Afinal, agora quem sofreu com a fiscalização foi um dos países fiscalizadores
Em Agosto de 2016, STP e o Gabão, decidiram agir em conjunto para fiscalizar as atividades de pesca na sua zona económica exclusiva. O então Ministro da Economia e da Cooperação Internacional de São Tomé e Príncipe, Agostinho Fernandes, disse que o mar do país conserva recursos importantes. que estão a ser explorados por terceiros, cuja contra-partida nacional é sem dúvidas bastante reduzida. Fruto da nossa capacidade de fiscalizar o que tem sido feito em termos de pescas nas nossas águas», frisou, Agostinho Fernandes.
O Ministro da Defesa e do Mar, Carlos Stock, também esteve presente na cerimónia que pela primeira vez une os dois países vizinhos na gestão e fiscalização dos recursos pesqueiros existentes nas suas águas territoriais. https://www.telanon.info/politica/2016/08/01/22462/stp-e-o-gabao-juntos-na-fiscalizacao-da-pesca-na-zee/
POBRES DOS PESCADORES - DEPOIS DE DETIDOS E HUMILHADOS - SALVOU-SE UM BRILHARETE DIPLOMÁTICO PARA OS LIBERTAR - Mas, então que acordo clebrado foi aquele para se atirarem agora aos pobres pescadores santomenses, aprisionando a sua traineira quando, afinal, o objetivo da fiscalização, visava fiscalizar "as actividades das embarcações da União Europeia que pescam nas suas águas territoriais de ambos os países?
Ambos se iniciaram na pesca das canoas, a grande escola dos pescadores santomenses – Preferem integrar a equipa das traineiras, porque têm mais segurança e pescar mais. Enquanto as canoas, muito dificilmente podem perder a terra de vista, as traineiras podem ir pescar para outras distâncias, até junto da costa africana, e melhorar um pouco mais a jornada. que só é compensada em função da quantidade de peixes que apanham.
Longe vão os dias dos mares à volta de S. Tomé e Príncipe, estarem povoados por imensos cardumes das mais variadas espécies de peixes -Agora, tanto as canoas, como as traineiras, têm de ir procurar o pescado noutras águas. Isto, porque, as frotas pesqueiras que operam nas águas territoriais, vão varrendo tudo o que vem às redes. – Sobretudo, os pescadores das canoas, regressam à praia quase de mãos vazias
Desabafos de lamentos e preocupações, que tive oportunidade registar num espontâneo e ocasional encontro, na praia da Rosema, em Neves, capital do distrito de Lembá, numa bela tarde de Maio de 2019
Neves -1972- S -Jorge Trabulo Marques Autor do Artigo |
Em cuja baía, nos últimos anos da colonização, chegou a existir um dos mais avançados empreendimentos industriais de África, de fabrico de cerveja e distribuição de gás, além de um bem apetrechado porto pesqueiro, donde partiam e regressavam várias traineiras de pesca para capturas nas águas territoriais do arquipélago, até às vizinhas costas do Gabão e, a bem dizer, por todo o Golfo da Guiné.
Txilamo Ni
Son” e os 14 pescadores já zarparam daquelas águas
A embarcação de
pesca, que foi intercetada nas águas territoriais do Gabão, e os 14 pescadores
a bordo, foi libertada pelas autoridades marítimas e pela justiça gabonesa.
“Txilamo Ni
Son”(Tira-me do Chão), é o nome da embarcação de pesca que fez-se ao mar esta
quinta feira de regresso a São Tomé. – Diz o Téla Non
O Ministério dos
Negócios Estrangeiros, diz que o desfecho do caso dos 14 pescadores
são-tomenses detidos numa área protegida da zona económica exclusiva do Gabão,
testemunha as excelentes relações de amizade, de cooperação e de irmandade
existentes entre a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República
Gabonesa.
Mas, segundo
refere a (STP-Press) – O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, disse ter dado o
seu “engajamento e palavras” às autoridades gabonesas para a libertação e
regresso dos catorze pescadores e a respectiva embarcação, que se encontravam
detidos no Gabão, por quase duas semanas, por pesca ilegal, mas que o armador
terá de pagar 15 mil euros ao Estado gabonês.
“Foi aplicada uma multa
que também conseguimos reduzir e mesmo antes do pagamento os pescadores foram
libertados e receberam a sua embarcação e estão a caminho de São Tomé”, disse Patrice Trovoada. A hora da
chegada esta prevista para às 15h00 de hoje.
Segundo o
primeiro-ministro “a multa inicial era de 30 milhões de FCA, mais
ou menos, 50 mil euros, mas ficou-se pelos 15 mil, que o armador vai ter de
pagar e eu espero que pague, porque houve um engajamento, uma palavra do
Governo são-tomense, os pescadores estão de regresso, estão de saúde e não
foram maltratados”.
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