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sábado, 25 de fevereiro de 2023

Patrice Trovoada – Na Conferência Democracia em África, IDC, declarou que “algo mais importante que a democracia eleitoral, é a justiça – No entanto, nem uma palavra, no seu discurso, proferido na sede da UCCLA, em Lisboa, acerca do alegado golpe militar de 25 de Novembro - Optou por fazê-lo à agência LUSA, para contradizer a acusação do Ministério Público são-tomense, que Iliba Delfim Neves da suspeita da alegada tentativa de golpe de Estado

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista  -  Reportagem com outros intervenientes em https://canoasdomar.blogspot.com/2023/03/uccla-ulisses-correia-e-silva.html


PATRICE TROVOADA, SUBSCREVEU AS CONCLUSÕES FINAIS DO RELATÓRIO DA CONFERÊNCIA – Mas logo a seguir abandonou a sala e não tomou parte na conferência de imprensa – Durante o seu discurso, não abordou a questão do massacre de 25 de Novembro, pelo que também não chegou a ser questionado pelos jornalistas ou de outras intervenções de microfone aberto.   - Optando por fazê-lo à Agência Lusa, à margem da conferência. que decorreu dia 24 na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA, e que contou  com a presença de muitos dirigentes dos partidos que compõem a IDC Internacional e a IDC África


De recordar, que, numa nota à imprensa, o Ministério Público garante que durante 3 meses de investigações não encontrou provas que pudessem culpabilizar Delfim Neves, ex-Presidente da Assembleia Nacional na realização do alegado golpe de Estado no dia 25 de Novembro de 2022.

Mas, Patrice Trovoada, já veio declarar à Lusa, em Lisboa, não se conformar com a decisão   - Disse não estar convencido de que o ex-presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe nada tenha que ver com o assalto ao quartel do Morro, em São Tomé, a 25 de Novembro.

Mas, se a Patrice Trovoada, não agrada o comunicado do Ministério Público, a Delfim Neves, em declarações ao Téla Nón,  declarou  ter recebido a noticia  um sabor amargo, pois não será fácil esquecer  as longas horas do cativeiro. «Quando digo sabor amargo, é porque eu estive no corredor da morte. Significa que se eu morresse esta seria a notícia a transmitir a minha família. Afinal de contas o vosso pai, o teu marido nada tinha a ver com este assunto. É triste», precisou.

"Ago mais importante que a democracia eleitoral, é a justiça  - Discursando na conferência sobre a Democracia em África, promovida pela Internacional Democrática do Centro, IDC, que decorreu sexta-feira em Lisboa, Patrice Trovoada destacou o tema da justiça e a democracia.  

“Nós devemos (os governantes africanos) dar mais ênfase a melhor justiça, tornando-a mais próxima do povo, garantir um poder judicial independente, inamovível e responsável, mas com controlo, e controlo alargado ao controlo dos cidadãos. A lei fixa um quadro geral, mas quando chegamos à interpretação da lei, então vemos aí uma dimensão política que é muito delicada”

Patrice Trovoada sugeriu mesmo alguns mecanismos para alcançar esse objetivo, por exemplo, no âmbito das inspeções judiciais: “Achamos fundamental e tentamos em São Tomé e Príncipe, que a inspeção a nível da justiça seja internacional e que o colégio dos inspectores seja composto não só por magistrados nacionais, mas também por magistrados estrangeiros”.  

PATRICE TROVOADA  optou por, de algum modo se vitimizar - DE  FALAR DE JUSTIÇAS E  INJUSTIÇAS  E de uma democracia em que também não tem sido exemplar. 

Patrice Trovoada, recordou a frustração da recontagem dos votos e dos recursos interpostos  pelos partidos da oposição, dizendo: "eu sei quanto pode ser grande a frustração, quando nos dia da eleição os resultados são adulterados. Eu como fui PM quatro vezes, tenho o privilégio de ter passado de um lado e de outro; oposição e poder: ganhar as eleições e também saber perdê-las

Considerando, que, algo mais importante de que a democracia eleitoral, é de facto a justiça: e, aquilo, que nós sentimos, é um profundo sentimento de injustiça!... E, para que as coisas funcionem melhor em África,   é preciso, de facto que nós temos uma melhor justiça

Refuta a versão de que, a democracia, que foi criada no ocidente, tem pouca vocação para ser um conceito universalmente aceite em África, que não é verdade

Nós os africanos, temos que assumir aqui, que, a democracia universal,  pode ser funcional em todas as latitudes, com o seu corolário de sistema representativo!.. Boa governação! Liberdade de imprensa! Multipartidarismo!... Independência das magistraturas! Recusa da censura e prestação de contas

Por isso, nós  estamos aqui, todos iguais! Todos da aldeia global! E a força que nós representamos aqui tem de ser uma força de soluções.

Quem dizia que mais valia uma injustiça de que uma desordem, foi o  Goethe! Não foi um ditador africano.

E, a teoria de que mais valem as injustas de que as desordens, é aquilo que, muitas vezes, os países africanos, levam às populações a trabalharem com os grupos terroristas!... Porque os Estados praticam injustiças!... Porque os exércitos praticam injustiças

Citando que nada vale melhor de que  justiça!... Nada pode justificar a injustiça!... Mesmo quando falamos de instabilidade!...

Defendendo mais autonomia as poderes locais, nomeadamente financeiro

Recordando, que, na tradição africana, nós sabemos o respeito que temos pelos mais velhos e sabemos dois modos de resolver o conflito: a mediação e  da a conciliação. E esses modos de resolver os conflitos, são modos também modernos!.. Que nós chamamos de arbitragem. Com o exemplo de que eles faziam as pazes por detrás de um imbondeiro.

E citando, outro pensador, diz que os bons  hábitos fazem-nos melhor de que as leis, defendendo que é preciso, de facto, procurar o exemplo da nossas tradições” Todas as ferramentas! Todas as sementes!... Pois só pode ser possível viver melhor de houver justiça!

Eu creio que, África, faz parte desta aldeia planetária! Não existe democracia africana! Não existe justiça tropical!... Existe um conceito universal que partilhamos, aqui todos!

Agora, é fundamental, passarmos daquilo que é legal para aquilo que é legítimo!... Porque, muitas vezes, quando perdemos as eleições

 

 

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