Jorge Trabulo Marques - Jornalista C
O 23 de Abril celebra o Dia
Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A data tem como objetivo
reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura na
população.Os livros são um importante meio
de transmissão de cultura e informação, e ainda, elementos fundamentais no
processo educativa – Este ano, pelas razões conhecidas, sem as iniciativas de
anos anteriores
Conheço José Tolentino
Mendonça, desde há vários anos, especialmente como poeta e escritor , tendo entrevistado algumas
vezes. A última vez que troquei umas palavras com ele foi na feira do livro, em
Lisboa, há uns cinco anos, longe, então, também eu de imaginar que estava
perante um homem que viria a ser um dos
Cardiais do Vaticano.
O bispo Tolentino Mendonça foi investido cardeal numa cerimónia no Vaticano, no
dia 5 de Outibro, tornando-se no sexto cardeal português deste século e no 46.º
da História, a quem foi atribuída a igreja de São Jerónimo da Caridade, em
Roma.
Referia, então a imprensa, que “ o arquivista e bibliotecário do
Vaticano recebeu o anel e barrete cardinalícios, assim como a bula, numa cerimónia na Basílica de São Pedro,
José
Tolentino Calaça de Mendonça, nasceu na ilha da Madeira, em Machico, a 15 de Setembro de
1865.. Estudou Ciências Bíblicas em Roma e vive no Vaticano desde 2018, onde é
responsável pela Biblioteca Apostólica e pelo Arquivo Secreto do Vaticano. Em
2019, foi elevado a Cardeal pelo Papa Francisco. Tem publicado a sua poesia na
Assírio & Alvim e, desde 2017, a sua obra ensaística na Quetzal. Para José
Tolentino Mendonça, «a poesia é a arte de resistir ao seu tempo». Os seus
livros têm sido distinguidos com vários prémios, entre eles o Prémio Cidade de
Lisboa de Poesia (1998), o Prémio Pen Club de Ensaio (2005), o italiano Res
Magnae, para obras ensaísticas (2015), o Grande Prémio de Poesia Teixeira de
Pascoaes APE (2016), o Grande Prémio APE de Crónica (2016) e, mais
recentemente, o prestigiado Prémio Capri-San Michele (2017).
José Tolentino Calaça de Mendonça, foi ordenado padre em 1990 e
bispo em 2018. Biblista, investigador, poeta e ensaísta, foi professor e
vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa e também diretor da Faculdade
de Teologia da mesma instituição em 2018. É comendador da Ordem do Infante D.
Henrique, título que lhe foi atribuído em 2001 pelo ex-Presidente da República
Jorge Sampaio, e da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, esta última atribuída
pelo antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva. No ano passado,
orientou o retiro quaresmal que o Papa Francisco cumpriu em Ariccia, nos arredores
de Roma.
Em julho, aceitou o convite de Marcelo Rebelo de Sousa para
presidir no 10 de junho de 2020, “apesar das funções que exerce na Santa Sé”,
onde é arcebispo titular de Suava. “É um homem do diálogo. É um homem da
cultura, e um poeta sobretudo, mas também filosofo e ensaísta”, referiu na
altura o Presidente da República.
O Colégio Cardinalício conta atualmente com 118 eleitores, 57 dos
quais nomeados pelo Papa Francisco, e 197 cardeais com mais de 80 anos, que não
têm direito a voto num eventual Conclave para a eleição de um novo Papa. Dos
cadeais eleitores, 50 são europeus, 33 americanos e 31 oriundos da África e
Ásia. Portugal teve até hoje 45 cardeais, o primeiro dos quais o Mestre Gil,
escolhido pelo Papa Urbano IV (1195-1264).
O
Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa, já manifestou “o mais
profundo júbilo pela elevação do Senhor Dom José Tolentino de Mendonça ao
Cardinalato”. Numa nota publicada no site oficial da presidência, o Presidente
diz que “tenciona” estar presente na cerimónias de imposição do barrete
cardinalício, afirma que esta nomeação é “o reconhecimento de uma personalidade
ímpar, assim como da presença da Igreja Católica na nossa sociedade, o que
muito prestigia Portugal”. https://expresso.pt/sociedade/2019-09-01-Tolentino-Mendonca-nomeado-Cardeal
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