Dos Jornalistas Jorge Trabulo Marques, Adilson Castro e Aquiles Pequeno.
Domingo, 12 de Julho de 1975 – O então primeiro presidente da Assembleia Nacional Nuno Xavier, cumpridas que foram as formalidades protocolares, proclamava a criação do Estado da República Democrática de São Tomé e Príncipe, ao mesmo tempo que, perante a alegria geral, da multidão que assistia à cerimónia, subia no mastro, erguido junto à Tribuna de Honra, a bandeira Nacional de S, Tomé e Príncipe e descia a bandeira do país colonizador. – Este o primeiro dia de um marco histórico na vida de um país, que acabava de entrar para o concerto das nações livres e independentes - Pois é justamente essa gloriosa data, que o Povo de S. Tomé e Príncipe, vai festejar no próximo domingo, cujos ensaios já satisfizeram a curiosidade popular com a parada e desfile dos militares da Guiné Equatorial, Gabão e S. Tomé e Principe.
Domingo, 12 de Julho de 1975 – O então primeiro presidente da Assembleia Nacional Nuno Xavier, cumpridas que foram as formalidades protocolares, proclamava a criação do Estado da República Democrática de São Tomé e Príncipe, ao mesmo tempo que, perante a alegria geral, da multidão que assistia à cerimónia, subia no mastro, erguido junto à Tribuna de Honra, a bandeira Nacional de S, Tomé e Príncipe e descia a bandeira do país colonizador. – Este o primeiro dia de um marco histórico na vida de um país, que acabava de entrar para o concerto das nações livres e independentes - Pois é justamente essa gloriosa data, que o Povo de S. Tomé e Príncipe, vai festejar no próximo domingo, cujos ensaios já satisfizeram a curiosidade popular com a parada e desfile dos militares da Guiné Equatorial, Gabão e S. Tomé e Principe.
Na praça da Independência, já se encontra instalada
a tribuna de honra, onde o Presidente da
República de STP, Manuel Pinto da Costa, vai fazer o seu discurso à Nação,
ladeado pelas entidades governativas e convidados especiais, - Nomeadamente
o Chefe de Estado Cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca que aproveitará para efectuar a sua
primeira visita de Estado a São Tomé e Príncipe, com vários encontros junto da comunidade daquele arquipélago, Da Guiné Equatorial, afinal, parece não se confirmar a presença do Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, mas por outra figura proeminente daquele país. De Portugal, está prevista a presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.
Pelos jornalistas: Jorge Trabulo Marques e Adilson Castro - 40 anos depois da independência - José Freet Lau Chong – “O Resultado poderia ser melhor” - O então Ministro da Informação, Justiça e Trabalho, e comissário Político, confessa-se um pouco desiludido, com algum individualismo e egoísmo, dos novos tempos; diz que “as pessoas já não se interessam pelo bem-estar do próximo. Quanto ao passado, reconhece que se cometeram alguns erros, nomeadamente no plano do desenvolvimento económico, e aponta as razões: porque “não tínhamos experiência, dentro da governação, não tínhamos quadros competentes; - por exemplo no domínio da agricultura. Apesar tudo, houve progressos: primeiro, porque ficámos livres, porque podemos falar e resolver os nossos problemas. E, segundo, porque, no plano da educação e formação de quadros, também se fez muita coisa.
José Freet - Em Novembro de 2014 - Junto à sua casa para lhe oferecer a cópia da mensagem que me salvou de ser enforcado na famigerada cadeia Black Beach
Em meados de Outubro, pouco tempo depois da Independência e após a escalada
do Pico Cão Grande, deixaria São Tomé a bordo do pesqueiro Hornet para ser
largado numa piroga na Ilha de Ano Bom, 180 Km a sul da linha do Equador, a fim
de tentar a travessia atlântica - com uma mensagem redigida
por José Fret Lau Chong que então desempenhava as funções de ministro
da Informação, Justiça e Trabalho – cargo que ocupou entre 1975 e 1976 – a qual dizia, entre outras palavras, o
seguinte: "Salientamos o espírito aventureiro que preside à
iniciativa do Camarada Jorge Marques, que, depois de uma viagem
experimental , e bem sucedida de S. Tomé à Nigéria, também de canoa, propõem-se
avançar, desta feita, mais significativamente, programando o percurso S. Tomé-
Brasil."
"A
recente independência nacional de S. Tomé e Príncipe, e a consequente
libertação do nosso povo do domínio colonial português, reforça a afinidade dum
passado histórico comum com o Povo Brasileiro, e daí, a razão de ser de uma
irmandade que importa reviver, sempre que possível, para se reforçar.
Não lograria atravessar o
oceano Atlântico, acabando, porém, por viver uma das maiores provações
da minha vida - tanto no mar como em Terra - Após 38 dias à deriva, desde
Ano Bom a Bioko (ex-Fernando Pó), onde fui encarcerado na famigerada
prisão black Beach, por suspeita de espionagem e dali entrar vivo mas sair cadáver. O que só não sucedeu, graças à mensagem do MLSTP, dedicada ao Povo Brasileiro, que esperava ler quando alcançasse a maravilhosa terra do maior país de expressão portuguesa. - Mais pormenores em bioko à vista - ilha do “diabo”
Pelos Jornalistas – Jorge
Trabulo Marques e Adilson Castro - Com Laureano
Costa, oftalmologista, no Hospital Dr.
Ayres Menezes, exercendo a profissão há tantos anos como tem a República Democrática de S. Tomé e
Príncipe, o seu país – Numa breve entrevista, que nos
deu o prazer e a honra de nos conceder, num ocasional e amável encontro, ao lado do antigo Mercado
Municipal, bem no centro do coração da capital, confessou viver “com muita
alegria” os 40 anos da independência do seu pais. Porém, defende que deveria
haver maior concentração governativa e melhor trabalho para que o povo se
sentisse também independente.
Nenhum comentário :
Postar um comentário