JOÃO VILLARET - Poema Inédito A Sua Mãe - Naquele fim de tarde dolorida foi a minha mãe à fonte!..E viu estrelas projetadas na água adormecida!..
Jorge Trabulo Marques -
Jornalista - C Video ilustrado com imagens de mães portuguesas e santomenses
Ator, declamador e
encenador – Nele a gordura não era mera espessura mas notável empatia, génio, sedução
e formosura. Sem dúvida, uma das mais carismáticas figuras
portuguesas do cinema e do teatro declamado, em comédias, revistas e nos
filmes em que participava, mas, inigualável, especialmente,
na arte de dizer poesia Com récitas, tanto
em Portugal, como nas ex-colónias, Espanha, Brasil e Argentina
Gravação do poema, que aqui recordo, foi-me foi oferecida pelo autor do poema – Meu saudoso amigo, Monsenhor Moreira das
Neves – Na mesma
cassete, figura também o registo declamado do belo poema "Natal! - Nas pesquisas, que me foi possívelefetuar,não vi que houvessequalquer outro resisto gravado ou escrito com a letra deste poema
De seu nome completo João Henrique Pereira Villaret
nasceu a 10 de maio de 1913, em Lisboa, cidade no dia e faleceu, ao
48 anos, no dia 21 de Janeiro de 1961 - . "Depois de ter terminado o Liceu,
dedicou-se ao teatro, tendo estado ligado à revitalização do teatro nacional.
Gradualmente, ganhou fama de declamador pelo que causou algum escândalo quando
decidiu, em 1941, enveredar pelo teatro de revista, provando em êxitos
sucessivos que era possível conciliar o género dramático e o de revista- Excerto de https://www.infopedia.pt/$joao-villaret
A memória
de João Vilaret, ficou associada ao
Teatro Villaret e na toponímia de
escolas e a ruas – O auge da sua fama, surgiu com o aparecimento da
televisão, nos anos 50, em Portugal, onde o ator passou a assinar um programa
semanal com o seu nome, que lhe granjeou um vasto e fiel auditório, através do qual
contribuiu para incentivar e
popularizar o gosto pela poesia e ao mesmo tempo dar a conhecer e muitos dos nossos poetas, que,por via do analfabetismo, então
reinante, escapavam ao conhecimento geral, tal como, Fernando
Pessoa e Miguel Torga, que na altura apenas eram conhecidos nos grupos
literários, e de lhes dar projeção ao lado de Camões, José
Régio, António Botto, Augusto Gil, entre outros.
Carlos
Villaret, irmão de João Villaret, tocava magnificamente, pelo que, o seu
talento, era muito admirado e solicitado – Além de lhe servir de apoio musical,
acompanhando-o nas calorosas declamações, sim, quer nos espetáculos do teatro,
quer depois quando surgiu a televisão, nos anos 50, quando passou assinar um
programa semanal com o seu nome., tinha lugar cativo no salão do Hotel Avenida
Palace, na época o melhor hotel da cidade , onde dava largas à sua criatividade
e ao fulgor das suas extraordinárias capacidades artísticas, com um reportório
diversificado, quer no domínio das improvisações, quer nos temas clássicos mais
em vogas, nacionais ou estrangeiros. - Um extraordinário pianista, que infundia
simpatia e simplicidade e de quem hoje não se fala, optando-se por lembrar
apenas o maestro António Melo -
João Villaret
desafiou o modo como se dizia poesia
Fez todos os géneros de teatro e apresentou os grandes
poetas ao grande público através da televisão Nas provas de
admissão para o Conservatório, João Villaret recitou dois vilancetes e um soneto
de Camões. "Recitei-os como eu os sentia e, no fim, o mestre, que era
professor conceituado da casa, olhou-me com severidade e disse: O menino tem
boa voz, mas os versos não se dizem assim, mas como se fossem prosa. E eu,
muito pespinete, nervoso e irritado, respondi: Então porque é que são versos? E
o mestre: O menino é insolente mas inteligente, está admitido."
De sue nome completo João Henrique Pereira
Villaret nasceu a 10 de maio de 1913, há precisamente 100 anos, na sua casa da
rua da Boavista, nº 60, 2º andar, em Lisboa. Filho de um médico, numa família
onde todos apreciavam as artes em geral e a música em particular. Em pequeno,
João mostrou-se interessado pelo bailado e pelo teatro. Aos dez anos, adoeceu e
teve de fazer um longo período de repouso que o engordou bastante. O excesso de
peso impediu que se dedicasse ao bailado, mas a representação continuava ao seu
alcance. Do teatro amador passou para o Conservatório e daí para o Nacional.
Sem grandes complicações, como ele recordava: "Estreei-me na peça Leonor
Teles. A minha história da entrada no teatro não teve complicações. Foi a de um
rapaz que quis seguir carreira de ator, entrou para o Conservatório e um dia
estreou. Parece impossível mas foi assim mesmo, tão simples."https://www.dn.pt/artes/teatro/joao-villaret-desafiou-o-modo-como-se-dizia-poesia-3211960.html
De seguida passo a transcrever a letra do poema, que aqui edito em video e que tive de passar palavra por palavra, visto o não ter encontrado na Internet a cópia da letra do do original, não sabendo, por esse facto, qual a forma poética que teria dado às suas palavras, correndo até o risco de, eventualmente, não aperceber de alguma palavra.
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