Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Na última campanha presidencial,
participaram 19 candidatos, e, segundo Tribunal Constitucional, quatro dos
quais não apresentaram as contas da campanha e 15 fizeram-no mas fora do prazo legal – Agora, nas legislativas e da Regional do Principe,
a parada também não fica atrás.
ESTÁ EM MARCHA O FOLCLORE ELEITORAL - Arrancou no último domingo em São Tomé e Príncipe a campanha eleitoral para as eleições legislativas, autárquicas e regional de 25 de setembro.
A comissão eleitoral pede aos
partidos que não adotem mensagens de incitação ao ódio. O presidente da CNE, José Carlos Barreiro, pede
serenidade às forças concorrentes para que a campanha eleitoral e votação
possam decorrer num clima de paz. – Nem era
preciso dizê-lo: a politica faz extravasar os discursos mas não a ira física. - Em todo o caso, há que evitar que o cheirinho petrolífero não ponha os os olhos em bico.
Os materiais da Comissão Eleitoral Nacional (CEN) para às eleições de 25 de Setembro em São Tomé e Príncipe chegaram no passado sábado ao País, vindos de Portugal, incluindo entre outros, os boletins de voto e as atas eleitorais”.
OLHOS VIRADOS PARA O PERFUME DOS PETRÓDOLARES VÃO DAR AINDA MAIS COLORIDO
AOS COMÍCIOS
O petróleo ainda não começou a jorrar mas já houve quem se
aproveitasse dos negócios - Pelos vistos,
as expetativas com a exploração petrolífera em águas do país, com a primeira
perfuração na Zona Económica Exclusiva (ZEE) parecem acicatar grandemente os olfatos políticos
Onze formações
políticas disputam estas eleições, as mais concorridas de sempre. "O
Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata
(MLSTP/PSD), que formou a coligação PCD-UDD-MDFM. a chamada ‘nova maioria’, constituindo um governo, liderado por Jorge Bom Jesus, que, num comício inaugural no distrito de Lobata, na cidade de Guadalupe., apelou ao espírito patriótico dos militantes do MLSTP e dos eleitores da cidade de Guadalupe e à comunidade piscatória da Praia de Morro Peixe, afirmando que esse espírito permitiu ao país enfrentar e vencer difíceis batalhas nos últimos anos.
São Tomé e Príncipe é nossa terra, nossa vida, nossa paixão. Que faça chuva ou faça sol nós estamos aqui. Na doença ou na saúde nós estamos aqui. Na tristeza ou na alegria estamos aqui. Nós somos daqui, e temos que lutar por São Tomé e Príncipe», declarou o Presidente do MLSTP.
"Vamos tudo fazer e temos a certa que no dia 25 de setembro teremos bons resultados.", diz Danilo Santos, mandatário do MLSTP-PSD, partido da independência.
A ADI, o maior partido na oposição abriu a campanha para as eleições
legislativas, autárquicas e regionais de 25 de setembro, na região sul
do país. Caué o maior distrito da ilha de São Tomé, em dimensão
territorial, é o menos populoso do país.
Nas eleições de 2018, elegeu 25 deputados, seguida pelo MLSTP/PSD, que conseguiu 23 assentos, a Coligação PCD-MDFM-UDD, 5 e MCI/PS dois deputados.
No dia 25, também o governo regional do Príncipe vai a votos, concorrendo dois movimentos, nomeadamente UMPP de Filipe Nascimento, e o Movimento Verde do Príncipe/MLSTP/PSD, de Nestor Umbelina.
O movimento
político Basta! congrega dissidentes de várias forças políticas e disputa estas
eleições com o PCD. Conta com o apoio do presidente da Assembleia, Delfim
Neves. Segundo o seu mandatário, Hamilton Vaz, é uma força séria a ter em conta
nesta votação.
São Tomé e Príncipe, considerado um dos países mais pobres do mundo e também um
dos mais endividados, sendo que 50% do Produto Interno Bruto (PIB) é assegurado
pela comunidade internacional, situação agravada com a pandemia da Covid-19,
nem por isso, as suas elites, abrandam aspirações ou reúnem esforços no sentido
de haver mais unidade de que desperdício e dispersão.
Manuel Pinto da Costa, figura de
referência do nacionalismo e da fundação do país, ainda, recentemente, num
artigo publicado na imprensa local, apelava à unidade e ao diálogo, alertando
de “os santomenses não aguentam mais a
décadas de disputas pessoais entre figuras politizadas e grupos de interesses
momentâneos, aquartelados nas frágeis guaritas dos múltiplos partidos políticos
nascidos prematuros.
“Desde a implantação do regime
democrático em STP, as querelas institucionais e politicas se têm revelado como
um factor pernicioso ao estabelecimento de um rumo estável para o País
A bem dizer, as Ilhas
Verdes do Equador, não são ilhas pobres, visto serem enormíssimos os seus recursos, tanto nem terra
como no mar, só que, nem após 47 anos de
se tornarem num país, soberano e independente, os seus dirigentes lograram
superar, em diversos aspetos, a herança colonial, designadamente num melhor
aproveitamento das roças e dos seus edifícios.
“Temos 160 vezes mais de mar do que a própria terra e além dos recursos
haliêuticos [pesca], temos esperança na exploração petrolífera ao nível da
nossa zona económica exclusiva, há grandes expectativas nesse sentido",
palavras de Jorge Bom Jesus, no âmbito
da visita oficial que o PM realizou a Cabo Verde
De facto, houve grandes
avanços no ensino, nos aspetos culturais e na recuperação de uma identidade, no
entanto, nem por isso, se conseguiram criar melhores condições de vida à grande
generalidade das suas populações – Realmente é um dos países de África, onde a
fome não se revela nos rostos,
geralmente simpáticos e sorridentes, ou nas barrigas esventradas ou esqueléticas
de outros países africanos, já que, em qualquer altura do ano, nunca falta
hortaliça e frutos na floresta – Banana,
fruta-pão, jaca, safús, izaquentes, porcos e galinhas por todo o lado.
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