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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Batepá - Presidente da República considera que o 3 de Fevereiro trouxe a liberdade e com ela a democracia, nas comemorações dos 70 anos do Dia dos Heróis Nacionais – Sim, a ditadura colonial, já lá vai há muito tempo e democracia tem valores que não devem ser esmagados, seja de que forma for


Jorge Trabulo Marques - Jornalista

São-Tomé, 03 Fev 2023 (STP-Press) – O Presidente República, Carlos Vila Nova, presidiu esta manhã, em Fernão Dias, o acto central do 70º aniversário do Dia dos Mártires da Liberdade e Pátria, data que se comemora em alusão aos acontecimentos de 3 de Fevereiro de 1953. As cerimónias começaram com a entoação do Hino Nacional, a deposição de uma coroa de flores, junto ao Monumento dos Heróis Nacionais, o acender da tocha, o lançamento de sete pombas brancas por sete crianças, cumprimento aos sobreviventes, entre outros simbolismos da efeméride. Como nos anos anteriores, tambem neste não houve discursos. O acto contou com a presença dos representantes de outros Órgãos de Soberania, nomeadamente, da Presidente da Assembleia Nacional, do primeiro-ministro e Chefe do Governo, dos tribunais e de muitos convidados nacionais e estrangeiros, políticos e individualidades do sector público e privado e o público.    

Em declarações à imprensa, após as cerimónias, o Presidente da República fez um breve historial dos acontecimentos que estiveram na origem do 3 de Fevereiro e disse que “o histórico e doloroso massacre de 53 trouxe a liberdade que hoje temos a democracia, e que embora não teria sido aquele acto premeditado para a luta pela liberdade, constitui uma referência de revolta e de luta de manifestação contra a colonização”.  

Carlos Vila Nobre acrescentou que “neste âmbito temos de fazer jus ao que aconteceu e valorizar. Eu penso que o 3 de Fevereiro é uma cerimónia nobre, são heróis, mártires que perderam a vida com muito esforço, com muito sacrifício nas circunstâncias muito estranhas e violentas, portanto, cabe-nos agora fazer o percurso de paz e viver em democracia”.  

Também em declarações à imprensa, a Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, considerou a data “mais numa perspectiva de nós horarmos os corpos tombados em 1953 e que hoje o país é democrático e livre porque houve uma história, que não existe um país sem história. Para estarmos cá e termos a liberdade de estarmos cá é porque houve muitos dos nossos irmãos, dos nossos antepassados, familiares e parentes que deram a sua própria vida para esta liberdade”, destacou.  


O 3 de Fevereiro deste ano teve como lema “Com memória, constrói-se o país”, e a data vem sendo assinalada desde a independência de 1975, simbolizando a determinação, o patriotismo e a coragem de muitos são-tomenses que perderam a vida na revolta contra as autoridades coloniais, exigindo o fim do trabalho escravo e as contratações, lançando assim as sementes para os movimentos de libertação que conduziram o país à independência em 12 de Julho de 1975.  

 

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