Jorge Trabulo Marques - Jornalista
O último adeus ao fotojornalista são-tomense, António Amaral Aguiar Afonso, foi acompanhado, além dos familiares, por um conjunto significativo de residentes de S. Tomé e Príncipe, em Portugal, com momentos de profunda mágoa e consternação, ao fim da manhã desta quinta-feira, no cemitério do Pinhal Fidalgo, em Montijo, no qual se destacaram, entre outros rostos de médicos, avogados, empresários, seus compatriotas das mais variadas profissões de São-Tomenses, que vivem em Portugal, também o Embaixador António Quintas, que recordou o importante contributo fotográfico de InterMamata, cujas fotografias foram expostas e vistas em várias partes do mundo.
Por sua vez, também
as palavras proferidas pelo sacerdote,
José Maria, de origem africana, tecidas ao cidadão do mundo, a um homem de fé, foram de um sentido e profundo elogio à colaboração
prestada na paróquia do Montijo, apesar de saber da frágil saúde que padecia.
Neste registo, aproveito para deixar, além de algumas imagens do ato fúnebre, recordando o diálogo que tive o prazer de registar aquando a inauguração da exposição que o trouxe em Portugal, há dois anos, em 2020 para a apresentação dessa obra, resumida em 35 fotografias sobre a arquitetura, o folclore e demais aspetos do património cultural são-tomense.
A exposição seria no salão nobre do G7, na
capital portuguesa, a uma organização intergovernamental, no dia 21 de Dezembro
de 2020, data em que se comemoravam os cinco séculos e meio da chegada dos
navegadores portugueses à Ilha de S Tomé, data também comemorativa da
Assinatura do Acordo de Argel, que determinou à Independência do país, e da
celebração do Dia de Santo Tomé Poderoso. A mesma exposição havia sido feita em
S. Tomé, no Centro Cultural Português e no Centro Cultura do Brasil.
InterMamata foi,
sem dúvida, um dos nomes mais conhecidos
da Comunicação Social são-tomense, em matéria de fotojornalismo, tendo até os
últimos dias de vida sido quadro da STP Press, Agência de Notícias de São Tomé
e Príncipe, onde ingressou há 32 anos. António Amaral Aguiar Afonso começou a
vida profissional como fotógrafo do antigo jornal estatal Revolução nos anos
80. Foi também repórter colaborador da Rádio Nacional, tendo também passado por
quase todos os órgãos da Comunicação Social nacionais, incluindo serviços
especiais para outras Rádios e Jornais nacionais e estrangeiros. Atingiu o auge
da carreira com exposições de fotografias, quer a nível nacional como
além-fronteiras, levando a imagem de São Tomé e Príncipe para os quatro cantos
do mundo.
O falecimento do
InterMamata, é sem dúvida, uma grande perda para a Comunicação Social
são-tomense, e que a STP Press se junta e se solidariza com todos os que têm
prestado e desejado os pêsames à família e amigos.
O Governo
são-tomense, numa Nota de Condolências, diz que “Foi com
imensurável tristeza que o Governo tomou conhecimento do falecimento do senhor
António Amaral Aguiar Afonso, mais conhecido por “Inter Mamata”, um distinto
jornalista e fotojornalista que elevou o nome de São Tomé e Príncipe
além-fronteiras”. – Refere a imprensa São-Tomense.
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