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sexta-feira, 10 de abril de 2020

SEXTA-FEIRA SANTA - A CRUZ DA MINHA VIDA NA "ETHEREA IMENSIDADE DA TERRA "NESTA NOITE DE PAIXÃO E DE REFLEXÃO PASCAL NESTA NOITE DE SEXTA-FEIRA SANTA COM O POETA António de Azevedo Castelo Branco (Vila Real, Vilarinho de Samardã,1842 - 1916) .- CADA UM TERÁ DE LEVAR A CRUZ DA VIDA AO SEU CALVÁRIO - A minha já conheceu várias cruzes e várias eternidades mas ,graças a Deus, ainda cá estou, porventura para outras vidas -




NESTA NOITE DE PAIXÃO E DE REFLEXÃO PASCAL embora longe da minha aldeia, meu pensamento leva-me àqueles meus sagrados lugares, recordando as minhas peregrinações místicas que começaram quando a minha vida parecia estar sentenciada - Foi há uns 25 anos: - Era navegar no desconhecido, mas valeu a pena ter arriscado ser aceite ser cobaia num ensaio clínico; valeu correr o risco .

Foi uma das minhas ressurreições, além de outras que enfrentei na vasta solidão do oceano e até o ano passado, quando contraí uma horrível pneumonia - Mas estou bom, e já vou na segunda noite que não durmo . Não sou amigo de dormir. Dou-me bem com poucas horas. Tornei-me vegetariano. Recostado sobre a cama , ouvindo coros gregorianos, evitando o ruído televisivo Dormir demais,, creio que embrutece e torna-nos lascivos



"VIDA ETHEREA"

Desfeita a ilusão do pavoroso nada,
Consoladora a Fé promette à humanidade
Depois de noite horrenda a luz da madrugada
D'uma vida imortal na etherea imensidade.

Chimera não será de mente alucinada
Crer que não fique em pó virtude e santidade.
E que aos justos e bons esplendida morada
Nos orbes sideraes conceda divindade..

Mas, se, n'um vôo feliz, eu fôr ao firmamento
Para gosar também uma perpétua glória
Embora convertido em cherubim alado

A glorificação terei como tormento,
Se a morte produzir a perda da memória
Do tempo em que na terra amei e fui amado.


António D'Azvedo Castelo Branco
Do livro Meridionaes
Livro póstomo - 1925

Dia a sua biografia que "foi Inspector da Penitenciária, bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, escritor, poeta, antigo deputado, ministro da Justiça, etc.
Nasceu em Vilarinho de Samardã a 23 de dezembro de 1843. É filho de Francisco José de Azevedo e de D. Carolina Botelho Castelo Branco, irmã do falecido romancista Camilo Castelo Branco, visconde de Correia Botelho.

Cursou com distinção a faculdade de direito, em que se formou, e já então se tornara notável como escritor e poeta. Entrando na carreira politica, o primeiro cargo oficial que desempenhou foi o de administrador do concelho de Murça. No ano de 1879 o círculo de Vila Real o escolheu para seu representante em cortes, candidatura que conservou por muitos anos, ocupando por vezes a presidência da câmara dos deputados. Para estudar o sistema penitenciário foi ao estrangeiro com o dr. Agostinho Lúcio da Silva. Nomeado em 1884 subdirector da Penitenciária de Lisboa, desde que esta cadeia entrou em exercício, e por morte do director, Jerónimo Pimentel, ficou ocupando este lugar, em que se conserva ainda hoje.

O ministério regenerador em 1893, no gabinete presidido pelo sr. conselheiro Hintze Ribeiro, o chamou para a pasta da Justiça e Negócios Eclesiásticos. Os relatórios sobre a penitenciária, publicados pelo sr. conselheiro Azevedo Castelo Branco são de grande valor e tem causado sensação como estudo de psicologia criminal. Enquanto ministro, publicou alguns diplomas notáveis, um dos quais é relativo aos alienados. Em 1896 foi nomeado par do reino, tomando posse em sessão de 9 de junho do mesmo ano http://www.arqnet.pt/dicionario/castelobranco_azevedo.html


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