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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

S. TOMÉ - OBRAS NA BAÍA ANA CHAVES?!....Arrastam-se desde o tempo colonial! - Será desta que avançam?..– Em que se anuncia novo arranque?

  Jorge Trabulo - Jornalista da revista angolana Semana Ilustrada- Desde 1970 em S. Tomé até Março de 1975, mês em que tive de zarpar de canoa para a Nigéria por via de certas perseguições ao meu trabalho jornalístico.

Duas das imagens, que aqui recordo, são passagens de dois artigos naquela publicação semanal em que alertava a Câmara Municipal da cidade S. Tomé para o estado de quase abandono de alguns dos jardins da cidade, invadidos de capim e ainda dos buracos da marginal da Baía Ana Chaves - Pois o município justificava-se com a velha desculpa da falta de verbas, que é o que tem sucedido após a independência, pese se anunciarem diversos apoios: ou será que se têm diluído no desaguar turvo do Água Grande na baía ou tem sido mais um argumento de campanha política?

Sempre que um novo Governo muda, não faltam projetos de requalificação da marginal da maravilhosa Baía Ana Chaves, nome herdado da distinta dama judia-luso santomense Ana Chaves, aia da rainha D. Catarina, filha ilegítima do rei D. João III, deportada para S. Tomé para disfarçar os desvios ocultos monárquicos.

É um facto incontornável que o desaguar do Água Grande, com as suas enormes poluições e enxurradas, na sua vasta e semicircular área marginal, em cujo areal acostam dezenas de canoas e na qual se debruça também grande parte das ruas e avenidas da capital de S. Tomé e Príncipe, além das frequentes tempestades(os tornados) que assolam a ilha, tem minado as paredes e destruído vários troços do muro de proteção, desfigurando, em boa parte, aquele que é considerado o principal corredor de visitas, de entradas e saídas da secular cidade.

Num dos meus trabalhos na revista angolana Semana Ilustrada, chamei atenção da Câmara Municipal para a necessidade de obras de reparação.

Não se fez nada. E se, na altura, havia por ali alguns passeios esburacados e muros caídos, com os 48 anos volvidos da independência, a situação ainda mais se agravou, tal como sucedeu nas instalações da generalidade das roças.

Agora, surge mais uma noticia da sua recuperação, pois, noticias destas não têm faltado, e até apoios, que se têm escoado talvez nas águas, ora tranquilas ora agitadas desta emblemática Baia, considerada uma das maiores do arquipélago .

Que se estende, do lado noroeste à ponta de Diogo Nunes (ou ponta Gamboa; onde atualmente está o Aeroporto Internacional de São Tomé), a sudoeste, até à ponta de São Sebastião (onde atualmente estão o porto de Ana Chaves e o forte de São Sebastião). No centro da baía há uma península ou cabo, chamada de Cabo Verde, que atualmente abriga o bairro Bela Vista-Hospital.
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ESTA A MAIS RECENTE NOTÍCIA “Governo apresenta soluções para o arranque do projecto fundo Kuwait e projeta obras da marginal para antes do fim do ano stp -press

Refere a STP- Pres São-Tomé, que “o Primeiro-ministro, Patrice Trovoada, em entrevista à RDP-África, anunciou duas hipóteses para se dar início ao projecto do fundo Kuwait de 17 milhões de dolares, visando a modernização do hospital Ayres Menezes e prevê para antes do fim deste ano o arranque das obras de requalificação da marginal avaliadas em 25 milhões euros.

Questionado sobre o tão propalado projecto fundo de Kuwait, o primeiro-ministro Patrice Trovoada sublinhou que “estamos a ver como dar volta a isto, se é um financiamento adicional garantido ou se devemos voltar a um outro projecto que possa estar na dimensão do financiamento que são 17 milhões [de dólares].

“O financiamento existe sempre, há sete anos, vocês sabem todas as peripécias que isto conhece” disse Patrice Trovoada, sublinhando que “tem havido alguma dificuldade de entendimento, sobretudo, esse processo com fundo Kuwait, estamos a falar com eles para vermos se resolvemos a questão”.

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