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JORGE TRABULO MARQUES- JORNALISTA Academia Militar – anos 80 –- Registo para a História do mais antigo estabelecimento de ensino universitário militar, com 230 anos de existência, “onde se cultivam grandes valores”
"Não é uma
conspiração! Mas o significado de tantos estarmos juntos é o de que algo não
vai bem" - Reunindo oficiais de diferentes armas, idades e cursos
–Entrevistas com o Marechal Spínola, antigo aluno do Colégio Militar - General
Galvão de Melo - General Vasco Lourenço; General Ricardo Durão; O então
Tenente-Coronel Victor Alves - Coronel Macedo Pinto Coronel Santos Paiva, além
de outros oficiais que não foi possível identificar
JORGE TRABULO MARQUES- JORNALISTA Academia Militar – anos 80 –- Registo para a História do mais antigo estabelecimento de ensino universitário militar, com 230 anos de existência, “onde se cultivam grandes valores”
Academia Militar, completou 230 anos no passado dia 12 de Janeiro, “a formar comandantes com saber, carácter e liderança, desde a sua fundação como Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, por D. Maria I, em 1790, escola onde se formou o Patrono e que constitui a referência da nossa antiguidade como Instituição de Ensino Superior Militar em Portugal e, também soleniza, os 183 anos após a alteração da sua designação para Escola do Exército pelo Marquês de Sá da Bandeira em 1837. ”, referia o anúncio do tradicional Jantar de Confraternização, âmbito das comemorações do Dia da Academia
Diabruras na minha viatura dos inimigos da Liberdade |
JORNALISTA HÁ 50 ANOS - De 1970 -a 75- Correspondente da revist Semana Ilustrada de Luanda - Depois em Portugal - ANTIGO MILITAR DO 6º CURSO DE COMANDOS, EM LUANDA - Meu segundo Comandante era então o General Soares Carneiro, natural do meu concelho - Fui selecionado, no Huambo, para o curso de oficiais no curso de sargentos milicianos na antiga Nova Lisboa, em Angola, por ter ficado em 5º entre os 700 alunos, o segundo na especialidade de Armas Pesadas, mas preferi voltar a S. Tomé, como furriel miliciano e fazer uma tropa tranquila, depois de ter passado pelo curso de comandos - E,, três anos, depois enveredar pelo jornalismo por via de umas aventuras maritimas - Os acasos e os destinos da vida, são mistérios de Deus.
AMBIENTE DE GRANDE FRATERNDADE - EM QUE ATÉ O MARECHAL SPÍNOLA - SUGEERIA AO SEU CAMARADA DO LADO PARA SER POR ENTREVISTADO - E contar-me as suas façanhas desportivas
Apontamento para a Rádio Comercial-RDP, com declarações de vários oficiais superiores e generais, registado por mim nos anos 80 - Tendo sido o único repórter presente. - O convívio, embora anunciado publicamente, através da RTP, porém, como estava a ser antecedido de alguma polémica, face aos rumores que corriam de que se tratava de uma manifestação de desagrado, face ao poder politico, cujo PM era então Cavaco Silva, acabou por não ter contado com a presença da generalidade dos media.
Este, um dos variadíssimos registos - de centenas - em cassetes e algumas bobinas, que guardo ainda no meu arquivo, em memórias de um repórter - É claro, que, quando a estação foi privatizada, obviamente que acabei por levar com a martelada, tendo sido um dos que foram abrangidos pelo despedimento coletivo.
General Vasco
Lourenço: Questionado de que, esta reunião, só é possível por via de um certo
descontentamento, respondeu-me: é uma interpretação! - Entre outras palavras que
deixavam depreender a minha observação.
General Ricardo
Durão - Acho que foi uma ideia muito boa ! E, à semelhança do que acontece no
Colégio Militar e noutros Estabelecimentos de Ensino! Encontrei hoje muita
gente que não via há anos!
O então
Tenente-Coronel Victor Alves: acho que é uma excelente ideia do Sr General
Bruno! Que nos deu a possibilidade de aqui nos reunirmos. (...) como sabe,
todos os anos, há reuniões de cursos, etc. e falta sempre muita gente!-… E hoje
dá a impressão que não falta ninguém”… Não é uma conspiração! Mas o significado
de tantos estarmos juntos é o de que algo não vai bem
Coronel Macedo
Pinto – Vinte e tal anos do Ultramar - Do curso de 1914 – Vejo isto como uma
necessidade de nos confraternizarmos mais: acho que isto é uma riquíssima
ideia! Que só traz benefícios! E traz saudade e traz tudo! – Estive em África:
eu só não conheço Guiné e Timor! De resto, estive em todas elas
A Academia Militar, como Estabelecimento Militar de Ensino
Superior que forma atualmente os futuros oficiais do Exército e da
Guarda Nacional Republicana, é herdeira de um património que se estende muito
para além da sua antecessora Escola do Exército.
As primeiras escolas militares de formação apareceram na
Europa no século XVI, em resposta à evolução da arte da guerra e das
importantes inovações tecnológicas no âmbito dos armamentos, o que levou,
especialmente na engenharia militar e na artilharia, a um
esforço na instrução e qualificação dos seus quadros.
Em Portugal, as primeiras escolas de oficiais remontam à
«Escola de Vila Viçosa», criada no século XVI (provavelmente no ano de
1525) pelo 5.º duque de Bragança, D. Teodósio I, onde se ensinavam não só
humanidades, mas também esgrima e equitação, “de grande vantagem para
todos os mancebos que se destinassem à carreira das armas”. Alguns
anos depois, em 1559, foi criada a “Aula do Cosmógrafo Mor”, sob os auspícios
de Pedro
Nunes, considerada antecessora da atual «Escola Naval».
(…) A Academia Militar é diferente das outras universidades
no que respeita à formação científica de índole técnica e tecnológica, mas
sobretudo na formação comportamental (consubstanciada numa sólida educação
militar, moral e cívica) e na preparação física e de adestramento
militar. Formar Comandantes com diferentes valências para enfrentarem, com
eficácia e eficiência, as adversidades do novo Mundo, é um trabalho
árduo e contínuo, mas também criativo e desafiante para todos quantos servem na
Academia Militar.
Com cerca de 700 alunos e 130 docentes (entre militares e
civis), a Academia Militar vem desenvolvendo um trabalho de (e para o)
futuro, o qual não pode, nem deve ser descontinuado, pois a qualidade dos
frutos do futuro em muito deverão à exigência, ao rigor, à disciplina, e ao
saber incutidos nas sementes de hoje.
Independentemente das contingências que se avizinham,
entendemos que a Academia Militar deve continuar a ser: uma Escola de
formação de oficiais fiel ao interesse global das Instituições que serve;
uma Escola respeitadora das tradições, e construtora de novos caminhos
sustentados pela inovação e criatividade; uma Escola de valores (lealdade,
honra, dever e sentido de serviço por Portugal) que continue a atrair os
jovens portugueses; um espaço aglutinador e integrador da inteligência militar;
um instrumento importante para a consolidação de uma visão estratégica para
o Exército e a GNR; um “pilar estratégico da cidadania e da civilidade”; Excerto de https://assets.exercito.pt/SiteAssets/AM/Sintese%20Hist%C3%B3rica%20da%20Academia%20Militar.pdf
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