Recordando Nuno Lima de Carvalho, nascido em 15 de junho de 1932, E, pela sua voz – Malangatana e Alberto Chissano – dois dos maiores artistas de Moçambique e de África
Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Nuno Lima de Carvalho, personagem de um dos romance de Jorge Amado, de quem foi um grande amigo, era um dos galeristas mais antigos em Portugal, responsável pela criação dos ciclos de exposições "Salão da Primavera" e "Salão de Outono", na Galeria de arte do Casino Estoril, através dos quais deu a conhecer centenas de obras de vários artistas portugueses, brasileiros, espanhóis e outras nacionalidades,
Sem dúvida, um verdadeiro embaixador da aproximação cultural entre Portugal e o Brasil - E também com os "nuestros hermanos" , tendo sido distinguido pela Embaixada Espanhola "pelo seu esforço no fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países no domínio da arte e da cultura. "
Nascido em 15 de junho de 1932, em Vila Franca do Lima, Viana do Castelo, foi um dos promotores da criação do Museu de Arte Primitiva Moderna de Guimarães e dinamizador da representação portuguesa no Museu Internacional de Pintura Naïf de Jaen, em Espanha.
Entre outras distinções, Nuno Lima de Carvalho recebeu o Grau de Oficial da Ordem Infante D. Henrique, a comenda da Ordem de Mérito Civil de Espanha e a Ordem de Mérito Pêro Vaz de Caminha, do Brasil. Era cidadão de mérito de Cascais e de Viana do Castelo, e designado cidadão de Salvador da Bahia, no Brasil.
Malangatana - De seu nome completo, Malangatana Valente Ngwenya, conhecido internacionalmente pelo seu primeiro nome "Malangatana". No artista multifacetado, desde desenho, pintura, escultura, cerâmica, murais, poesia e música, dança, folclore, existiam as melhores virtudes que um artista pode ter na herança cultural da sua terra, a inesgotável capacidade de recuperar a ancestralidade da sua identidade. Sem dúvida, Malangatana era um artista completo: amava o seu pais, o seu querido Moçambique e este amava-o com a mesma reciprocidade Mas a sua figura e a sua arte, são imortais,
Tal como é sublinhado na sua biografia, o seu talento é reconhecido em várias formas de arte como desenho, aquarela, tapeçaria, cerâmica, gravura, escultura monumental em ferro e em cimento, em murais. Foi também poeta, cantor, dramaturgo, músico e dançarino.
Alberto Chissano, nasceu em Manjacaze, a 25 de fevereiro de 1935 - Matola, faleceu em 19 de fevereiro de 1994) - Foi um escultor moçambicano conhecido internacionalmente e considerado por organizações culturais nacionais como o mais importante escultor nacional.[1]. Depois de ter vários empregos temporários em Maputo, começou a trabalhar no Núcleo de Arte, onde foi incentivado a desenvolver a escultura pelo pintor Malangatana.[2]. Realizou a sua primeira exposição em 1966 no 1º Salão de Arte Moderna e em 1969 esteve representado na "Contemporary African Art" no Camden Art Centre em Londres.[3] Mais tarde, com inicio em 1974, realizou exposições em Portugal onde foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian
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