13 anos a médio
de defesa central - Jogou na seleção Nacional e
participou na conquista seis campeonatos
e uma Taça Latina para o Benfica
Foi uma das principais figuras no
ciclo dourado de 1947, quando Portugal bateu a Espanha pela primeira vez e se
estreou a vencer na condição de visitante, na República da Irlanda. Reconhecido
como um “Médio com enorme disponibilidade para a luta, fazia tudo em esforço
sem preocupações de ordem estética. Em nome da paixão pelo jogo e do amor pelo
Benfica.
Começou
a jogar aos 14 anos no futebol de praia. E, mesmo quando jogava, no
Barreirense, trabalhava na Lisnave, “com
um “revolver” nas mãos ( máquina de cravar rebites nos barcos)
Tinha 71 anos quando o entrevistei –
Confessou-me que ainda podia até ter jogado mais tempo mas os adversários, nomeadamente do lado dos Sportinguistas, apodavam-no
do Pai Natal, pois o que desejavam era vê-lo fora das quatro linhas: não tanto
pelo seu desmérito ou redução das suas capacidades físicas mas por ser um dos
mais talentosos jogadores, a meio-campo, um dos mais categorizados distribuidores
de jogo, que mais contribuía para as vitórias benfiquistas
“Lá vai cavilha
nas pernas” .- Era este, de algum modo, o lema dos pioneiros tempos do futebol,
naquela altura, em que valia tudo; o que contava não eram as técnicas, as
fintas ou os dribles artísticos , a disciplina mas marcar golos: De uma vez
levou oito pontos.
Apelidado também de "Chico da Badana" e pelo alcunha de Pai Natal – Por ser o
jogador mais velho na equipa da luz - Quando deixou o Benfica, aos 37 anos, fizeram-lhe
uma festa de solidariedade – Com os
fundos angariados pôde então comprar uma
casa.
Eu jogava “choco a choco” com a bola – Mas
o jogo era aduro e, num jogo, em Coimbra - Académica – Benfica , levou uma valente biqueirada,
que lhe deixou maracas numa das pernas para o resto da vida
Numa
final da Taça de Portugal, Benfica- Sporting, o jogo terminou empatado a 4x4 – Dizia
que “era bola para lá bola para cá. Nas penalidades, a equipa da Luz teve mais
sorte, ganhou por 5x4
Depois de abandonar o futebol emigrou para
a Holanda trabalhando para a KLM no aeroporto de Amesterdão.
Regressado a Portugal foi contínuo num Grémio onde se reformou.
Faleceu em Novembro de 1991,sendo sepultado em Vila Chã.
Nasceu no Barreiro Velho em 29 de Abril de 1915. E faleceu aos
76 anos, em 11 de Novembro de 1976Faleceu em Novembro de 1991,sendo sepultado em Vila Chã.
O QUE É DITO DA HISTORIA DO BARREIRENSE – “No início do século XX, um
grupo de aprendizes das oficinas dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste fundaram
uma agremiação a que deram o nome de Sport Recreativo Operário Barreirense, que foi crescendo e beneficiando
da extinção de outras coletividades para aumentar o número de sócios. No
entanto, dificuldades financeiras levaram o clube a proceder a uma profunda
reorganização interna e, em assembleia geral realizada a 11 de abril de 1911, foi
decidido que tendo como base esse clube nascesse o Foot-Ball Club Barreirense.
Hoje nos campeonatos distritais, o Barreirense já foi um dos clubes mais
importantes do futebol nacional. Na década de 1930, foi duas vezes finalista do
Campeonato de Portugal, perdendo em 1930 para o Benfica no prolongamento e em 1934 para o
Sporting.
Na I Divisão também foi presença assídua
nos anos 1950, 1960 e 1970, tendo como melhor classificação o quarto lugar
obtido em 1969-70, que valeu a qualificação para a Taça das Cidades com Feiras, precursora da
antiga Taça UEFA e atualmente Liga Europa, em que defrontou o Dínamo Zagreb:
2-0 no Barreiro, 1-6 na Croácia.
Se olharmos aos craques que se formaram
e passaram pelo Barreirense, dava para construir um plantel
histórico de fazer inveja a muitos clubes portugueses. As faces mais visíveis
foram o guarda-redes Bento, o médio Carlos Manuel, os extremos José Augusto e
Fernando Chalana e mais recentemente o lateral direito João Cancelo. Mas há
mais: Adolfo Calisto, Carlos Gomes, Frederico, Nelinho, Neno ou Arsénio. O
treinador Paulo Fonseca também fez grande parte da
formação e da carreira de futebolista profissional no clube, assim como o atual
capitão do Belenenses SAD, Gonçalo Silva.
Em 24 presenças na I Divisão, foram mais
de duas centenas os futebolistas que jogaram pelo Barreirense no primeiro escalão. Vale por
isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes. https://davidjosepereira.blogspot.com/2020/04/barreirense-jogadores-faneca-bandeira-silvino-mira-vasques-jose-joao-faia-correia-pinto-ricardo-vale.html?spref=fb
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