JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
Foi considerado a primeira figura de cartaz em Portugal e no
estrangeiro, onde contracenou com Brigitte Bardot, Virna Lisi, Ana Karina,
Maria Félix, Odile Versóis, etc. Foi um dos mais disputados galãs do cinema
europeu, sobretudo na década de 50 -
Registo nas Noites do Botequim da Liberdade de Natália Correia Ao som do piano
do maestro Vitorino de Almeida - O canto e a Voz de um dos mais famosos atores
portugueses do século XX - António Vilar numa das alegres tertúlias do Botequim
de Natália Correia – Registo gravado espontaneamente num gravador de cassetes e
agora recuperado para vídeo
Um dos apontamentos que
guardo da última grande tertúlia de Lisboa - que marcou cultural e
politicamente várias décadas portuguesas - teve lugar no Botequim, bar do Largo
da Graça criado e projetado por Natália Correia. Tive o prazer de ter sido um
dos frequentadores
ANTÓNIO VILAR Justiniano
dos Santos, Actor, de seu nome completo, nasceu no Bairro de Alcântara, em
Lisboa, a 31-10-1912, e faleceu em Madrid (Espanha), a 15-08-1995. Foi o mais
internacional galã do Cinema português
Foi o rosto por
excelência do cinema clássico, sobretudo, dos grandes espectáculos históricos e
das co-produções luso-espanholas como "Inês de Castro" e "Rainha
Santa".
Personificou Luís Vaz de
Camões em "Camões" (1946), em Portugal, antes de assentar arraiais em
Espanha, onde viveu até ao fim dos seus dias. –Entre 1946 e 1978, protagonizou
perto de 40 filmes castelhanos, dos quais se destacam “La Mantilla de Beatriz”
(“A Mantilha de Beatriz”, 1946), “Reina Santa” (“A Raínha Santa”, 1947), “Una
Mujer Cualquiera” (1949), “Don Juan” (1950), “Alba de América” (1951), “El
Redentor” (1957), “Muerte Al Amanecer” (1959), “Comando de Asessinos”
(“Fim-de-Semana Com a Morte”, 1967) e “Disco Rojo” (“Sinal Vermelho”, 1973).
Interpretou papeis
marcantes no cinema espanhol como Don Juan em “Don Juan” (1950) e Cristovão
Colombo em “Alba de América” (1951). E regressou a Portugal para encabeçar o
elenco de "O Primo Basílio" (1959) de António Lopes Ribeiro.
Mas uma das suas prestações mais elogiadas foi no filme " El Judas" (1952), em que interpreta três personagens: Mariano Tormé (o homem que apenas pensa no lucro), Judas e o próprio Jesus Cristo, sendo inclusive aclamado no Festival de Veneza.
Mas uma das suas prestações mais elogiadas foi no filme " El Judas" (1952), em que interpreta três personagens: Mariano Tormé (o homem que apenas pensa no lucro), Judas e o próprio Jesus Cristo, sendo inclusive aclamado no Festival de Veneza.
Na Argentina torna-se
também popular, interpretando três filmes: "La Quintrala" (1955),
"Os Irmãos Corsos" (1955) e "Miercoles Santo" (1954). Fez
provas para "El Juramento de Lagardère", mas acabou por não
participar no filme devido a uma queda que deu dum cavalo, durante as filmagens
de uma cena.
Trabalhou também em Itália, onde protagonizou “Guarany” (1948), “Santo Disonore” (“Honra e Sacrifício”, 1949) e “Il Padrone Delle Ferriere” (1959).
Trabalhou também em Itália, onde protagonizou “Guarany” (1948), “Santo Disonore” (“Honra e Sacrifício”, 1949) e “Il Padrone Delle Ferriere” (1959).
Em França filmou, com
êxito, "Bel amour" e "Le désir et l'amour", ambos de 1951.
E contracenou com Brigitte Bardot em "A Mulher e o Fantoche" (“La Femme et le Pantin”, 1959), interpretando o rico e orgulhoso Matteo Diaz .
E contracenou com Brigitte Bardot em "A Mulher e o Fantoche" (“La Femme et le Pantin”, 1959), interpretando o rico e orgulhoso Matteo Diaz .
O seu último filme foi
“Estimado Señor Juez” (1978). Nos anos seguintes, perseguiu o sonho de
produzir, realizar e protagonizar um épico sobre Fernão de Magalhães, tendo
gasto a sua fortuna pessoal na pré-produção do filme, após as recusas de
subsídios governamentais por parte de Portugal e de Espanha. Para esse efeito,
conseguiu construir uma réplica duma nau da frota de Magalhães, que foi
oferecida à Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses.
Em Espanha – A mais recente edição abreviada da “Enciclipédia
Espasa” inclui uma biografia de António Vilar, único artista cinematográfico
peninsular vivo que figura naquela Enciclopédia, salientando-se as suas
criações de Camões, D. Dinis, D. Pedro e Cristovão Colombo, do protagonista de
“Embaixador do Inferno” e de “Judas”. É, de resto, lisonjeiro para Portugal que
entre as criações do actor se façam figurar três filmes portugueses: “Camões”,
“Inês de Castro” e “Rainha Santa”.
Foi primeira figura de
cartaz em Portugal e no estrangeiro, onde contracenou com Brigitte Bardot,
Virna Lisi, Ana Karina, Maria Félix, Odile Versóis, etc. Foi um dos mais
disputados galãs do cinema europeu, sobretudo na década de 50. http://portugal-mundo.blogspot.com/2012/11/antonio-vilar-1912-1995-um-dos-maiores.html
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