navio Zaire, da Marinha Portuguesa, que, desde há alguns anos, tem vindo a reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos de São Tomé e Príncipe, bem como a segurança marítima do Golfo da Guiné e a capacitação da guarda costeira deste país de língua portuguesa
A pesca semi-industrial tem sido praticada pelos barcos em fibra de vidro provenientes de donativos japoneses. O abastecimento do mercado interno é principalmente assegurado pelos desembarques da pesca artesanal e, de maneira muito marginal, pela pesca semi-industrial.
Acordos de pesca, não têm faltado, tal como projetos e intenções, o mais recente, diz a (STP-Press), é o de que o Governo vai relançar a pesca industrial na sua zona económica exclusiva, com base num investimento directo estrangeiro no valor de 40 milhões de Euros
Segundo Aida de Almeida, directora-geral das Pescas, o investimento vai ser concentrado no centro pesqueiro da cidade de Neves, no norte da ilha de São Tomé
Surgem também estudos de que "o reforço do sector pelágico costeiro trará mais empregos e alimentos saudáveis a São Tomé e Príncipe, de acordo com uma análise apresentada a mais de 50 interessados e peritos, que se reuniram para discutir como melhorar a cadeia de valor dos pelágicos costeiros para reduzir a pressão sobre o ambiente e garantir que ninguém fica para trás.
São Tomé e Príncipe é um dos doze países beneficiários do FISH4ACP, uma iniciativa da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) implementada pela FAO e financiada pela União Europeia (UE) e pelo Ministério Federal Alemão para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (BMZ) para reforçar as cadeias de valor da pesca.
A Zona Económica Exclusiva (ZEE) é de 160.000 km2. O que é relativamente fraco para um país insular e comparado também à dos países vizinhos como o Gabão (213.600 km2) ou a Guiné Equatorial (283.200 km2). Os fundos são rochosos e as águas não são muito produtivas devido à falta de ascensão de águas frias ricas em sai mineral ("upwelling"), de que beneficiam, ao contrário, a major parte dos países do Golfo da Guiné
23/12/2016 São-Tomé, 23 Dez ( STP-Press ) – A empresa da Guiné-Equatorial, Sonagás iniciou a construção de instalação na Ilha de São-Tomé para a produzir gás de petróleo liquefeito, GPL, com vista a abastecer o mercado são-tomense – anunciou o responsável da empresa, Daniel Gomes Lopez.http://www.stp-press.st/215.htmo da cooperação bilateral Empresa da Guiné Equatorial vai produzir gás de petróleo em São
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