Em S. Tomé – Imagens de algumas das
pessoas e rostos, com quem me cruzei na manhã e tarde deste último sábado
- Com pena minha, tenho andado mais caseiro e citadino de que a desfrutar as
maravilhas deste paraíso equatorial – Por um lado, é a minha exposição,
“Sobreviver 38 dias no Mar dos Tornados”,que me tem ocupado algum tempo, e que
vai ser inaugurada na Terça-Feira, dia 28 de Julho, no Centro Cultural Português- na qual gostaria de contar
com muitos amigos. Ontem, por exemplo, ali bem ao centro da cidade, quem vou eu
encontrar? Um antigo companheiro
do extinto Emissor Regional de S. Tomé, Aurélio Aragão, atual técnico da
televisão de S. Tomé.
De seguida, fui tomar um cafezinho ao Café do Chico , onde o charme e simpatia, estão
imediatamente frente ao balcão: tanto da cordialidade do Chico, como das
empregadas e empregados – Desta vez, só lá vimos a Yazalda, com a sua colega, Ivanilda . Um dos clientes, era o Abreu,
paramédico, com quem travámos alguns momentos de amável diálogo
Tomada a bica, dirigi-me ao Centro Cultural Português, para a continuação dos trabalhos da montagem da minha exposição, onde contei, mais uma vez com a preciosa colaboração do Nelson, e, desta vez, também com a do Dani, naturais da Vila das Neves – Um grande abraço pela vossa amável ajuda.
No período da tarde, já quase ao pôr-do-sol,
fui até à Biblioteca Nacional, pois haviam-me dito que decorriam ali uns
debates, muito interessantes, como, de resto, pude vir a comprovar, a que
já me referi noutro espaço.
À entrada, vários profissionais da
Comunicação social, entre os quais, o Euclides Amadeu, da TVS, que, há dias, me
deu o prazer e a honra de ser seu convidado especial no programa, que apresenta
às segundas, quartas e sextas, na Televisão de S. Tomé, e ao qual aproveitei
para lhe expressar, uma vez mais, o meu profundo agradecimento
ARTISTAS DA ASSOCIAÇÃO
PICA PAU.
É uma associação,
composta, atualmente por um grupo de 14 pintores e escultores e duas pintoras e
escultoras, fundada em 2003 – Situada,
ao lado do antigo Cinema Império, atualmente sede de um banco, na área frondosa
limítrofe – Sem dúvida, é aqui que o amante da pintura e da escultura, pode
encontrar as obras, mais criativas e variadas, do riquíssimo artesanato
santomense, que outra escola não tem senão a herdada ou recolhida das verdadeiras raízes da cultura popular
destas maravilhosas ilhas: - Desde o figurativo dos frutos da terra e da pesca, aos
variadíssimos motivos do quotidiano das suas gentes, costumes e tradições .
Sim, vale a pena visitar
o espaço: pois, tanto pode ser uma excelente oportunidade de contemplação, nos
detalhes artísticos, de tantas pequenas maravilhas, como de um franco e
caloroso diálogo, com os artistas, ou mesmo de os ver em plena execução das suas
obras. E foi, realmente, o que, mais uma vez, ali pude desfrutar, nomeadamente,
com o Ismael Viegas e a Ermelinda, artistas
de grande talento, dignos de figurar nas mais cotadas exposições
internacionais, assim como outros seus
colegas. Espero que, de hoje a um ano estejam numa exposição coletiva, em Portugal, a fim de corresponder à solicitação d meu estimado amigo, Dr. Nuno Lima de Carvalho, diretor da Galeria de arte do Casino Estoril
"O artesanato são-tomense é produzido, por força
das circunstâncias, com recurso aos materiais que ali existem e que a natureza
providencia: o coco, a madeira, as conchas, as sementes, a folha de palmeira e
a areia. Por isso, para trazer algumas recordações da estadia nas ilhas, pode
encontrar à disposição cinzeiros, pulseiras, quadros e baldes para gelo em
coco; canoas, caixas e quadros com relevos, “machins” (catanas), rostos e
máscaras, esculturas, gamelas,e quadros trabalhados em relevo ou embutidos em
madeira; colares e pulseiras feitas com conchas, búzios e sementes; leques e
cestaria feitos em bambu e folha de palma; objectos e utensílios em osso
burilado, brinquedos construídos em arame. No mercado também pode encontrar
alguns utensílios de barro”.
COM O ENG. ARNALDO SOUSA
PONTES, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
Ao regressar do
restaurante, onde habitualmente costumo dirigir-me, pois é baratinho e come-se
bem, pude ainda ter o prazer de
conhecer, num encontro casual, o Eng. Agrónomo, Amadeu de Sousa Pontes,
um tanto ou quanto dececionado por S. Tomé ter passado de 10 mil toneladas de produção de cacau,
anuais, a 2 mil. “Com a descolonização, ficámos, sem técnicos, sem pessoas que
percebiam da agricultura, e ainda não ultrapassámos esses problemas”.
De facto, nas revoluções,
cometem-se alguns erros, que, por vezes, são difíceis de ultrapassar. Pois, mas
quem é que estava bem naquela altura?.... Os donos das roças, refastelados em Lisboa, que
não mexiam uma palha e eram os grande
senhores das riqueza produzidas por milhares de trabalho escravo. E. mesmo
antes que fossem nacionalizadas, as deixaram praticamente abandonadas. É certo
que agora não se produz tanto cacau, em contrapartida, quem lá trabalha e tem o
seu bocado, pode colher o produto da terra e, mesmo assim, sentir-se feliz.
Enquanto, no tempo colonial, quem é que podia colher uma pinha de banana, sem autorização
do patrão? – Haverá dinheiro que paga a liberdade e a identidade? – Esta é a
questão , que, muitas vezes se ignora que
os analistas, descuram ou não tomam em consideração.
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