O presépio natalício, vulgarmente
conhecido pelo “Passo”, é
uma das referências culturais mais antigas da Ilha de São Tomé, criada desde o
tempo colonial – Feitos com pauzinhos cortados de andala com o machim (das
folhas de palmeiras) e vergas de canas de bambu, enfeitadas com algumas flores
da floresta, imitando pequenas ermidas ou a igreja da Sé, construídas
junto às modestas cubatas à beira da estrada, sobretudo à medida que se deixava
a cidade, a capital e se penetrava no interior da Ilha, alumiadas por tochas de
óleo de palma em pedaços de mamão, iluminando a Noite de Natal -
Que se prolongavam durante a quadra natalícia
Sim, aqui nestas maravilhosas ilhas verdes do equador, onde, em 2000, havia 45 igrejas e locais de culto cristão, pertencentes a 19 denominações cristãs diferentes, e, em 2012, a parcela de cristãos, atingia os 72%, também o Natal, a celebração do nascimento de Jesus Cristo, tal como em todos países do mundo cristão, é assinadado com as suas características tradicionais de festa da família.
Tal como é referido, "a Igreja Católica em São Tomé e Príncipe é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé. Este é considerado um dos países africanos mais estáveis e democráticos. O legado português é visível na sociedade, que combina influências africanas e europeias. Alguns cidadãos, tanto cristãos, quanto muçulmanos, incorporam características de crenças nativas africanas. Como consequência desta mistura de culturas, muitos católicos celebram cuidadosamente os rituais católicos dos batismos e funerais, mas não há a mesma adesão a outros sacramentos. Também são organizados festivais religiosos em honra aos santos padroeiros das vilas e paróquias e as pessoas viajam para participar dessas celebrações https://pt.wikipedia.org/wiki/Religião_em_São_Tomé_e_Príncipe
No
entanto, os
tais presépios genuínos do Povo que eu conheci nos anos 60 e 70 e cantados por
Alda da Graça Espírito Santo, naquele seu lindo poema, "Natal na
Ilha", a par da celebração do dia “dá chinja”
da festa da família na Quarta-feira de cinzas, vão-se
degradando, profanando e artificializando.
Mesmo assim, ainda persistem belos exemplos, ainda há quem não queira deixar cair no esquecimento, essas graciosas manifestações artísticas ou deste ou daquele humilde casebre de madeira, porém, aqui lhe deixamos algumas imagens que pudemos recuperar em artigos que publicámos na revista Semana Ilustrada, de Luanda.
- Uma pergunta e uma resposta que pairam nos ares
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