Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Ilha do Principe |
Hoje é um dia de festa na Ilha do Príncipe - Para assinalar o 28º aniversário da suautonomia da Ilha do Príncipe.
A formosa Ilha do Príncipe é a segunda maior ilha do arquipélago de São Tomé e Príncipe, distando uma da outra 140 km, com uma área de 142km2 e cerca de oito mil habitantes, cuja capital é Santo António, inserida na linha vulcânica dos Camarões. Desde 29 de Abril de 1995, é administrativamente, constituída por uma região autónoma, formada pelo distrito de Pagué.
Da Ilha do Príncipe, fazem parte mais duas pequenas ilhas - Tinhosa Grande e Tinhosa Pequena, situadas a aproximadamente 20 km a sudoeste da ilha do Príncipe, onde se calculem que pousem e nidifiquem até 500.000 aves marinhas, sendo por isso considerada a maior colónia de aves marinhas do Golfo da Guiné. Albergam a biodiversidade, tanto em ecossistema terrestre como marinho. São também um local importante para a reprodução de tartarugas marinhas e cetáceos.
Em 11 de julho de
2012, a Ilha do Príncipe foi eleita reserva mundial da Biosfera pela UNESCO,
passando a ser a primeira reserva africana a
Meus Parabéns ao Presidente Governo Regional Filipe Nascimento, desejando-llhe os melhores êxitos de progresso económico e de bem-estar às suas populações
(STP-Press) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova, está desde quinta-feira, dia 27, em Santo António, para presidir, neste sábado, ao acto central das comemorações dos 28 anos da autonomia da Ilha do Príncipe.
Ao chegar ao aeroporto regional, Vila Nova disse à equipa de reportagem da Rádio Nacional que “estar aqui já me dá enorme prazer pelo carinho que sempre recebi, e pelo carinho que eu também tenho pela região e pela sua gente”
Para o Chefe do Estado “o facto do Príncipe ser agora uma Região Autónoma traz vantagens, bastante vantagem, não traz satisfação plena porque é como tudo na vida, as coisas evoluem e nós vamos fazendo passo a passo, e onde é necessário fazer acertos, introduzir melhorias, a partir daqui também levarei comigo na bagagem para ver junto ao governo, eventualmente, a assembleia, como é que queremos fazer.”
Estive, pela última vez na Ilha do Príncipe, em Janeiro de 1971, aquando das comemorações do V centenário da descoberta da Ilha do Príncipe, cerimónias presididas pelo então Governador Cecílio Gonçalves, depois de, em 1969, ter ligado as duas Ilhas numa frágil piroga, que me haveria de causar alguns problemas por parte da PIDE: uns dias nos calabouços, depois de uma valente sova por suporem que eu teria tentado escapar-me para o Gabão para me juntar ao MSTP, ali sedeado. A que se seguira uma pesada coima por parte da Capitania dos Portos.
Felizmente, deu-se a circunstância de, nessa altura, se encontrar o chefe de redação da revista angolana, Semana Ilustrada, que me convidaria a contar a história nesta publicação, o que fiz em várias edições, passando então a ensaiar os meus primeiros trabalhos jornalísticos Estas as palavras, com que iniciava a reportagem para a revista Semana Ilustrada, de Luanda, alusiva à efeméride. "A Ilha do Príncipe, a linda irmã Ilha de S. Tomé, teve no passado dia 17 (Janeiro de 1971), um dia de grande festa, ao comemorar com assinalável brilho, a passagem dos 501 anos da sua descoberta.
O QUE É DITO DO SEU PASSADO HISTÓRICO
S. Tomé 2015 |
A cidade de Santo António foi fundada em 1502 e era um centro de cultivo de cana-de-açúcar. Em 1695, o Forte da Ponta da Mina foi construído na entrada da baía de Santo António. Em 1706 a cidade e a fortaleza foram destruídas por corsários franceses. Em 1753, devido à grande instabilidade em S. Tomé, a capital foi transferida para Santo Antônio do Príncipe, retornando em 1852.
Em Julho de 2012, foi declarada a primeira reserva mundial da Biosfera pela Unesco do arquipélago são-tomense, e a primeira reserva africana a integrar a rede mundial da biosfera costeira. Parabéns ao seu Presidente do Governo Regional, Filipe Nascimento e votos dos melhores progressos na sua economia e no bem -estar das suas popopulações
O descobrimento das ilhas do Golfo da Guiné está mal referenciado na documentação antiga, motivo esse que têm suscitado alguma controvérsia entre historiadores, contudo, admite-se que tenham sido os navegadores João de Santarém, Pedro Escobar e João de Paiva, contratados por Fernando Gomes, no reinado de D. Afonso V para que descobrissem as terras a sul da Serra Leoa: - Ao afastaram-se do rio Congo, foram descobrindo S. Tomé (21 de Dezembro de 1470), Príncipe (antes Santo Antão, em 17 de Janeiro de 1471); Ano Bom (Pagalu), no 1º de Janeiro de 1472 - A ilha de Fernando Pó (Bioco) teria sido descoberta pelo navegador pelo qual passou a ser conhecida, não havendo a certeza quanto a data exacta, admitindo-se que tenha sido em 1472 ou 73
Ambas as ilhas, foram cedidas a Espanha em 1778, pelo Tratado de El Pardo em troca de terras espanholas na América do Sul, que seriam posteriormente anexadas ao Brasil (faixas de terras do atual Rio Grande do Sul).
António Carneiro em 1500 iniciou a colonização de S. Antão, depois Ilha do Príncipe, depois de D Manuel lhe ter concedido a doação da capitania e da alcaidaria-mor. Na mesma data D. Manuel concedeu o primeiro foral aos habitantes da ilha.
Visando incentivar o seu povoamento, em 1502 tornou-se uma donataria, denominada como "Ilha do Príncipe", sendo-lhe introduzida a cultura da cana-de-açúcar. Fora nomeada ilha do Príncipe por D. João II de Portugal. O rei tanto adorava o seu único filho e herdeiro Afonso, Príncipe de Portugal (1475) que, em sua homenagem, designou como "Príncipe" a ilha mais pequena do arquipélago de São Tomé e Príncipe.
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