EXCELENTE OBRA LITERÁRIA DE UM EMPRESÁRIO PORTUGUÊS QUE “O HOMEM DA LUA” ESCOLHEU PARA UM 2º SONHO
Jorge Trabulo Marques –
Jornalista - Informação e análise Além das fotos que eu próprio lhe fiz, este post é também ilustrado com imagens do site da Presidência da República Portuguesa, outras
da Web e, nomeadamente, de autoria de
Rute Norte, a desportista portuguesa, que percorreu o ano passado, em bicicleta ou indo a pé e levando-a pela mão, os mais diversos caminhos e trilhos das duas ilhas, num total
de mais de meio milhar de quilómetros
Marcelo Rebelo de Sousa - Na Ilha do Principe - Foto do site da PR |
Marcelo - Na Ilha do Principe - Foto do site da PR |
Naquela ilha que é considerada por muitos a jóia de África. Com uma biodiversidade estonteante, paisagem e clima tropical, e um povo que irradia simpatia.
Marcelo - Na Ilha do Principe - Foto do site da PR |
Dizia então, Marcelo Rebelo de Sousa,, que a celebração, significa uma homenagem num momento que é um momento universal, 100 anos depois da primeira confirmação de uma tese que revolucionou a ciência e a vida do mundo", disse então o chefe de Estado português, referindo-se às celebrações dos 100 anos, que se assinalaram, em maio do ano passado, a comprovação da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, que foi possível validar através de um eclipse solar total na ilha do Príncipe e na cidade brasileira do Sobral, Ceará.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou ainda que esta visita é também "uma homenagem naturalmente ao Príncipe e ao povo irmão e ao país irmão de São Tomé e Príncipe, mostrando que Portugal nestes momentos está sempre presente".
Principe - Foto de Rute Norte |
Panorâmica do Principe - Web |
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou ainda que esta visita é também "uma homenagem naturalmente ao Príncipe e ao povo irmão e ao país irmão de São Tomé e Príncipe, mostrando que Portugal nestes momentos está sempre presente".
NUNO MADEIRA RODRIGUES - AUTOR DO LIVRO “PRINCIPE DO EQUADOR - O romance-viagens de emoções – Inspirada no território de uma beleza humana e natural quase irrepetível. – Confessou-nos numa entrevista, vai para 4 anos, numa sessão de autógrafos na feita do Livro em Lisboa e que lhe voltamos a recordar
O romance-viagens de emoções – De Cascais, Lisboa
a S. Tomé e Príncipe - Com histórias de vidas, desventuras,
impulsos, mudanças, recomeços, imprevistos, horizontes,
surpresas, revelações, desenlaces, desfechos e esperanças –
Títulos de alguns capítulos - Que se espera que venha a ser transposta para uma grande produção cinematográfica com expressão mundial
É o que antevejo vir a suceder ao romance, intitulado "Príncipe Perfeito", de Nuno Madeira Rodrigues: - Por certo já a pensar nessa possibilidade, tal o cuidado que teve em envolver o enredo da sua obra, com uma expressão, transacional, que não fosse apenas de cunho, meramente local – Sim, porque, escrito numa linguagem fluente e sedutora, embrenhada de ambientes e descrições, muito atuais, que o autor conhece pessoalmente.
Confessa que não é autobiográfico, nem pretende ser romance
histórico – se bem que não lhe faltem alusões a figuras e a factos relevantes
do passado antigo e mais recente – mas
também não é fruto de mera imaginação –
Mas o livro onde as emoções vagueiam, despontam, andam à flor da pele, brotam espontaneamente,
tal como as do visitante ou visitantes
(sobretudo de gente jovem) que partem à descoberta de uma terra maravilhosa,
que desconheciam, marcada pelo deslumbramento e exotismo da sua paisagem, dos
seus frutos e da hospitalidade amorosa e alegre das suas gentes, sim, com os seus encontros e desencontros, nos
percursos que efetuam, dentro e fora dos centros urbanos: com os sabores do
seus frutos e a saborosa gastronomia, os
divertimentos, amores de ocasião ou já enamorados - Há muitas histórias e muito
enredo ao longo do livro para prenderem o leitor do principio ao fim
EXCELENTE OBRA LITERÁRIA QUE É TAMBÉM UM APETECÍVEL ROTEIRO TURÍSTICO
EXCELENTE OBRA LITERÁRIA QUE É TAMBÉM UM APETECÍVEL ROTEIRO TURÍSTICO
Príncipe Perfeito"
Um guia turístico que, no fundo, percorre todo o São Tomé e Príncipe: primeiro,
mais S. Tomé, depois acabando mais no Príncipe e cujas fotografias vão ajudando
o leitor a integrar-se mais na história, a perceber e a visualizar melhor
aquilo que está a ser descrito
Declarações na feira do Livro de Lisboa, em Junho de 2017
Escrevemos estas palavras há cinco anos
O Homem que – através da HBD -
quer pôr São Tomé e Príncipe no mapa dos acontecimentos internacionais -
Já levou o Belenenses com o objetivo de promover o desporto - Mostrar aos
jovens de São Tomé e Príncipe, que o facto de estarem numa ilha, não é
impedimento de uma carreira diferente e de uma oportunidade
internacional de algo que lhes faça ter uma visão diferente daquela que têm
hoje. http://www.odisseiasnosmares.com/2015/04/sao-tome-e-principe-milionario-do-grupo.html
ESCREVIA EU NESTE SITE - O GRUPO HBD VAI COMEMORAR IMPORTANTE CENTENÁRIO MUNDIAL – NA ILHA DO PRÍNCIPE - Era esse o seu desejo e assim se concretizou .- Mas quem veio a colher os frutos foi o inglês que veio a substituir - No entanto, o mais importante é o legado da obra para o povo desta linda Ilha - E é, com certeza, este também o propósito da HBD e do seu fundador.
Nuno Madeira Rodrigues, então responsável pela área do aconselhamento e comunicação, deixava-nos antever que pretende ir mais longe, que o sonho inicial: colocar S. Tomé e Príncipe - através da HBD - no mapa de grandes acontecimentos nacionais e internacionais - E falava-nos da comemoração do estudo do inglês, Arthur Stanley Eddington, que, em 1919, na Roça Sundy, durante um eclipse solar, demonstrou a teoria da relatividade de Albert Einstein, pelo que se espera, ao longo de 2019, uma conjunto de iniciativas com larga projeção internacional.
Ele que já promoveu documentários televisivos e visitas da imprensa, que levaram imagens para os quatro cantos do mundo. Além do apoio a outras iniciativas de âmbito social e desportivo – Como seja, entre outras, a deslocação da equipa do Belenenses, para “mostrar aos jovens de São Tomé e Príncipe, que, o facto de estarem numa ilha, tal não é impedimento de uma carreira diferente e de uma oportunidade internacional”
O ASTRONAUTA MILIONÁRIO - PODE FICAR TRANQUILO DAS CAPACIDADES DE NUNO MADEIRA RODRIGUES - ELE VAI ALÉM DO SONHO - Palavras nossas há 3 anos
Foto recolhida da WEB |
Pelos vistos, pode ficar tranquilo: muita coisa já se fez, quer através das infraestruturas, que foram criadas, incluindo as de uma nova pista do aeroporto, quer dos postos de trabalho que o mesmo empreendimento gerou - E muito ainda haverá por fazer. Mas depreende-se que, tem na pessoa de Nuno Madeira Rodrigues (mesmo já não sendo o principal gestor) a entusiástica disponibilidade de uma inteligência brilhante e dedicada a colaborar - Quer como criativo, quer como comunicador e escritor
“É sobretudo o contar de uma experiência que tive nos últimos anos: não é autobiográfico mas um desafio que “procura, acima de tudo, ser um cartão de visita deste país, que tão desconhecido ainda é dos portugueses. – confessou-nos na entrevi sta, que teve a amabilidade de nos conceder, no termo de uma sessão de autógrafos, que decorreu no Pavilhão das Edições Colibri, na tarde deste último Sábado, frisando que não se trata de um romance histórico, mas de um romance atual: "não é baseado em personagens reais mas em sítios reais. Em situações reais em pessoas locais, reais, com algumas fotografias que servem para enquadrar também o leitor.
São Tomé e Príncipe, tem bons poetas e escritores: alguns dos quais, grandes referências a nível da literatura portuguesa – Porém, o que lhe tem faltado é, que, os seus livros, tenham servido de guião a grandes produções cinematográficas – E o mesmo sucedendo, até a algumas obras do luso-são-tomense, Sum Marky - Excetuando alguns documentários televisivos, com esparsas alusões, até hoje ainda não se realizou uma produção que tivesse grande repercussão externa - Embora, o romance A Roça, de Fernando Reis, do enfermeiro português, que viveu largos anos em S. Tomé, tivesse tido um grande êxito radiofónico, tanto em Portugal, como em S. Tomé e Príncipe, onde a pude ouvir na rádio local, na altura em que era empregado de mato na Roça Rio do Ouro, atual Agostinho Neto
"PRÍNCIPE DO EQUADOR” – TÍTULO SIMPLES E SUGESTIVO QUE PODERÁ VIR A SER TRAMA PARA UMA GRANDE PRODUÇÃO TELEVISIVA OU CINEMATOGRÁFICA - De seguida passo a recordar a postagem que editei há 4 anos neste site, bem como o video da entrevista.
E de que trata, afinal, o romance, Príncipe do Equador? - Responde o autor Nuno Madeira Rodrigues:
Principe - Foto de Rute Norte |
No entanto, quem não se recorda do êxito do Equador, de Miguel Sousa Tavares? O qual, além do enormíssimo impacto literário, serviu ainda de guião a uma telenovela de grande popularidade.
Excelente currículo -
Nuno Madeira Rodrigues, ex-Administrador no Grupo HBD. Presidente da Direção da
Associação Empresarial de São Tomé e Príncipe, Vice-Presidente do Conselho
Fiscal da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários,
Presidente do Conselho Fiscal da Associação Lusófona de Energias Renováveis e
Membro do Conselho Consultivo da Plataforma Sustentar. Exerceu vários anos como
advogado na Cuatrecasas, e na Miranda Law Firm, foi gestor do Grupo Vasco da
Gama na área internacional e consultor na Deloitte. Licenciado em Direito,
LL.M. em Internacional Business Law e Pós-Graduado em Direito Comercial pela
Universidade Católica Portuguesa. Especializado em Fiscalidade pelo INDEGTE/ISCTE
e orador em conferências e eventos diversos. Autor de trabalhos na área
jurídica e colunista de opinião em diversos meios de comunicaçãoo em diversos meios de comunicação.
Principe - Foto de Rute Norte |
DESAFIO PROPOSTO PELO ESCRITOR – EXPLICITO
EM “NOTA DO AUTOR - Que antecede o prefácio da obra
“São Tomé e Príncipe é um paraíso ainda
hoje desconhecido da maioria da população mundial, cujo contacto com aquele
país é limitado ao que já puderam ler no passado ou, em alguns casos, aos
relatos entusiastas de uns quantos privilegiados que tiveram a oportunidade de
por ali passar no decurso das suas vidas. Independentemente da nacionalidade
que tenhamos, São Tomé e Príncipe não deixa ninguém indiferente. Não poderia.
Uma tal mescla de história, cultura, natureza, sociedade e paisagens idílicas
está ao alcance de poucos e, ironicamente, tão perto deste Portugal que é o meu
lar.
Por várias vezes ao longo dos últimos anos
repeti que São Tomé e Príncipe não é para meninos. Não é um local fácil, de
resultados imediatos, de rápidas fortunas ou glória acelerada. É um local duro,
cm alguns casos até inóspito para quem não estiver verdadeiramente dedicado a
entender toda a sua cultura e raízes e, acima de tudo, a saber respeitar uma
forma muito peculiar de viver, um leve-leve que por vezes exaspera mas que é,
em si mesmo, também o resultado de toda uma mistura de raças e povos ao longo
dos séculos.” - Excerto
A CULPA É DO
“KAZUMBI” AFRICANO”
Em S. Tomé,
dir-se-ia que a culpa é do safú: - quem come safú, fica enamorado pelas
duas ilhas, mesmo que parta, volta sempre - Ou vai
divertir-se ao “flogá” de um “fundão” onde a musica típica faz agitar os
corpos e aquecer os corações – O termo, Kazumby, é mais usual
em Angola e Moçambique - Seja qual for a expressão:
“ A “Africa tem essa grande capacidade, se calhar kazumbi,
de juntar pessoas, cruzar destinos” – Escreve Paulo Salvador,
jornalista da TVI, no prefácio do romance Príncipe no Equador, que, a dado passo
diz o seguinte:
“Esta
capacidade de retratar aspectos da realidade africana, é tanto mais
surpreendente quando surge de um homem reservado, contido, europeu, discreto,
analítico, moldado no rigor das leis e pragmatismo dos resultados. Em tudo
diferente do estereótipo tropicalista.
Este é o
desafio do Nuno Rodrigues. Ele atreveu-se a contar uma história dividida entre
Lisboa, São Tomé e o Príncipe. Escrevendo sobre o que conheceu e viveu, sobre o
que não viu mas que poderia ter testemunhado. Ele elaborou sobre desejos e
fantasias que deram forma às personagens deste romance. Nesta obra cruzam-se
lutas políticas ele meninos da linha de Cascais ou de filhos do Príncipe;
amores de portugueses e africanos em mundos que se tocam apenas pela música que
dançam, cena noite, uma discoteca de Lisboa; preconceitos e amores que nos
fazem sempre acreditar num fim de tarde com um céu em chamas.
Conheci o autor por causa de S. Tomé e Príncipe, quando fui lá fazer uma reportagem. Foram quase duas semanas de intensa partilha naquele maravilhoso território de uma beleza humana e natural quase irrepetível. Caminhámos atrás do sol, madrugámos para o ir espetar. Terminado o trabalho ficou a amizade. Aproximámo-nos desde então e, certo dia, sou confrontado com um livro que nascia e vivia naquele território. Ao ler este ''Príncipe do Equador" percebi a autenticidade das personagens, tão reais quanto as pessoas com quem eu vivera meses antes e com as quais tivera o privilegio de me cruzarÁfrica tem essa grande capacidade, se calhar kazumbi, de juntar pessoas, cruzar destinos.
UM BOM
ROMANCISTA PODE TAMBÉM FAZER DAS SUAS OBRAS O QUE FAZ DAS SUAS PINCELADAS UM
GRANDE PINTOR
Principe - Foto de Rute Norte |
OS TÍTULOS
SEGUINTES SÃO NOSSOS - OS TEXTOS SÃO BREVES RESPIGOS DA OBRA LITERÁRIA DE
NUNO MADEIRA RODRIGUES -
Principe - Foto de Rute Norte |
Faço-o - tomando a liberdade de transcrever alguns breves exertos, extraídos de entre as 265 páginas e 19 capítulos - de modo a a ajudar o leitor a compreender , um pouco melhor, o quão atraente e vasto é o enredo deste magnífico romance
DE CASCAIS A
LISBOA – OU VICE-VERSA – ROTAS QUE ACABAM POR CONDUZIR A S. TOMÉ E PRÍNCIPE
"Pouco
passava das onze da noite quando Afonso parou o carro ao pé da marina de
Cascais e se dirigiu, com Miguel, para o centro da vila, tradicional ponto de
encontro com o seu grupo de amigos,
"(...)Chegaram ao Largo Camões e entraram no seu poiso habitual de encontro, um café simpático com um ar tradicional, espaço de longas mesas de madeira corridas que, naquela noite, já estava cheio pelas costuras. Era o melhor gin spot de Cascais, e por isso não era de estranhar a afluência. No meio da confusão dirigiram-se para o fundo da sala, por entre uma miríade de pessoas todas iguais umas às outras, até encontrarem uma mesa mais afastada da confusão, onde uma vintena de pessoas, homens e mulheres, todos entre os vinte e os trinta anos, aguardavam pela sua chegada. Em especial Catarina, que olhava para Afonso com o seu ar submisso e terno de quem finalmente tinha visto a luz do dia"
Principe - Foto de Rute Norte |
"- Achas
que isto é vodka com cola?! Achas mesmo?! Se pensas que vou pagar um balúrdio
para beber uma cola desenxabida, que a única coisa que tem de alcoólico lá no
meio é o cheiro a detergente da lavagem mal feita, deves estar muito enganado!
Claramente
Filipa tinha-se conseguido alhear do susto dessa noite e estava já de regresso
ao seu estado normal. Ou seja, difícil. A aventura daquela noite tinha sido
intensa mas, ela e Joana, acharam que naquelas condições precisavam mesmo de
descontrair um pouco e, já que estavam na direcção do Cais do Sodré, não fazia
sentido desistirem dos seus projectos por causa de meia dúzia de putos idiotas
que lhes tinham pregado um valente susto. Joana não era tão ousada nas bebidas
e limitou-se a pedir um sumo natural de ananás, que claramente lhe defraudava
as expectativas."
DIA DO EMBARQUE
NO AEROPORTO DE LISBOA NÃO FOI EXCEPÇÃO
Principe - Foto de Rute Norte |
Abílio
tinha deixado Joana à porta do terminal um, acompanhada de Filipa. Despedira-se
da sobrinha afectuosamente e desejara-lhe boa viagem de regresso antes de
seguir viagem perante a insistência dos polícias que bradavam ordens para os
carros avançarem da zona de largada de passageiros.
A GASTRONOMIA À
MODA TERRA – DELICIOSA, AFRODISÍACA E PICANTE
Principe - Foto de Rute Norte |
- Agora
misturam tudo no molho e metem a farinha para faz uma amálgama. - Explicou
Cristina. - Este é um dos pratos mais típicos de cá e gosto muito, apesar de
ficar a pesar no nosso estê mago fraquinho de europeus.
- Ainda
assim há outros que valem a pena! - Respondeu Ana.
Eu gosto
muito de Molho no Fogo também mas esse é demasiado intenso para estes
intestinos frágeis. Fazem um peixe seco e fuma.do, juntam beringela, maqueque,
mosquito e normalmente ve com banana cozida e fruta-pão assada. Delicioso.
Os amigos
estavam deliciados e totalmente satisfeitos quando o empregado levantou os
pratos informando que demoraria uns minutos até trazer a mousse de sape-sape
para sobremesa.
LUGARES
EMBLEMÁTICOS E ÁRVORES DA MÁ LÍNGUA
Principe - Foto de Rute Norte |
Aguinaldo
tinha escolhido a Sundy, a roça mais emblemática da ilha do Príncipe e antigo
motor da economia agrícola do território. Outrora um portento de actividade e
local emblemático da ilha pelo facto de ali ter sido demonstrada no início do
século anterior a teoria da relatividade geral de Einstein, a roça estava hoje
bastante degradada, as cavalariças ao norte já meio destruídas e de cavalos nem
sombra. A creche e a escola tinham sido recuperadas recentemente pelos
estrangeiros e a casa principal, antiga residência dos senhores coloniais, estava
agora a sofrer uma qualquer remodelação que ninguém entendia e tampouco
procurava perceber. "Coisas dos brancos".
O ponto
de encontro era uma árvore centenária, alta e forte, que albergava debaixo de
si um banco corrido de madeira tosca.
NAS ILHAS ONDE
OS GOLPES MILITARES SÃO A BRINCAR – MESMO ASSIM DÃO QUE FALAR
Espera-se
o regresso breve dos nossos governantes que estoicamente foram a São Tomé, sob
perigo de vida, procurar ajuda para controlar a tentativa de revolução."
ouvia-se o jornalista dizer de forma entusiástica.
- Lá
está. Nada muda. - Deixou sair para si mesma antes de voltar a desligar o
rádio. "Nem sei porque ainda me dou ao trabalho de ligar esta
porcaria.".
HISTÓRIAS
FANTÁSTICAS DE UMA PRINCESA QUE FOI ALIVIADA DA RIQUEZA DEPOIS DE MORTA MAS
FICOU O ESPÍRITO A VAGUEAR
Principe - Foto de Rute Norte |
- A
mulher de branco que anda na estrada e depois pelo hotel à noite. Dizem que é o
fantasma da Maria Correia, uma antiga senhora cá da ilha que morreu e hoje caça
os homens por vingança. -Explicou.
- Cruz
credo, Santa Engrácia! 'Tá calado, pá! Isso é mesmo conversa de cabo-verdiano!
Deixa-te lá de estórias e vou mas é comer que estou esganada. Vai lá encantar
turistas com essas tretas para outro lado, ok? - Rematou Filipa.
Espigadote
ou não, o rapaz sabia cozinhar e o almoço estava divinal. Terminaram com um
café forte e intenso feito de grãos colhidos localmente e dirigiram-se para a
zona da entrada da roça onde um jipe esperava por eles.
ACORDOS EM ARGEL
– A MAÇADA DE AVIÃO QUE COMPENSAVA
Principe - Foto de Rute Norte |
ROMANCES DE AMOR
- TRANSPÕEM FRONTEIRAS
Principe - Foto de Rute Norte |
-Ai! -
Gritou Miguel abrindo os olhos repentinamente.
Ao seu
lado, João ria a bandeiras despregadas enquanto via uma cabra fugir assustada.
TEXTO DA
ENTREVISTA - REGISTADA NO VÍDEO, EDITADO ATRÁS
Principe - Foto de Rute Norte |
NMR - É
um desafio e acima de tudo um contar de uma experiência que
tive nos últimos anos : não é autobiográfico, como é evidentemente, mas
procura, acima de tudo, ser um cartão de visita deste país, que é tão
desconhecido ainda dos portugueses. Mas é um desafio de pôr em palavras,
aquilo que o Príncipe é.
Nós não
conseguimos pôr em duzentas ou trezentas páginas a história, a cultura, a
sociedade, a natureza, as praias, tudo aquilo que é tão fantástico, acerca das
Ilhas. E, por isso, este desafio, espero que seja um sucesso: sucesso este que
vai ser medido na perspetiva de convidar mais pessoas a ir ao Príncipe.
JTM - E já vi
que o livro, Príncipe do Equador (título sedutor), tem várias fotografias.
NMR –
Tem: não é um romance histórico, é um romance atual: não é baseado em
personagens reais mas é baseado em sítios reais. Em situações reais em pessoas
locais, reais, e, portanto, as fotografias servem para enquadrar também o
leitor.
JTM – É
uma espécie de guia turístico, digamos?
NMR – Um
guia turístico que, no fundo, percorre todo o páis de São Tomé e Príncipe:
primeiro, mais S. Tomé, depois acabando mais no Príncipe e cujas fotografias
vão ajudando o leitor a integrar-se mais na história, a perceber e a visualizar
melhor aquilo que está a ser descrito
Principe - Foto de Rute Norte |
NMR –
Sim, é verdade: este tenta mesmo dar a conhecer, em alguma
profundidade – dentro de um livro permite, como é evidente, não só os sítios
mas também a maneira de ser das pessoas e problema que as pessoas não imaginam
que ainda existem: a rivalidade, entre as Ilhas de São Tomé e do Príncipe…
JTM –
Acha que sim, que é rivalidade tem sido negativa?
NMR –
Acho que a rivalidade não tem contribuído para o crescimento do país, enquanto
um país irmão: sente-se muito uma retração grande! Não diria,
hostilidade, mas um afastamento, entre as duas ilhas.
JTM – Um
certa marginalização.
NMR – De
algum modo… Mas é normal!.. E o livro também procura explicar isso; tem um
contexto histórico, tem um passado! Tem uma antiga capital no Príncipe, que
depois passa para S. Tomé! Tem uma comunidade forte angolana, em S. Tomé e uma
comunidade forte cabo-verdiana no Príncipe!... Portanto, há toda esta manta de
retalhos que justifica muito a forma de ser das pessoas de hoje
FRUTO DE
PESQUISA E DE EXPERIÊNCIA - OS ENCONTROS DE ARGEL E A TEORIA DA
RELATIVIDADE DEMONSTRADA NA SUNDY
NMR –
Sim, também: obviamente que há muitas coisas que eu tive que pesquisar e
aprender!...
Eu quando
cheguei ao Príncipe, não conhecia nada do Príncipe!... E aterrei quase no
Príncipe de que em S. Tomé: foi preciso aprender a teoria da relatividade
de Einstein, que lá
foi demonstrada! Por que é que o pirata Bartholomew Robert, era ali que fazia a
sua base! O que é que foram os Holandeses que sacaram e queimaram a cidade!..
JTM –
Está tudo no livro? – Está! de alguma forma… No meio do romance, tentei
que a história fosse também contar estas histórias, que são reais!... O que é que
foram os encontro de Argel!... Porque é que há rivalidade, entre as ilhas,
enfim, tudo isto!
JTM – A
Roça Sundy, onde a sua empresa se instalou, é praticamente uma autêntica
pérola! Foi aí que esteve um grande cientista, que se passou a
demonstração do tal estudo da relatividade
NMR –
Sim, é verdade: a Sundy é um sítio maravilhoso ! Tem uma comunidade muito
especial dentro da própria Ilha: dentro da própria as ilhas, as comunidades,
são muito distintas no Príncipe.. Isso também aparece, de alguma
forma, retratado no livro! E foi lá que, em 1919, o Arthur Stanley Eddington, demonstrou a
teoria da relatividade de Albert Einstein, procurando aproximar, na
altura, na primeira guerra mundial, o povo inglês e o povo alemão, porque ele
queria, como inglês, provar uma teoria de um alemão!... E isso ainda hoje é
celebrado: estamos prestes a celebrar os cem anos da experiência, e, sem dúvida
que própria HBD, será a primeira a fazer um grande marco desses cem anos
JTM – E para quando é que se prevê isso?
NMR – Para 2019!... Será todo o ano corrido… Daqui a
três anos, é verdade, mas já se começa a pensar, porque queremos fazer uma
ligação, entre o passado, o centenário, mas também a evolução tecnológica… Quem
sabe, até, nos nossos sonhos, mais loucos, fazer uma comunicação, em direto, da
própria estação espacial dessa data, tão marcante!
JTM – Aliás, o homem que se apaixonou por aquela
terra, foi o primeiro astronauta turístico: o que é que levou esse homem apaixonar-se pelo Príncipe e também no seu caso?
NMR – Não
podemos falar, completamente por ele, mas o que eu acho que o apaixonou a
mescla de que o Príncipe oferece: que é a natureza, a história, a cultura e as
pessoas!... Isto não acontece, em muitos sítios!...Assim, tão pequenos e tão
preservados que conseguissem encontrar tanta pureza, como se encontra ali… A
mim, eu teria que dizer que, acima de tudo, as gentes, as pessoas… As pessoas
do Príncipe - e também as pessoas de S. Tomé, obviamente -
cativaram-me, desde o primeiro momento que ali cheguei
JTM –
Daquela beleza incomparável!
NMR – A
beleza incomparável, só veio depois.
PONTO DE
PARTIDA PARA OUTRAS AVENTURAS LITERÁRIAS
-Portanto, temos aqui o primeiro romance de Nuno Madeira Rodrigues, com um
título fantástico, fabuloso! E, com certeza, que pois deste que se seguirão
outros projetos?
NMR –
Espero que sim!... Vamos ver se este tem o sucesso, que eu espero! E o sucesso
está em que, algumas pessoas, se sintam compelidas a conhecer também o país!...
Como tive oportunidade de o fazer: isso +ara mim, era o sucesso desta obra!...
E quem sabe, se isto não despertou um bichinho… Aliás, o Paulo Salvador, a quem
eu devo ajuda: ele inspirou e deu-me a ideia do título! E agradeço muito por
isso…
JTM – Um
título muito feliz!
NMR –
Acho que sim. Mas também vem de um jornalista brilhante, e tinha que ser! Mas
acima de tudo, ele dizia-me: a partir do momento, em que começaste, vais ver
que não vais mais parar
JTM –
Muito obrigado e as maiores felicidades! Foi um prazer estar aqui consigo! Com
um homem que, efetivamente, a quem se deve – você é Português - o
desenvolvimento do Príncipe! Porque, o Príncipe, estava um bocado esquecido e a
sua empresa, deu-lhe um grande impulsionamento!
NMR -
Eu sinto que sim. Acho que tivemos um modesto papel, mas que, sem falsas
modéstias, agora, que tem sido catalisador do desenvolvimento, que se tem
verificado: primeiro, no Príncipe, mas também, mais abrangentemente, em S. Tomé
e Príncipe
JTM – HBD
é a empresa mais empregadora, se não estou em erro!
NMR – Eu penso que, a seguir às empresas Estatais, e à Agripalma, em
S. Tomé - mas, Agripalma tem um sistema de contratados externos – que nós
somos o maior empregador privado
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