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A exploração do petróleo, nas águas do seu país, “tanto pode ser o paraíso como o inferno” Continuam as primeiras perfurações, ainda sem resultados - Esta e outras questões, que aqui lhe oferecemos na 1ª parte de uma extensa e interessante entrevista que nos concedeu no último dia da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, a propósito do balanço que fez da sua participação
Em declarações aos jornalistas, Jorge Trabulo Marques e Intermamata, repórter da STP-Press, o chefe do Governo Santomense, fazendo o balanço da sua estadia, começou por sublinhar que esta Conferência, que encerrou esta sexta-feira, no Parque das Nações, em Lisboa, interessa ao seu país, que é composto por 99,5% de superfície líquida e apenas 05% de terra, nas duas ilhas que erguem no vasto Golfo da Guiné
Tendo frisado que “os oceanos andam doentes por incúria dos homens. E, quando os oceanos estão doentes a saúde humana também corre perigo e não está de boa saúde, de certeza”
O Chefe do executivo são-tomense, que, na abertura da referida Conferência, havia manifestado várias preocupações no domínio da proteção do ecossistema e da biosfera, incluindo a proteção da sua orla marítima, possuidora de uma vasta zona económica exclusiva que é 160 vezes superior ao da superfície terrestre, dispondo de importantes potencialidades para o seu desenvolvimento económico e social, associados a uma economia dos oceanos”, tendo aproveitado para alertar e pedir apoio . à comunidade internacional para começar a ver São Tomé e Príncipe com olhos de ver, no sentido de tudo fazer para apoiar o país a estar material, financeira e institucionalmente à altura das suas potencialidades oceânicas e das metas fixadas neste sentido”,
Em resposta à questão, que lhe fora colocada pela escassez de pescado na plataforma marítima, sentida nomeadamente pelos pescadores das canoas, por via de frotas estanheiras, Jorge Bom Jesus, reconhece necessidade de uma maior fiscalização com as frotas, que pescam nas águas do país, tendo sido assinado um acordo de modo a que “os nossos marinheiros” possam proceder a essa fiscalização, o que não acontecia no passado, reconhecendo que há alguma melhoria
E também concordou que o trabalho “numa perspetiva de cooperativa” é mais seguro e mais eficiente, citando já os exemplos das cooperativas existentes no sector de agricultura
Quanto à exploração do petróleo, afirmou que, depois de 20 anos na zona
conjunta com a Nigéria, que ainda
continua num estado de alguma letargia, estamos a dar alguns passos de
perfuração pelas empresas Galp e Shell, no bloco jaca
“Por aquilo que me dizem, os trabalhos estão a decorrer a bom ritmo mas temos que aguardar com serenidade os resultado, dentro dos próximos 30 anos. De cabeça erguida e sem grande euforias, porque, de facto, precisamos dos recursos do petróleo para aplicar noutras áreas de desenvolvimento, na agricultura, os serviços, a pesca, entre outros, mas sempre muito atentos e de forma ponderada, porque, como sabem, o petróleo pode ser o paraíso ou o inferno também”
Estas e outras questões, que poderão escutar na primeira parte da interessante entrevista, que nos concedeu o PM Jorge Bom Jesus, a quem agradecemos, uma vez mais, a gentileza das suas declarçõess´
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