São Tomé – Passagem do Ano 1973/74 – E agora, como será? - Mais policiamento nas ruas e constragimentos ao banho tradicional na Baía - Recordando a última da era colonial com video da reportagem na rádio, com algumas imagens da revista Semana Ilustrada, sons dos conjuntos Sangazuza, Quibanzas e Untués e as vozes do então Emissor Regional de S. Tomé e Príncipe
Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Antigo corrrespondente da revista angolana. Semana Ilustrada
Momentos felizes e de euforia que não iriam repetir-se no rosto dos portuguses, ali nascidos ou para ali emigrados, que não esperavam por um 25 de Abril, mas a que a população aderiu com sentimento de alegria e libertação - 47 anos depois, que saldo fazer onde impera a insegurança e a dependência externa? - Pena que ao menos não se soubesse aproveitar a herança colonial das roças e de outro património.
VÍDEO - Com imagens da época e atuais
31-12-2022 -
Autoridades policiais reforçam segurança para “réveillon” e “lavagem” do
ano São-Tomé, 31 Dez. 2022 (STP-Press)
– As autoridades policiais, bombeiros, serviços de saúde e a Cruz Vermelha
lançaram um plano de segurança nacional de prevenção para a noite do
“réveillon” e da “lavagem” do ano. O plano envolve também a Guarda Costeira
Nacional, as Câmaras Distritais e outras instituições afins. .
Expresso 2022-12-25 São Tomé e Príncipe: Morte violenta muda paradigma São Tomé e Príncipe " Desde o passado 25 de Nov. “o medo e desconfiança entraram no quotidiano dos são-tomenses desde que tortura levou à morte no quartel-general do país. Familiares das vítimas ainda não tiveram acesso aos relatórios das autópsias” - -Há que investigar quem encomendou estas mortes”, diz ao Expresso Delfim Neves, o ex-presidente da Assembleia Nacional
A HISTÓRIA NÃO SE APAGA, ESTUDA-SE E RECORDA-SE
Recordando aquele distante ano, dir-se-á hoje que tudo foi muito precipitado, é verdade, com prejuízos para ambas as partes e que podiam ter sido evitados se o regime colonial - antes do 25 de Abril- tivesse compreendido os ventos da História e preparasse uma elite africana - Além de não o ter feito, perseguiu aqueles que pretendiam novos rumos. Promovendo uma guerra inútil com milhares de vítimas.
Imagens no mesmo local. - Roça Uba-Budo - distanciadas no tempo 1963 - 2014
Desembarquei, em S. Tomé, em Nov de 1963 para um estágio di curso de técnico agricola, na Roça Uba- Budo - A vida não me foi fácil - Mais tarde, por via de uma reportagem da minha travessia de canoa de S. Tomé ao Principe, logrei ser correspondente desta revista e colaborador no Emissor Regional de STP
Sim, era na altura, operador de rádio, no Emissor Regional de São Tomé e
Príncipe – Nesse dia, fui destacado para fazer a cobertura, na esplanada da
Pensão Henriques, com a comunidade portuguesa, oriunda das Beiras - o Núcleo
Beirão: desempenhava a dupla função de operador e de repórter.
Sim, completam-se à meia noite de 31 de Dezembro de 2022, a bonita soma de 47
anos, sobre a última festa da passagem do ano, na era colonial – Era bem mais
novo e bem mais sonhador - Dias para dar largas às alegrias e se esquecerem as
agruras da vida. Tem sido assim, no dobrar do calendário, quando um ano acaba
outro começa: é o renovar das esperanças. A vida tem que se alimentada de
ilusões, senão tornava-se insuportável.
Em S. Tomé, a passagem do ano, a bem dizer, até era o grande acontecimento dos
12 meses - Não havia outra data mais desejada - Não havia televisão de canal
aberto - salvo a telescola, que, segundo me recordo, era em circuito fechado,
pelo que a rádio era a grande rainha da informação, a estar sempre nos maiores
acontecimentos. E, obviamente, que, sendo assim, não podia deixar de fazer a
cobertura à passagem do ano 73-74.
Nenhum comentário :
Postar um comentário