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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Morreu em Barcelona, José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola, aos 79 anos ... Triste sina a de dois presidentes angolanos, ambos morreram fora do seu país - Agostinho Neto, que proclamou a independência nacional a 11 de Novembro de 1975, morreu por doença, em Moscovo, na ex-(URSS), no dia 10 de Setembro de 1979 , em condições que geraram muitas interrogações. Agora, parece suceder o mesmo com o homem que lhe sucedeu

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista

Morreu o antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos -  A noticia foi divulgada pelo Governo liderado por João Lourenço, no Jornal de Angola, nestes termos: 

 " O  Executivo da República de Angola leva ao conhecimento da opinião pública nacional e internacional, com um sentimento de grande dor e consternação, o falecimento de Sua Excelência o ex-Presidente da República, Engenheiro José Eduardo dos Santos, ocorrido hoje às 11h10 , hora de Espanha certificada pelo boletim médico da clínica, em Barcelona, após prolongada doença.

O Executivo da República de Angola inclina-se, com o maior respeito e consideração, perante a figura de um Estadista de grande dimensão histórica, que regeu durante muitos anos com clarividência e humanismo os destinos da Nação Angolana, em momentos muito difíceis.  Apresenta à família enlutada os seus mais profundos sentimentos de pesar e apela à serenidade de todos neste momento de dor e consternação.

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, já enviou as condolências ao Presidente da República, João Lourenço, na sequência da morte do antigo chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, ocorrido em Espanha, Barcelona.

São Tomé, 10 Jun 2022 ( STP-Press ) O Presidente da República, Carlos Vila Nova, o Presidente do Parlamento, Delfim Neves e Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus,  manifestaram profunda dor e consternação pela morte de José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola, tendo, o Chefe de Estado são-tomense sublinhado que “São Tomé e Príncipe chora com a República irmã de Angola a perda de um amigo destas ilhas…”.



Tchizé dos Santos, filha do ex-presidente angolano, ​​requereu, na sequência da denúncia apresentada segunda-feira aos Mossos de Barcelona pelos supostos crimes de tentativa de homicídio, omissão do dever de assistência, lesões por negligência grave e divulgação de segredos por pessoas próximas a ele, ao centro médico Teknon que o corpo do ex-presidente seja preservado e que não seja entregue até que seja realizada a autópsia atempada, , refere um comunicado assinado pela equipa de advogados em nome de Tchizé.

José Eduardo dos Santos estava internado nos cuidados intensivos de um hospital em Barcelona, depois de ter sofrido um AVC. Deixou o poder em 2017, ao fim de 38 anos, o que ainda hoje o torna um dos chefes de Estado que mais tempo ficou no poder em África.
A notícia foi avançada pela Presidência de Angola, num comunicado publicado na sua página de Facebook. Há vários anos que o político angolano vinha recebendo tratamento ao cancro de que padecia na cidade espanhola, o que o levou mesmo a mudar-se de Luanda em 2019, quase dois anos depois de deixar a presidência.

Na biografia oficial, é referido, que, José Eduardo dos Santos, cujo nome de batismo é José Eduardo Van Dunen- Presidente de Angola de 1979 a 2017  comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) e presidente do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), o partido que tem governado Angola desde que obteve independência em 1975, nasceu onde hoje é o bairro de Sambizanga em Luanda.[10] É filho de Avelino Eduardo dos Santos, calceteiro, e de sua mulher Jacinta José Paulino..

Frequentou a escola primária em Luanda onde também fez o ensino secundário no Liceu Salvador Correia,que hoje se chama Mutu-ya-Kevela.


Carreira militar
Durante os estudos, José Eduardo dos Santos juntou-se ao MPLA quando este foi constituído em 1958, o que marcou o começo da sua carreira política.
Após a eclosão, em Luanda, da luta contra o poder colonial português, em 4 de fevereiro de 1961, José Eduardo dos Santos abandonou em novembro desse mesmo ano Angola, e passou a coordenar na segurança do exílio a atividade da Juventude do MPLA, organismo do qual foi um dos fundadores e durante algum tempo vice-presidente. Eduardo dos Santos partiu para o exílio ao país vizinho República do Congo. Integrou, em 1962, o Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA), braço armado do MPLA, e em 1963 foi o primeiro representante do MPLA em Brazavile, capital da República do Congo. Em novembro do mesmo ano, beneficiou de uma bolsa de estudo para o Instituto de Petróleo e Gás de Bacu, na antiga União Soviética, tendo-se licenciado em Engenharia de Petróleos em junho de 1969.
Ainda na URSS, depois de terminados os estudos superiores, frequentou um curso militar de Telecomunicações. Isso o habilitou a exercer, quando voltou para Angola (em 1970), funções nos Serviços de Telecomunicações na 2.ª Região Político-Militar do MPLA, em Cabinda de 1970 a 1974.
Em 1970 Angola ainda era um território Português conhecido como Província Ultramarina de Angola e Eduardo dos Santos desempenhou um papel significativo na luta pela independência de Angola.

Em 1974, foi promovido a sub-comandante do serviço de telecomunicações da segunda região. Ele serviu como representante do MPLA para Jugoslávia, a República Democrática do Congo e a República Popular da China antes de ser eleito para a Comité Central[18] e Politburo do MPLA em Moxico em setembro de 1974


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