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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

São Tomé – Novas do alegado golpe de 25 de Nov. 2022 - Divulgada a lista nas redes sociais dos alegados militares implicados na inventona ou intentona criminosa, que massacrou 4 vidas civis, situação nunca vista no tradicional ambiente pacifico, desde o Batepá - Agressão urdida por alguém que quis amordaçar a democracia e impor um regime ditatorial – Cópia distorcida e bem diferente do 25 de novembro de 1975, pós 25 de Abril, ocorrido em Portugal. – Por respeito pelo apuramento da verdade, não divulgamos os nomes mas lançamos o alerta de que não é assim que se conduz uma rigorosa investigação.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista  - Não divulgamos os nomes, senão parcialmente o documento -  1 capitão; 7 tenentes; 20 sargentos e furriéis;  4 cabos e 3 praças  - Dos quais  se pedem elementos de identificação - O que é, de algum modo estranho, que tais militares, não andassem devidamente identificados. E só vinte dias depois, do polémico episódio,  se busque, junto da instância maior militar,  a sua identificação. Ou será mais uma forma de queimar pessoas, que o novo regime deseje silenciar, antes mesmo de serem julgadas?

Várias vozes, se têm  levantado, contra a morosidade  do apuramento da verdade dos factos do alegado golpe  militar, tanto da sociedade civil como dos forças políticas da oposição, além  dos apelos internacionais,  exigindo inquérito rigoroso e  a punição dos implicados na sevícias infligidas sobre as vidas que foram exibidas através de imagens e vídeos.

Mas eis, que, inesperadamente, após a notícia de que “Nove dos dezassete detidos continuam em prisão preventiva e os restantes com medidas de coação menos gravosa. É divulgada uma lista de 35 nomes,  que deveria ser encarada de carácter reservado, e que, avaliar pelas reações públicas nas redes sociais,  ainda poderá vir a  gerar maiores dúvidas de que certezas, maior perturbação social, desconfiança e confusão no rigor da conduta das investigações.

Isto, porque,  o que se pede na lista,  são mais informações, de que o apontar objetivo de elementos de prova e de culpabilidade,  situação, esta, que, sem o acompanhamento dos advogados de defesa, impedidos de exercer o seu trabalho, poderá querer indiciar mais um julgamento sumário na praça pública, tal como sucedeu aos quatro civis,  silenciados, algemados até à morte, através de brutais espancamentos, sem que fosse possível conhecer o seu testemunho – Cujos nomes da referida lista, me abstenho de transcrever.

CONTEÚDO PARCIAL  DO DOCUMENTO

Excelentíssimo  Senhor

Chefe do Estado Maior das Forças Armadas da República Democrática de São Tomé e Príncipe

Brigadeiro-General Pedro Cravid

Estado-Maior das Forças Armadas

Bairro de Santo António – São Tomé

Por se revelar imprescindível e urgente à instrução do Processo768/2022, cuja competência da investigação foi delegada pela Polícia Judiciária  por Despacho do Titular da Ação Penal, ouso solicitar os bons ofícios de V. Excelência no sentido de se designar determinar e que no sejam enviadas, com carácter  de Urgência e ao abrigo do Dever Genérico e de Colaboração, com a Justiça, Cópias dos Bilhetes de Identidade Militar dos indivíduos infra indicados, e/ ou em caso de inexistência de tais documentos, Cópias com os respetivos Bilhete de Identidade Civil, em ambos os casos. Com Fotografias Bem Visíveis, a saber. (NÃO DIVUGAMOS OS 35 NOMES)


Diz, uma das pessoas, que a divulgou: “este o texto que acompanha a  sua divulgação: “Da lista pedida pela polícia Judiciária, surpreendentemente não consta o nome de um dos presentes na imagem no Quartel militar, o Brigadeiro Armindo, vice Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.

Esperemos que a Policia Judiciaria e o Ministério Público faça o seu trabalho com total neutralidade e transparência.

OUTRAS REAÇÕE: “Os intrusos que foram ao quartel, foram neutralizados, segundo palavras de um oficial nos órgãos de comunicação social

“O massacre, tortura e tamanha barbaridade cometida pelos militares e na presença de duas senhoras (militares) uma de bata branca, todos esses assassinos deveriam ser remetidos à Polícia Judiciária ou à Procuradoria Militar para ulteriores diligências. Assim não foi, porque a vontade de quem tem poder assim o determinou.

Terceiro: O oficial que disse na Rádio e na TVS que o Arlécio Costa caiu de carrinha e faleceu e horas depois rolou o vídeo em que mostrava o Arlécio Costa a ser torturado barbaramente, esse tal Oficial deveria ser demitido, passado a vida civil e detido de imediato para as investigações

Estas eram as primeiras palavras do alegado golpe “ Segundo informações divulgadas pelo chefe do Governo, cerca das 00:40 locais, quatro homens, civis, assaltaram o quartel na capital são-tomense, alegadamente com a cumplicidade de militares. Os atacantes fizeram refém o oficial de dia, que ficou gravemente ferido após agressões, mas encontra-se livre de perigo.

Entende o primeiro-ministro são-tomense que objetivo desta operação visava derrubar o seu Governo.

Oposição exige que “os criminosos que estão no quartel” sejam expurgados das FASTP – Noticia divulgada nesta última sexta-feira pelo jornal on lin Tela non

.Na quinta-feira reuniram-se com o Ministro da Defesa e Administração Interna, Jorge Amado. Defenderam que, até prova em contrário, a instituição das forças armadas continua a ser republicana, e de paz.

 No entanto, os acontecimentos de 25 de Novembro, exigem que se faça uma limpeza da imagem das forças armadas.

Segundo a oposição, os militares envolvidos no crime devem ser entregues à justiça, e que essa é a única forma do Estado são-tomense proteger a imagem e o bom nome das Forças Armadas do país.

«Nós achamos que é preciso expurgar da instituição, os criminosos que lá estão, e alguns já estão identificados. Todos que torturaram até a morte cidadãos são-tomenses, são criminosos, e como tal devem ser expurgados da instituição», afirmou Sebastião Santos, porta-voz do bloco dos partidos da oposição.

Consideram que todos os militares que torturaram os civis no quartel de morro deveriam já ter passado à disponibilidade «e entregues a justiça civil, para serem julgados justamente. Isto para preservar a própria instituição forças armadas que é nossa instituição. Uma instituição que colaborou connosco na conquista da independência nacional», acrescentou.

Os 4 argumentos apresentados pelo Brigadeiro Olinto Paquete para se demitir do cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, após o incidente de 25 de Novembro reforçam a convicção dos partidos da oposição de que há criminosos dentro dos quartéis.

«Ao demitir-se disse que foi traído. Pergunta-se por quem? Ele só poderia ser traído pelos seus subalternos. A partir do vice-brigadeiro todos são traidores até prova em contrário… Ele falou de informações falsas. Quem deu informações falsas e porquê? E depois disse mais… que isso parece ser uma encomenda. Meus senhores, são palavras de um brigadeiro. Ele que disse isso não é maluco nenhum. As pistas estão todas dadas», precisou Sebastião Santos.


O bloco da oposição alertou a comunidade internacional, para um grande perigo que alegadamente se instalou no país.

«Esse país parece estar sequestrado. Sequestrado por criminosos, que estão no recinto militar. É preciso retirá-los. É preciso expurgar esses criminosos no seio dos bons militares que nós temos, e que não são poucos», reforçou.

Através do ministro da defesa e da administração interna, o bloco da oposição apelou o Conselho Superior de Defesa Nacional, a reagir, no sentido de preservar a democracia em São Tomé e Príncipe.

Para além de ser desafiado a demitir toda a cadeia de comando que esteve operacional até o dia 25 de novembro, o conselho superior de defesa é instado a resolver a situação dos soldados que foram constituídos arguidos no âmbito do assalto ao quartel de morro.

«Os militares que estão na prisão no quartel, estão a ser coagidos, estão a ser intimidados, e prova disso é o acesso que eles não têm do advogado…Esses militares estão a ser coagidos de forma a apagar provas, da mesma forma como fizeram com os 4 que morreram. É queima de arquivo», denunciou as forças da oposição.

O bloco de todas as forças políticas que fazem oposição ao governo do partido ADI, liderado por Patrice Trovoada, pediu que os soldados detidos por ordem judicial, sejam mandados para a penitenciária do Estado, como determinou o despacho da juíza do processo.  

O incidente de 25 de Novembro no quartel do morro, continua a marcar o dia-a-dia de São Tomé e Príncipe.https://www.telanon.info/politica/2022/12/16/39415/oposicao-exige-que-os-criminosos-que-estao-no-quartel-sejam-expurgados-das-fastp/



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