Ator, declamador e
encenador – Nele a gordura não era mera espessura mas notável empatia, génio, sedução
e formosura. Sem dúvida, uma das mais carismáticas figuras
portuguesas do cinema e do teatro declamado, em comédias, revistas e nos
filmes em que participava, mas, inigualável, especialmente,
na arte de dizer poesia Com récitas, tanto
em Portugal, como nas ex-colónias, Espanha, Brasil e ArgentinaGravação do poema, que aqui recordo, foi-me foi oferecida pelo autor do poema – Meu saudoso amigo, Monsenhor Moreira das Neves – Na mesma cassete, figura também o registo declamado do belo poema "Natal! - Nas pesquisas, que me foi possível efetuar, não vi que houvesse qualquer outro resisto gravado ou escrito com a letra deste poema
De seu nome completo João Henrique Pereira Villaret nasceu a 10 de maio de 1913, em Lisboa, cidade no dia e faleceu, ao 48 anos, no dia 21 de Janeiro de 1961 - . "Depois de ter terminado o Liceu, dedicou-se ao teatro, tendo estado ligado à revitalização do teatro nacional. Gradualmente, ganhou fama de declamador pelo que causou algum escândalo quando decidiu, em 1941, enveredar pelo teatro de revista, provando em êxitos sucessivos que era possível conciliar o género dramático e o de revista- Excerto de https://www.infopedia.pt/$joao-villaret
A memória
de João Vilaret, ficou associada ao
Teatro Villaret e na toponímia de
escolas e a ruas – O auge da sua fama, surgiu com o aparecimento da
televisão, nos anos 50, em Portugal, onde o ator passou a assinar um programa
semanal com o seu nome, que lhe granjeou um vasto e fiel auditório, através do qual
contribuiu para incentivar e
popularizar o gosto pela poesia e ao mesmo tempo dar a conhecer e muitos dos nossos poetas, que,por via do analfabetismo, então
reinante, escapavam ao conhecimento geral, tal como, Fernando
Pessoa e Miguel Torga, que na altura apenas eram conhecidos nos grupos
literários, e de lhes dar projeção ao lado de Camões, José
Régio, António Botto, Augusto Gil, entre outros.
Carlos
Villaret, irmão de João Villaret, tocava magnificamente, pelo que, o seu
talento, era muito admirado e solicitado – Além de lhe servir de apoio musical,
acompanhando-o nas calorosas declamações, sim, quer nos espetáculos do teatro,
quer depois quando surgiu a televisão, nos anos 50, quando passou assinar um
programa semanal com o seu nome., tinha lugar cativo no salão do Hotel Avenida
Palace, na época o melhor hotel da cidade , onde dava largas à sua criatividade
e ao fulgor das suas extraordinárias capacidades artísticas, com um reportório
diversificado, quer no domínio das improvisações, quer nos temas clássicos mais
em vogas, nacionais ou estrangeiros. - Um extraordinário pianista, que infundia
simpatia e simplicidade e de quem hoje não se fala, optando-se por lembrar
apenas o maestro António Melo -
De seguida passo a transcrever a letra do poema, que aqui edito em video e que tive de passar palavra por palavra, visto o não ter encontrado na Internet a cópia da letra do do original, não sabendo, por esse facto, qual a forma poética que teria dado às suas palavras, correndo até o risco de, eventualmente, não aperceber de alguma palavra.
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