Fui o 1º jornalista a divulgar imagens e entrevistas - 20 anos depois. do horrendo crime, que me ia custando a vida por alguns colonos e militares– Puseram-me uma forca à porta de minha casa e espancaram-me, furaram-me os pneus do meu carro à navalhada. Tive de fugir de canoa para a Nigéria, ao longo de 13 dias .O Zé Mulato, carrasco do Campo de Concentração de Fernão Dias , com raízes angolanas e portuguesas, confessou-me que foi uma máquina bruta a matar. Regressei a S. Tomé, 39 anos depois, tendo aproveitado para fazer outras entrevistas e registos, bem como nos anos seguintes, em que ali voltei
No Portugal de Salazar e de Marcelo Caetano,
não só houve o Batepá, em S. Tomé: - também houve o massacre da aldeia do
Colmeal - Um dos episódios mais negros
da História de Portugal https://www.noticiasdecoimbra.pt/o-massacre-do-colmeal-um-dos-episodios-mais-negros-da-historia-de-portugal/
Em
Moçambique, em 1972 em que as tropas portuguesas dizimaram um terço dos 1350 habitantes de cinco
povoações (Wiriyamu, Djemusse, Riachu, Juawu e Chaworha) https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Wiriyamu
A esta ex-colónia, voltaria o charmoso Baltazar Rebelo de Sousa, em Janeiro de 1974, na qualidade de Ministro do Ultramar, https://arquivos.rtp.pt/conteudos/visita-do-ministro-do-ultramar-as-colonias/ Que já ali havia sido governador e se havia revelado, como o maior propagandista e sedutor de ambos os regimes ditatoriais desde Subsecretário de Estado da Educação Nacional de 1955 a 61, além de outros altos cargos, até á queda do regime, último ministro do Ultramar
O que se passou tem de ser interpretado à luz da ignorância e das trevas da época - em que apenas uma reduzida elite, parasita e corrupta, vivendo à sombra do regime colonial e ditatorial, tirava proveito e fazia o que bem lhe apetecia - Há que não ignorar esse passado mas o
lhar em frente, sem remorsos e com os olhos confiantes num futuro melhor: Portugal e S. Tomé falam a mesma língua - e ambos os povos foram vítimas do ignominioso e longo período colonial fascista. .E, afinal, muitos de nós cresceram e viveram à sombra da mesma bandeira -Porém, a história não pode ser nem apagada nem esquecida: faz parte dos dois paíseshttp://canoasdomar.blogspot.com/2015/01/memorias-do-bate-pa-1-auschwitz-em-s.htmlhttp://canoasdomar.blogspot.com/2015/02/s-tome-memorias-do-massacre-do-betepa-2.htmlhttp://canoasdomar.blogspot.com/2015/02/massacres-dos-batepa-3-hoje-s-tome.htmlhttp://canoasdomar.blogspot.com/2015/02/s-tome-e-as-memorias-do-batepa-4-ze.htmlhttp://canoasdomar.blogspot.com/2015/02/s-tome-e-principe-memorias-do-batepa-5.html

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