Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Construída a partir de meados do século XVI (cerca de 1566), no extremo sul da Baía de Ana Chaves, tem forma de estrela quadrangular, com três faces voltadas para o mar. Segundo Lopes de Lima, a razão para a sua construção deveu‐se ao conhecimento que o rei tinha relativamente aos ataques provocados pelos corsários franceses e Holandeses nas outras ilhas atlânticas ocupadas pelos portugueses.
UM BALUARTE CONTRA A USURPAÇÃO DA PIRATARIA - Que não colonizava mas saqueava
Em 1567 os corsários franceses atacaram a ilha de S. Tomé, roubaram -na e devastaram-na, os prejuízos e a perturbação foram grandes, tendo, efeitos perniciosos na mal consolidada ordem, e na precária economia social da província. -Diz Francisco Mantero, referindo, que os holandeses, em menos de 50 anos, fizeram sentir, por duas vezes, e estrondosamente, no desenvolvimento moral e material da província, os efeitos de barbáries investidas, com o objetivos de rapinarem e destruírem .
Em 1600, os marinheiros duma esquadra, comandada por Wanderlen, saquearam e
devastaram a cidade; abandonaram-na em seguida, mas as circunstâncias internas
tornaram a investida particularmente ruinosa
A segunda vez foi em 1641 ; uma esquadra com bastante gente de desembarque
invadiu novamente a ilha e tomou posse da fortaleza de S. Sebastião, que
defendia a Bahia de Ana Chaves, por capitulação dos seus mal organizados
defensores.
Sob a nefasta influência dos invasores se atrofiou a agricultura e o
comércio, durante alguns anos, até que em 1644, em troca de importantes somas
em dinheiro, diz-se, ou ante a presença, na baia, de forças vindas de Portugal
e do Brasil, os holandeses abandonaram a ilha restabelecendo-se o exercício da
autóctone cidade portuguesa.
O sé
Os franceses, em 1706, desembarcaram na ilha do Príncipe, retirando-se
depois de a terem saqueado; em 1709 obrigaram a fortaleza, que defendia a Baia
de Ana de Chaves em S. 1 Tomé, a render-se por capitulação, e saquearam os
cofres da província lançando fogo á cidade.
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