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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

São Tomé e Príncipe – Música típica, seus belos rostos e suas maravilhas – "São Tomé tem nome santo! E muito cacau!... Não tem só café! Tem lindas sanguês! Tem lindas mulheres! E sempre verão!

Jorge Trabulo Marques - Jornalista


Imagens de 2014-2015

Ouvir tocar e cantar a música santomense é sentir instintivamente o corpo a gingar ou a dançar! O trecho musical, que aqui lhe oferecemos, em 1973, era um dos temas mais populares !– Não perca – Fui recuperá-lo de uma cassete ao meu arquivo – As imagens foram registadas em (Out/Nov. 2014 e Julho/Agos. 20159) 39 e 40 anos depois de eu ter deixado, em viagem de canoa, esta maravilhosa ilha, mas o som, as vozes, ainda são mais antigas

De facto, a música santomense é inigualável, na sonoridade, no ritmo, na melodia, nas letras, na musicalidade dos instrumentos e da própria voz, da língua . - Ouvir tocar e cantar a música santomense, é sentir a tentação, o apelo inevitável do corpo gingar ou a dançar instintiva e espontaneamente - Nas ilhas há (e houve) excelentes músicos e grupos musicais – Pena, ainda não terem atingido a fama de um Bana ou de uma Cesária Évora, mas cremos que lá chegará o dia da sua universalidade; que, à fama da beleza ímpar das ilhas, se possa também juntar a da sua dança e a da sua inigualável música – Referimo-nos, naturalmente, à genuína, à que transmite o verdadeiro sentir do seu povo, a doce musicalidade da sua língua, alegria e amabilidade das suas gentes, que ainda vai resistindo à globalização dos estereótipos que tudo massificam, numa corrente desligada das raízes, das origens e da identidade de quem a canta


Segundo a entrevista realizada com um dos músicos mais famosos do nosso país, Kalú Mendes, os nossos músicos enfrentam muitas dificuldades económicas para conseguirem realizar o seu trabalho, por vezes conseguem arranjar um patrocinador, para gravar o álbum, mas a divulgação e marketing do álbum torn-se muito difícil. A divulgação passa pela televisão, rádio e jornais de modo a promover e sobretudo vender o seu trabalho, e isto tudo exige um custo monetário que é difícil de se encontrar, uma vez já conseguido o patrocínio para agravação. A criação de um álbum passa desde o processo de gravação até a divulgação do álbum, Por isso os músicos em S.Tomé e Príncipe só o são por vontade própria e porque gostam daquilo que fazem, isto porque, não há nenhum incentivo aos músicos por parte do governo, no entanto o público que tem sido muito simpático e estes sim são o seu melhor incentivo.

No entanto, também um dos elementos do grupo Tempo, Guilherme Carvalho dá o seu ponto de vista, dizendo que, «as dificuldades que alguns dos músicos nacionais têm é falta de conhecimento ao nível da música além do pouco contributo económico-financeiro, por parte do governo santomense. “O estado está a esquecer-se da nossa cultura, nomeadamente no que diz respeito a música nacional mas mesmo assim sobrevivemos”


Contudo, cabe a nós os santomenses o dever de preservar a nossa cultura (música) e procurar divulga-la cada vez mais além fronteiras, isso porque ela também virá a contribuir para o desenvolvimento do nosso turismo bem como do nosso país.
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