Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador
Que esta iniciativa não seja mais um pretexto para justificar fundos recebidos e sem efeitos práticos – A comunidade santomense em Portugal é vasta, pacifica e de fácil adaptação, mas à custa do esforço individual de cada um. E já existem outras., em crescendo, que lhe vão reduzindo as ofertas de trabalho, execptuando a construção civíl e pouco mais.
Jorge Trabulo Marques - Jornalista
É uma pesquisa que
se propõe a investigar e compreender as experiências e desafios enfrentados por
jovens oriundos de São Tomé e Príncipe que escolheram Portugal como destino de
imigração. Este estudo visa analisar diversos aspectos da migração desses
jovens, incluindo os motivos que os levaram a deixar o seu país de origem, as
suas trajetórias migratórias, a adaptação ao novo contexto social e cultural em
Portugal, bem como os obstáculos que encontraram ao longo desse processo. – Diz
o jornal Téla-Nón, que é uma iniciativa
da Associação Jovens São-tomenses em Portugal e conta com a parceria da Embaixada
de São Tomé e Príncipe em Portugal e com o apoio do Ministério da
Juventude e Desporto e do Deputado da Diáspora, Jozino Malupane
SANTOMENSES EM
PORTUGAL – Todos falam a língua lusitano
e, se arranjam trabalho, facilmente se integram. As aldeias
portuguesas, como a minha, vão-se desertificando. Havendo algum apoio, pelos
menos inicial, acredito que haveria um renovar de vida habitacional e dos campos.
Nos grandes meios urbanos, o maior problema é, que, excetuando a construção civil,
a disputa do emprego começa também a rarear,
pois há já outras comunidades que estão a expandir-se, dia para dia, cujos empresários dão mais preferência aos escravos do seu país,
de que de outras origens.
SOLIDARIEDADE
DOS SANTOMENSES - Há entre esta comunidade um espírito
solidário e de entreajuda - É o que lhes vai valendo nos momentos mais
complicados.
Os santomenses,
que emigram para Portugal, sejam jovens ou mais velhos, constituem uma
comunidade extensa e muito bem integrada. Queixam-se é da falta de apoio do seu
país ou da sua Embaixada, que também não deverá dispor de grandes recursos. Aliás,
há ex-altas figuras do Estado Santomense, que, tendo necessidade de saírem do
seu país por razões de saúde, o pouco que dele recebem, mal daria para o seu sustento,
se não fossem acolhidos por familiares ou outras pessoas amigas. Ou se não contassem com algum apoio institucional
de país africano amigo- O que é lamentável.
Sei de muitos casos de
emigrantes de STP, que, por motivos incapacidade
física ou doença, passarem por grandes dificuldades e constrangimentos diários
de vária ordem. Outros querem vir para Portugal
ou para outros países da Comunidade Europeia e da América, pelos quais se
encontram também espalhados, e não conseguem sequer reunir dinheiro para a viagem.
Pois tem-se constado que não
são os países orientais que mais os seduzem, porque, quem para aí vai, só se for para funcionário do Estado, dificilmente poderá aspirar a ter uma profissão
independente ou a empresário.
Os santomenses, que
emigram para Portugal, sejam jovens ou mais velhos, constituem uma comunidade
extensa e muito bem integrada. Queixam-se é da falta de apoio do seu país ou da
sua Embaixada. Aliás, há ex-altas figuras do Estado Santomense, que, tendo
necessidade de saírem do seu país por razões de saúde, o pouco que dele
recebem, mal daria para o seu sustento, se não fossem acolhidos por familiares ou
outras pessoas amigas. Ou se não
contassem com algum apoio institucional de país africano amigo.
Sei de muitos casos de
emigrantes de STP, que, por motivos incapacidade
física ou doença, passarem por grandes dificuldades e constrangimentos diários
de vária ordem. Outros querem vir para Portugal
ou para outros países da Comunidade Europeia e da América, pelos quais se
encontram também espalhados, e não conseguem sequer reunir dinheiro para a viagem.
Pois tem-se constado que não
são os países orientais que mais os seduzem, porque, quem para aí vai, só se for para funcionário do Estado, dificilmente poderá aspirar a ter uma profissão
independente ou a empresário.
Conheço muitos exemplos
de sucesso. Cheguei mesmo a trabalhar com um deles: com o saudosos Marinho
Costa, em trabalhos de fotografia, nomeadamente em casamentos e outras festas
familiares africanas. Estava desempregado
e o subsídio era muito magro. Fui abrangido pelo despedimento coletivo, imposto
pela privatização da RDP-Rádio Comercial, no Governo de Cavaco Siva, em que só
foi transferido para os outros canais da RDP e não perdeu emprego, quem tinha filiação
com o regime.
Foram cinco anos, aos
fins-de-semana, a caminhar para o seu
laboratório na Cova da Moira, Amadora, donde partíamos para os trabalhos que lhe
eram encomendados, e não eram poucos. Em S. Tomé, fui eu que lhe paguei alguns
trabalhos de reportagem. Infelizmente, já não está entre nós: um acidente de
viação, acabaria por ser a causa do seu falecimento. .
Quando, em Lisboa, se comemora o 12 de Julho,
tenho notado, que, milhares da sua
diáspora, se reúnem e convivem, de forma
pacifica, alegre e calorosa, de todas as idades, sem um único incidente, comportamento
evidenciado de pessoas que não tem
hábitos de conflitualidade
Conheço muitos exemplos de sucesso. Cheguei
mesmo a trabalhar com um deles: com o saudosos Marinho Costa, quando fui
abrangido pelo despedimento coletivo, imposto pela privatização da RDP-Rádio
Comercial, no Governo de Cavaco Siva, em que só foi transferido para os outros
canais da RDP e não perdeu emprego, quem tinha filiação com o regime.
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