Jorge Trabulo Marques - Jornalista
A demissão do governo é justificada por "assinalável
incapacidade" de solucionar os "inúmeros desafios" do país,
"falta de uma clara cooperação estratégica e manifesta deslealdade
institucional".
O Presidente da República, Carlos Vila Nova, decretou que “é demitido o XVIII Governo Constitucional”, e que “o Partido Ação Democrática Independente (ADI), enquanto partido político mais votado nas últimas eleições legislativas” é “convidado a apresentar, no prazo de 72 horas, outra individualidade para assumir o cargo de primeiro-ministro e chefe do Governo
Refere o comunicado que a demissão do governo é justificada por "assinalável incapacidade" de solucionar os "inúmeros desafios" do país, "falta de uma clara cooperação estratégica e manifesta deslealdade institucional". - “O presente
decreto presidencial entra imediatamente em vigor”, lê-se no documento.
"Tendo em atenção o contexto de S. Tomé e Príncipe, caracterizado presentemente . por inúmeros desafios, particularmenete económicos e financeiros e a sua recuperação social, e considerando que atuação do Governo tem sido assinalada por uma permanente incapacidade em aportar soluções atendíveis e compatíveis com o grau de problemas existentes, a que se associam períodos frequentes de ausência do Primeiro-Ministro e Chefe do Governo do território nacional,e se traduzem, pelo comtrário, despesas insutsificáveis para o erário público
Sem dúvida, que a governação de Patrice Trovoada, veio trazer mais instabilidade e problemas sociais de que motvos de progresso e de esperanças a S. Tom e Príncipe . De um PM, que tem passaado mais tempo fora do pais, a tratar dos seus negócios pessoais de que a zelar pelos interesses do pais, onde nem sequer nasceu e foi criado.
CADA DIA QUE PASSA, COM PATRICE TROVOADA A PRIMEIRO-MINISTRO, SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE FICA MAIS DESGOVERNADO, MAIS POBRE E DEPENADO - Não retiramos uma palavra ao que temos afirmado
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Na sequência dos vários artigos de investigação jornalística, que publicamos neste blogue, já lhe demonstrámos as graves cumplicidades que estiveram por detrás dos ruinosos acordos com as empresas petrolíferas, sobre os blocos existentes na zona económica exclusiva, que serviram unicamente para defender interesses privados, que os da pátria santomense, nomeadamente através Miguel Trovoada e seu filho Patrice Trovoada, atual Primeiro-Ministro e dirigente da ADI - Daí não merecerem a menor confiança quaisquer concursos organizados pelo atual Governo, t
ACORDOS DE UM ALTO CORRUPTO COM UM DOS PAÍSES MAIS CORRUPTOS DE ÁFRICA - Eis outras passagens do texto do jornalista Jon Lee Anderson: -
Os sangrentos episódios do 25 de Novembro de 2022, bem longe de devolverem a ordem e a democracia, ameaçada em Portugal, no 25 de Novembro de 1975, se alguém teve essa ideia, em fazer história e compará-la, enganou-se redondamente, senão o derrame de sangue, luto, afronta e terror.
O filho de Miguel Trovoada, Patrice, um homem rechonchudo, de aparência jovem de quarenta anos, veio para me ver uma manhã no meu hotel. Ele usava calças e uma camisa tropical e um anel de ouro cravejado de diamantes. Patrice, que é referido atrás das costas como Baby Doc, divide seu tempo entre são Tomé, Paris, e Houston, onde ele é dono de uma empresa de construção. ele se converteu ao Islã um número de anos atrás. ele se orgulha de sua amizade com alguns dos ditadores da África incluindo Kadafi, e ele sabe que ele é uma figura notória em São Tomé. "não estou bem quisto pelas elites aqui", disse ele, "porque eu tenho um pouco de dinheiro e porque eu fiz isso por meu próprio, fora de São Tomé."
Nós sentámo-nos em um sofá no lobby, e, quando começamos a falar, Patrice foi interrompido por uma chamada em seu telefone celular.Ele pediu desculpas e explicou que era sua mãe. "Ela ficaria furiosa se soubesse que eu estava fora da cama."
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Jon Lee Anderson |
Patrice se virou para mim e falou sobre Fradique. "O homem é muito estranho. Ele não tem esposa" -sua mulher morreu há dez anos- "sem crianças, sem pais,sem amigos, e ele é como um touro selvagem. Ele cobra para a frente. Uma coisa é certa: ele não gosta dos nigerianos, e isso pode ser muito perigoso para São Tomé e Príncipe. Os Estados Unidos não estão levando em conta o tipo de homem que eles têm como um parceiro aqui. Os próximos meses são particularmente cruciais, e Fradique vai decepcionar muita gente. Ele é um orador doce, mas ele não tem metodologia. E eu sou responsável por isso "-Patrice riu." Fui eu que escolhi este homem! Nós escolhemos-lo para que ele pudesse assegurar alguma visão que tínhamos, e para que eu pudesse voltar para o back office. Imaginei que ele iria levar um ano para fazer alterações mas não da maneira que ele fez isso!"
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– Lê-se num extenso artigo publicado, em The New Yorker, 2002-10-07 , e posteriormente também editado num dos vários livros de autoria de Jon Lee Anderson –; que foi correspondente da Guerra em locais, como Afeganistão, Iraque, Uganda, Israel, El Salvador, Irlanda, Líbano e Irão, Médio Oriente é conhecido por seus inúmeros perfis de líderes políticos, incluindo Hugo Chavez, Fidel Castro e Augusto Pinochet
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"O acordo ERHC- São Tomé foi descrito como um dos piores da história do xadrez da indústria do petróleo", disse Hayman. "A ERHC obteve um arranjo incrivelmente lucrativo sob condições quase totalmente opacas". A implicação, claro, é que os Trovoadas receberam dinheiro dos nigerianos em troca das concessões e que tentaram comprar o Fradique, mas que ele não iria por isso. Até que surgiu o problema dos negócios do petróleo, Patrice Trovoada foi ministro das Relações Exteriores de Fradique o demitiu”
O citado artigo, começava por dizer que o “filho de um ex-Presidente”, (Miguel Trovoada) “passou parte da vida longe de São Tomé” – Então, com 48 anos, atualmente, portanto, 54, “entrou no mundo político a trabalhar como assessor do pai - chefe de Governo de São Tomé logo após a independência, em 1975, e Presidente depois entre 1991 e 2001 - até chegar a ministro dos Negócios Estrangeiros em 2001. Paralelamente ao trabalho na política, enveredou pelo campo empresarial. Sabe-se que tem investimentos em países como o Gabão, Guiné Equatorial ou Estados Unidos, mas o tipo de negócios a que se dedica não é do conhecimento público.
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