expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sexta-feira, 10 de julho de 2020

S. Tomé e Príncipe – Da Independência, em 12-07-1975 - Calorosa e festiva à extrema pobreza deprimida da atualidade - Mas o importante é "assumir os erros cometidos, ultrapassar o passado, encarar com realismo o presente e construir, com esperança, o futuro" - Como diz o fundador da pátria santomense. Vem aí o 45º aniversário - Meus testemunhos de imagens e de palavras , que fizeram história nos acalorados dias da dinâmica Associação Cívica Pró-MLSTP - Estive na primeira linha da reportagem, tendo sido alvo de espancamentos e de graves represálias pelos opositores à denuncia dos massacres do Batepá e à “Independência total, çà cu pôvô mecê ” Era o grito, vibrado em uníssono, por milhares de santomenses - Tendo sido obrigado, em Março de 75, a abandonar a Ilha numa piroga para a Nigéria , numa noite de tempestade, travessia que vinha projetando mas por outras razões

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA -  Desde há 50 anos  - RECORDANDO  OS ACALORADOS DIAS DA DINÂMICA ASSOCIAÇÃO CÍVICA, PRÓ-MLSTP - Então correspondente da Revista angolana Semana Ilustrada  - Em Portugal, na extinta Rádio Comercial-RDP, colaborações em diversa imprensa nacional e regional. - Não perca-  imagens e videos






























INDEPENDÊNCIA TOTAL, CÁ CU PÔVÔ MECÊ”

Cartaz com que foram dadas as boas vindas ao então Tenente Coronel Pires Veloso - O Primeiro e o último governador pós 25 de Abril - Este o aviso de que a vontade do povo santomense era soberana e imparável, por mais obstáculos que existissem.

 Os ativistas – pró-independência - não enveredaram pela luta armada mas causaram forte contestação e instabilidade, não dando tréguas a qualquer ideia ou projeto que não visasse a total libertação do povo oprimido do arquipélago. Promovendo uma constante onda de agitação política e social. Não deram hipóteses a que os movimentos federalistas ou neocoloniais, conquistassem adeptos e se implantassem. 




Independência-Já” era a palavra de ordem mais ouvida nos comícios e manifestações de rua. E, nos cartazes, os slogans mobilizadores pautavam-se, sobretudo, por um claro e único objetivo, expresso em linguagem popular : “Independência total, çà cu pôvô  mecê ”  -  Independência total é  tudo o que povo quer. Os jovens ativistas da Associação Cívica, foram a principal força interventiva e conciencializadora durante o processo de descolonização –. Sem a sua coragem e o seu dinamismo, porventura, ainda hoje as duas ilhas, eram colónias, tal como sucede a outros territórios que estão nas mãos de 61 países

O 25 de Abril devolvera a liberdade ao Povo Português e a promessa da libertação dos povos sob o jugo colonial. A censura foi erradicada e a imprensa passou a publicar livremente os seus artigos, reportagens e a exprimir as opiniões. 

A minha experiência na Roça, fora suficiente dura e decepcionante para  tomar  consciência de que o colonialismo, não servia nem os povos das ilhas nem sequer muitos dos pobres colonos, que para ali iam na esperança de uma vida melhor.  Também fora enganado. Por isso, não vi outro caminho que não fosse o de apoiar o movimento libertador. 

ESTÁ  A MELHOR CONQUISTA NOS 45 ANOS DE INDEPENDÊNCIA -   Em termos de formação   e de identidade -  Quantos santomenses formados se existiam em 1975? - Escassos - Se bem que, a nível  primário e liceal, já houvesse avanços significativos  - Com importantes instalações  

Há cinco anos, no seu discurso, Manuel Pinto da Costa, sublinhava que “O nosso maior sucesso foi termos adquirido uma identidade, podermos ter as nossas próprias opções e até cometer os nossos próprios erros”…

É na nossa identidade, que começámos a reconstruir nas quatro décadas que levamos de independência que reside a chave para o sucesso de São Tomé e Príncipe, recusando a nacionalização do pessimismo, da crítica destrutiva, do desânimo, da inércia e do isolamento insular que nos empurra constantemente para nós próprios.


TODAVIA,  decepcionante e amargo é constatar  que, 45 anos depois, as condições de vida das populações, não só  não melhoraram como continuam a depararem-se com extremas carências

Um pais fortemente endividado e dependente da ajuda externa 27/06/2019 Dívida pública são-tomense é "grave" e exige medidas "muito difíceis", segundo FMI https://observador.pt/2019/06/27/divida-publica-sao-tomense-e-grave-e-exige-medidas-muito-dificeis-segundo-fmi/


07:43 - 14/05/20 POR LUSA O Governo de São Tomé e Príncipe está a pedir aos parceiros bilaterais o "alívio" das dívidas devido aos problemas de tesouraria do pai, no quadro da crise económica acentuada pela pandemia da covid-19. https://www.noticiasaominuto.com/economia/1478453/sao-tome-e-principe-pede-alivio-da-divida-aos-parceiros-bilaterais

As antigas instalações das roças estão irreconhecíveis e são escassos os modelos de desenvolvimento: - grande parte das plantações foi votada ao abandono. - Não se morre se fome, porque,  a fertilidade dos solos, mesmo não sendo devidamente cuidados, têm sempre frutos para oferecer. Porém, não basta: o clima húmido e quente é bom para o turista se maravilhar com o verde luxuriante das florestas ou se  refastelar nas praias por uns dias mas é propício ao aparecimento de doenças tropicais, para quem aqui vive, e, não havendo dinheiro para medicamentos e outras necessidades básicas,  morre-se de morte lenta e penosa, que é justamente o que  vem acontecendo com as novas doenças

AVISOS SÉRIOS À NAVEGAÇÃO

12-07-2015 - Manuel Pinto da Costa Dizia também no seu discurso - Herdámos terras e explorações agrícolas, base da nossa economia, abandonada. Uma a administração pública desmantelada. Um país sem quadros formados, sem recursos financeiros. Tivemos de construir um Estado a partir do nada.

Muita coisa mudou entretanto. O mundo mudou e São Tomé e Príncipe soube acompanhar essa mudança e ser pioneiro em África na transição pacífica e tranquila do monopartidarismo para a democracia multipartidária.


Tivemos 15 anos de regime de partido único. Fizemos a mudança para a democracia pluralista há 25 anos.

Este é um percurso que nos deve orgulhar. É um património da nossa história que devemos valorizar.

Temos de ser capazes de assumir os erros cometidos com humildade porque todos os cometeram e a, partir daí, ultrapassar o passado, encarar com realismo o presente e construir, com esperança, o futuro.- Excerto de http://www.odisseiasnosmares.com/2015/07/sao-tome-e-principe-ha-40-anos-nasceu.html


COLONOS ENFURECIDOS NÃO  ME MATARAM PORQUE ME ESCAPEI NUMA CANOA PARA A NIGÉRIA - Largando à noite, discretamente, da Praia Melão, em quase 13 dias de terríveis tempestades e podres calmarias -

MAS ANTES DE PARTIR, CHEGUEI A ESTAR REFUGIADO NO MATO EM CASA DE AMIGO SANTOMENSE – Dentro do que me foi possível, fiz o registo da cronologia dos acontecimentos e testemunhei história

O que profundamente lamento é o comportamento do  comerciante de origem portuguesa, Sr. Jorge Moisés Teixeira Coimbra, que,  tendo ido buscar os   milhares de negativos a casa da  minha companheira, uma amável nativa santomenses (única pessoa que me viu partir rumo ao desconhecido, numa noite profundamente escura e com o horizonte rasgado por sinistros relâmpagos,  tornado esse, que horas depois, me envolveria no seu fantasmagórico carrossel de alterosas vagas), sim, que, em posterior aventura,  não teve a gentileza de até agora me entregar o meu espólio  19/02/2008 atitude do empresário jorge moysés teixeira. coimbra


UNS MESES DEPOIS, APÓS INVADIREM O PALÁCIO DO GOVERNO E DE INSULTAREM O GOVERNADOR – Mal me viram nas imediações, um autêntica multidão de colonos brancos, loucos e enfurecidos, munidos de machins, desatou atrás de mim -  -Se me apanhassem, teria sido degolado e desfeito  - Esplharam-se por todas as ruas e o que me valeu foi ter descoberto a escada de uma porta aberta, subir as escadas e refugiar-me no telhado até ao anoitecer   - Tendo-me valido o apoio de um amigo santomense, que me deu abrigo em sua casa. 


MESMO ASSIM, QUANDO CORRIA À SUA FRENTE, AINDA LEVEI COM UMA PEDRA NA CABEÇA e outra nas costas - Depois de descarregarem toda a ira e ódio na minha modesta viatura, furando-lhe os quatro pneus à navalhada, arrombara-me a casa, partiram-me tudo: escaqueiraram-me a máquina de escrever, onde nem sequer ficou um simples copo inteiro para beber água - Não satisfeito com a malvadez, deixaram uma forca pendurada na porta, e, na parede ao lado,  uma cruz desenhada e a inscrição: " a morte sanciona cada traidor".

Uma manhã, ao saírem do palácio, depois de insultarem, o Governador, Pires Veloso – mal me viram sentado na esplanada do Restaurante Palmar, – onde pretendia inteirar-se daquela estranha ocorrência -, imediatamente correram furiosos atrás de mim!  E eram umas largas centenas. Se me apanhassem, naquele momento, estou convencido que me  tinham esmagado e linchado. -


TIVE QUE ME REFUGIAR, EM CASA DE UM SANTOMENSE: dos pais do Constantino Bragança, que, tendo assistido à perseguição, se deslocou à noite ao local para me colher no seu modesto casebre, algures no mato: Sr. Jorge! Pode descer, que os brancos foram todos para o quartel da Polícia Militar e do Cinema Império e venha para a minha casa


A minha casa ficou irreconhecível, num monte de destroços. Como não me apanharam lá no seu interior,  deixaram-me à porta  o laço da prometida forca de corda. Pelos vistos, em qualquer parte do mundo, os jornalistas são sempre as primeiras vítimas. É neles que descarregam todos as iras e ódios. Ainda hoje, ao escrever estas linhas, se me toldam os  olhos, tal os maus momentos por que passei. Ao meu modesto carro, por duas vezes, lhe furaram os pneus à navalhada.- Não me importo de ser confrontado com os elementos  da natureza mais hostil, mas ser  atingido pelo ódio humano é mil vezes pior!...Não é medo é um sentimento de profunda tristeza e revolta


PIRES VELOSO ALUDE,  NO SEU LIVRO:  “VICE-REI DO NORTE – Memórias e Revelações” À INESPERADA INVASÃO DOS COLONOS AO PALÁCIO DO GOVERNADOR

A manifestação podia ter acabado numa tragédia: havia o desejo de pegar em armas e atacar os defensores da Independência Total. Estes depressa galvanizaram as populações e o movimento do pró era imparável. Só se matassem o povo inteiro. Houve quem estivesse quase a perder as estribeiras.


Faltou-lhes lá o Tenente-Coronel Ricardo Durão a liderar a revoltaque, uns dias antes, desembaraçara no aeroporto de São Tomé. Se o Tenente-Coronel Pires Veloso (hoje General), não o obrigasse a voltar no mesmo avião, estou certo de que, as águas que correm nas pacíficas Ilhas de São Tomé e Príncipe, ter-se-iam toldado por muitas manchas de sangue. E, sobretudo, se o Governador, não apelasse à calma dos manifestantes: os quais se rebelaram por motivos absolutamente injustificáveis, pois ninguém os molestou - Seguiram, depois, para  o quartel da Polícia Militar e Cinema Império. Porventura, na perspectiva de que, Ricardo Durão, os viesse comandar -  Já que a o episódio do seu regresso forçado não fora tornado público.

Os dias que antecederam a proclamação da independência de São Tomé e Príncipe, já quase se vão esfumando com o imparável calendário  do tempo, todavia, merecem ser recordados, e é  também  o propósito desta postagem, com algumas fotos e textos, de minha autoria, publicados, na Revista Semana Ilustrada, acerca das primeiras manifestações públicas  do movimento pró-independentista,  em vésperas de mais um dia histórico na consolidação da democracia e do multipartidarismo das Ilhas Verdes do Equador -



   Imagens e palavras históricas – Comício Público




"Há alguma desilusão mas não desesperança"

Na qualidade de jornalista da revista angolana, Semana Ilustrada, tive oportunidade de acompanhar e divulgar, muitas dessas ações, e dialogar pessoalmente com Filinto Costa Alegre, assim, como com outros membros desta dinâmica associação, e, posteriormente, com  os principais dirigentes do MLSTP e outras figuras que entretanto surgiram na ribalta do processo de descolonização e democratização.

Volto a encontrar-me com Filinto Costa Alegre, 39 anos depois! - Tendo o honroso prazer de lhe poder dar um abraço amigo, de estar lado a lado e frente a frente, com um dos mais aguerridos e distintos patriotas da luta democrática pela independência de São Tomé e Príncipe, pois nestas ilhas não chegou haver ações de luta armada, dado o caráter pacifista e tolerante  dos santomenses.

O caloroso e afável encontro decorreu, num dos bancos da antiga avenida marginal de São Tomé, onde se situavam as instalações da Pousada Miramar, que anteriormente haviam servido de central do cabo submarino, uma vez mais graças às amáveis diligências do Coronel Victor Monteiro, então Diretor do Gabinete da Presidência da República de São Tomé e Príncipe,

"O sistema era extremamente injusto e estávamos a ser permanentemente humilhados e então sentimos que era o momento de virmos e darmos o nosso contributo para que nos libertássemos do jugo colonial, que implicava a tal humilhação e até violência" "O que se está a passar em São Tomé é a reprodução do que se passa a nível mundial: «Estamos num regime extremamente injusto para com os mais desfavorecidos, em que um pequeno número de pessoas beneficia de tudo o que o país produz» Apesar desse aspeto negativo diz: «mas nós, cá em São Tomé, ainda  temos razões para ter esperança. Há sinais de que as coisas estão a mudar positivamente

Filinto Costa Alegre, fez parte de um reduzido grupo de estudantes universitários que abandona os estudos, em Portugal e que voluntariamente responde aos ventos de mudança do 25 de Abril. Só por esse corajoso gesto é digno do seu nome se inserir na  galeria  dos valorosos heróis destas ilhas. Mas o seu amor pátrio, a  sua entrega e generosidade à terra que o viu nascer, tais abnegados propósitos, vão ainda  mais longe.






40 anos depois da independência - José Freet Lau Chong – “O Resultado poderia ser melhor”  - O então Ministro da Informação, Justiça e Trabalho, e comissário Político, confessa-se um pouco desiludido, com algum individualismo e egoísmo, dos novos tempos; diz que “as pessoas já não se interessam pelo bem-estar do próximo. Quanto ao passado,  reconhece que se cometeram alguns erros, nomeadamente no plano do desenvolvimento económico, e aponta as razões: porque “não tínhamos experiência, dentro da governação, não tínhamos quadros competentes; - por exemplo no domínio da agricultura.  Apesar tudo, houve progressos: primeiro, porque ficámos livres, porque podemos falar e resolver os nossos problemas. E, segundo, porque, no plano da educação e formação de quadros, também se fez muita coisa.

 

José Freet - Em Novembro de 2014 - Junto à sua casa para lhe oferecer a cópia da mensagem que me salvou de ser enforcado na famigerada cadeia  Black Beach  - 38 dias depois de penosa incerteza, bebendo água das chuvas e até do mar e alimentando-me de aves e peixes





"MENSAGEM DO POVO DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, PARA O POVO BRASILEIRO" - Que não chegou ao destino  mas continua perfeitamente actualizada.


Em meados de Outubro,  pouco tempo   depois da Independência e após a escalada do Pico Cão Grande, deixaria São Tomé a bordo do pesqueiro Hornet para ser largado numa piroga na Ilha de Ano Bom, 180 Km a sul da linha do Equador, a fim de tentar a travessia atlântica - com uma mensagem redigida por José Fret Lau Chong que então desempenhava as funções de ministro da Informação, Justiça e Trabalho – cargo que ocupou entre 1975 e 1976 – a qual dizia, entre outras palavras, o seguinte: "Salientamos o espírito aventureiro que preside à iniciativa do Camarada  Jorge Marques, que, depois de uma viagem experimental , e bem sucedida de S. Tomé à Nigéria, também de canoa, propõem-se avançar, desta feita, mais significativamente, programando o percurso S. Tomé- Brasil."

EXCERTOS DO TEXTO DA SEMANA ILUSTRADA   A  referida manifestação teve lugar num sábado à tarde. Principiou no Riboque, sede daquela Associação Cívica, foi engrossando à medida  que ia percorrendo as principais ruas e avenidas da cidade de S. Tomé,  e terminou mais tarde no mesmo local, num verdadeiro mar de gente, em calorosa exaltação de confiança e de apoio ao novo destino político que o Movimento de Libertação de S. Tomé e Príncipe, com sede em Libreville, Gabão, pretende dar a estas terras e às suas populações.

Dirigiam o prolongado e grosso cortejo de manifestantes, os irmãos, Costa Alegre, que, sobre o tejadilho de um carro, proferiram frases de apoio não só ao Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, como aos mais representativos Movimentos dos outros territórios, sob domínio portugês, cujos nomes, seguidamente, eram repetidos em coro pela multidão

Registaram-se algumas paragens, durante as quais os dois irmãos Costa Alegre chamaram a atenção do Povo para a necessidade imediata da independência total e das vicissitudes que o colonialismo lhes havia imposto ao longo de séculos. Fez-se ainda a leitura de alguns panfletos, que no final foram distribuídos a todos os manifestantes,  e nos quais se referia que “só com a independência total  as riquezas que o Povo de S. Tomé e Príncipe produz servirão Povo. E ainda: “A instrução, a assistência médica para servir o Povo de S. Tomé e Príncipe, só com a independência total, pois com ela haverá o controlo da riqueza pelo Povo para satisfação das necessidades do Povo” e noutro passo a seguinte frase: “Enquanto a riqueza continuar a sair para o estrangeiro, para servir alguns, o Povo de s. Tomé e Príncipe não será verdadeiramente livre”

A dita manifestação, a primeira até agora levada a cabo, decorreu, embora calorosa, como o maior aprumo, ordem e civismo.
Julho – 1974 - A associação Cívica pró-Movimento Libertação de São Tomé e Príncipe promoveu há dias  o seu primeiro Comício.

Teve lugar frente ao  largo do mercado Municipal, e congregou enorme multidão de simpatizantes daquela Associação Cívica.

Nos panfletos distribuídos a toda a assistência podia ler-se: "O M.L.S.T.P. (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe) definiu sempre como único meio para a satisfação das necessidades do povo de São Tomé e Príncipe, a independência total, o que significa o fim da exploração, o combate à fome, à miséria, ao analfabetismo, à doença crónica, que o colonialismo nos deixa, depois de 500 anos de dominação. A nossa causa é justa e para a sua total realização, o Povo de São Tomé e Príncipe precisa de conhecer quem são os seus inimigos.

Lotamos contra a exploração que nos brutaliza e oprime. Os inimigos são, portanto, os exploradores, os colonialistas"


São Tomé e Príncipe tem 70% das crianças afectadas pela pobreza e falta de protecção social
08/06/2016 -Um relatório do Fundo das nações Unidas para Infância (Unicef) relata que mais de 70% das crianças são-tomenses são pobres. O estudo, realizado a cada cinco anos, analisa a situação das crianças, que representam cerca de 50% dos 187 mil habitantes do país.

.  São Tomé e Príncipe tem 70% das crianças afectadas pela pobreza e ...

Nenhum comentário :