Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Patrice Trovoada, insiste que “Tivemos, do nosso ponto de vista, uma tentativa de golpe. As Forças Armadas impediram essa tentativa. "
Após um encontro com o Presidente português,
Marcelo Rebelo de Sousa, disse esperar que as autoridades judiciais do seu
país, coadjuvadas por Lisboa, elaborem um "relatório preliminar"
sobre os acontecimentos que denunciou a 25 de novembro antes do final do ano.
"No mínimo houve um lapso de comando. As pessoas sob a responsabilidade das Forças Armadas não podem morrer, estão detidas"
Eduardo Elba,
secretário permanente da FONG, da Federação de
Organizações Não Governamentais em São Tomé e Príncipe FONG em declarações
à rfi, critica o "secretismo total” que existiu à volta das
cerimónias fúnebres as quatro vítimas mortais do ataque ao quartel: “Não
sei como é que esse dossier foi gerido, essa articulação com os familiares.
O certo é que
foi mais uma surpresa para a população. Se calhar também pela própria família.
Porque o que me pareceu é que o funeral ocorreu no secretismo total. Algumas
pessoas, em número reduzido, estiveram no funeral, mas um funeral “disfarçado”.
Algo que não deveria ter acontecido.
Eduardo Elba, alerta para "situação perigosa” e critica “secretismo”
dos funerais -Quinze dias após o ataque ao quartel, a Justiça de São Tomé e
Príncipe tem em curso dois processos para tentar apurar a verdade dos factos.
“Ao ver as imagens [das agressões] criou-nos um grande espanto porque não
pensávamos que a situação teria evoluído a ponto de haver casos de mortes e
mortes em formato de tortura, de ofensas e por aí fora. A partir daí
levantou-nos muitas questões. Reagimos com um comunicado a lamentar as duas
situações: a intentona golpista e a forma como foram brutalmente maltratados e
levados à morte.
Apelamos que houvesse um um inquérito independente internacional, porque
entendemos que o estado de São Tomé não estava à altura, de sozinho, o fazer e,
ao mesmo tempo, apelamos no sentido de haver identificação dos culpados,
materiais e morais, e a respectiva responsabilização.
Finalmente sugerimos que, a nível das estruturas públicas, se concebesse o
dia 25 de Novembro como sendo o dia nacional dos direitos humanos. https://www.rfi.fr/pt/programas/convidado/20221211-s%C3%A3o-tom%C3%A9-e-pr%C3%ADncipe-fong-alerta-para-situa%C3%A7%C3%A3o-perigosa-e-critica-secretismo-dos-funerais
Nenhum comentário :
Postar um comentário