Exposição - No Centro Cultural Português, em S. Tomé - 28 a 30 de Julho de 2015-
SOBREVIVER NO MAR DOS TORNADOS - 38 DIAS À DERIVA NUMA PIROGA
https://canoasdomar.blogspot.com/2015/07/em-s-tome-encerramento-da-exposicao.html
https://canoasdomar.blogspot.com/2015/07/exposicao-em-s-tome-no-centro-cultural.html
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Jornal Novo – 25.9.1976 “Ele correu perigos que assustariam o mais corajoso, incorreu em temeridades que não visavam o lucro mas uma meta mais longínqua. Um insatisfeito desejo de se afirmar e de demonstrar que moram no homem, e com ele vivem , recursos insuspeitados e adormecidos. Não se pense que se referimos a um aventureiro gratuito, que apenas pretende chamar sobre si as atenções, sem objectivos louváveis. Nada disso.(...) "
"As gravações a que procedeu no mar são empolgantes e transmitem o estado de espírito do homem que se encontra só e não conta senão com ele e com Deus. A resistência do homem á fome, à sede e ao desespero, constituem uma constante do seu relato. É comovente a transcrição do feito de Jorge Marques, o qual justificava a publicação de um livro, contendo, em pormenor, o que a escassez do espaço de um jornal não comporta."
A descrição que passou á deriva numa piroga no Golfo da Guiné, se levada ao cinema, daria um filme memorável, principalmente se o realizador extrair da odisseia a espantosa variedade de facetas que ela oferece.” Excertos do Jornal Novo
Na verdade, há momentos que, por tão tormentosos e solitários na vasta imensidão oceânica, são verdadeiras eternidades – Que o digam todos aqueles que passaram pela dramática e dificílima situação de náufragos. Outros, nunca o terão podido expressar, visto terem ficado sepultados para sempre no silêncio eterno do fundo dos abismos submarinos. Pessoalmente, quis Deus ou o destino que fosse um dos sobreviventes, de entre os milhares de vitimas, que, por esta ou por aquela razão, anualmente, são tragados pela voragem dos oceanos e pudesse transmitir o testemunho daquilo que o engenho, a força de vontade e o querer humano, poderão lograr, face às maiores provações.
Encerrou, ao fim da tarde de ontem, pelas 17.30, no Centro Cultural Português, a exposição” Sobreviver no Mar dos Tornados, 38 dias à Deriva – Acontecimento cultural, que contou com a presença do Ministro da Educação, Cultura e Ciência, Olinto Daio, Presidente do Tribunal de Contas José António Monte Cristo, da Ministra da Saúde, Maria dos Santos Trovoada e o Secretário do Gabinete do Sr. Primeiro-Ministro, Mário Gomes Bandeira, do Bispo de S.T.P., Dom António Manuel dos Santos, acompanhado pelo Rev. Padre Fausto, - Presidente da Comissão Eleitoral, Alberto Pereira, vários membros do Gabinete da Presidência da República, nomeadamente, Coronel Victor Monteiro e Amaro Pereira de Couto, Chefe da Casa Civil; Embaixador do Brasil, José Carlos de Araújo Leitão; ex-primeiro Ministro Leonel D’Alva; Adido da Defesa da Embaixada de Portugal, Sr. Coronel Lourenço Saúde; Diretora do Centro Cultural Português, Margarida Mendes; os excelentíssimos representantes das embaixadas da Guiné Equatorial e da Nigéria, respetivamente, Teodoro Elangui e Aburime Kenneth, assim como da poetiza e escritora, Conceição Lima, o historiador e escritor Albertino Bragança, Maria Alves, Luís Beirão, Ambrósio Quaresma, Ana Ribeiro e Nuno Bruno, Cláudio Coralle, Manuel da Trindade Costa, artistas da Associação Pica Pau, entre outras personalidades, empresários, muitos santomenses anónimos ou dos mais diversos setores de atividades (a que conto vir ainda a referir-me) e alguns meus compatriotas, residentes ou em gozo de férias
Nestes últimos três dias, revivi tantas emoções, sim, ao confrontar-me com as imagens das minhas aventuras, narrando alguns dos episódios, não só às várias personalidades, que me honraram com a sua presença, como também às muitas pessoas anónimas que me distinguiram com as suas palavras amigas, que outra expressão não me ocorre, senão a de começar por expressar um profundo agradecimentos a todos.
Encerrou, ao fim da tarde de ontem, pelas 17.30, no Centro Cultural Português, a exposição” Sobreviver no Mar dos Tornados, 38 dias à Deriva – Acontecimento cultural, que contou com a presença do Ministro da Educação, Cultura e Ciência, Olinto Daio, Presidente do Tribunal de Contas José António Monte Cristo, da Ministra da Saúde, Maria dos Santos Trovoada e o Secretário do Gabinete do Sr. Primeiro-Ministro, Mário Gomes Bandeira, do Bispo de S.T.P., Dom António Manuel dos Santos, acompanhado pelo Rev. Padre Fausto, - Presidente da Comissão Eleitoral, Alberto Pereira, vários membros do Gabinete da Presidência da República, nomeadamente, Coronel Victor Monteiro e Amaro Pereira de Couto, Chefe da Casa Civil; Embaixador do Brasil, José Carlos de Araújo Leitão; ex-primeiro Ministro Leonel D’Alva; Adido da Defesa da Embaixada de Portugal, Sr. Coronel Lourenço Saúde; Diretora do Centro Cultural Português, Margarida Mendes; os excelentíssimos representantes das embaixadas da Guiné Equatorial e da Nigéria, respetivamente, Teodoro Elangui e Aburime Kenneth, assim como da poetiza e escritora, Conceição Lima, o historiador e escritor Albertino Bragança, Maria Alves, Luís Beirão, Ambrósio Quaresma, Ana Ribeiro e Nuno Bruno, Cláudio Coralle, Manuel da Trindade Costa, artistas da Associação Pica Pau, entre outras personalidades, empresários, muitos santomenses anónimos ou dos mais diversos setores de atividades (a que conto vir ainda a referir-me) e alguns meus compatriotas, residentes ou em gozo de férias
Ó Deus Omnipotente e Salvador!... Ó JESUS CRISTO!...Ó BELO E MAGNÍFICO EXEMPLO SENHOR MEU!... Que maior tormento e suplício aquele!... Deitado no duro fundo daquele inconstante, encharcado, tosco e frágil madeiro escavado!… Porém, mesmo assim, quão doce e infinito era aquele meu tormento!... Quantas vezes, me lembrei da tua cruz e do teu calvário!... Quando já estavas prostrado e rendido às leis da morte e da vida para te lançarem estendido ao sepulcro!.. Quantas!... Quantas vezes!... Quando tudo à minha volta me parecia revolto e perdido… Sim, no meio avassalador daquelas espessas trevas e noites de breu, cercado pelo tumulto escuro do mar e do céu! E, ante a imensa e tenebrosa solidão, apenas se me afigurava vislumbrar o perfil do teu piedoso rosto… Embora triste e macilento, banhado de suor e de lágrimas!... Mas coroado de esplendorosa caridade e de compaixão… por aqueles mesmos que te traíram e não compreenderam a tua humana, divina e nobre missão! Mas aos quais a áurea que iluminava a tua face, me parecia resplandecer apenas emanada por um infinito sentimento de amor e perdão
Os objetivos destas travessias visavam demonstrar a possibilidade de antigos povos africanos terem povoado as ilhas, situadas no Golfo da Guiné, muito antes dos outros navegadores ali terem chegado, contrariamente ao que defendem as teses coloniais, que dizem que as ilhas estavam completamente desabitadas. E a verdade é que, entretanto, já foram encontradas antigas cartas em arquivos, com nomes árabes que testemunham esses contactos. Contributos esses que, de modo algum, poderão pôr em causa o mérito dos ousados feitos dos navegadores portugueses.
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