expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Dia Internacional da Liberdade de Imprensa - Meu voto de coragem a todos os profissionais que não sentem o estigma de "uma informaçao domesticada " ou a barbárie da violência física e da opressão

Meu abraço amigo aos jornalistas  de S. Tomé e Principe - Das maravilhosas ilhas verdes do equador, onde dei os meus primeiros passos,  mas, que, após o 25 de Abril, me haveriam de custar graves dissabores por alguns colonos que se opunham aos novos ventos da liberdade.

 A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz: “todos os homens são livres e iguais –  Mas a liberdade  de expressão, mesmo nos  denominados regimes democráticos, onde    os principais órgãos da comunicação social estão sob a alçada do poder económico, não passa senão de uma grande ilusão:  - De um descarado colete de forças a permitir  um enorme buzinão de uma nota só, sem direito ao contra-ponto ou oposta argumentação. 

Em 2012, em Portugal, houve um assessor politico que  escreveu estas palavras, num artigo de opinião publicado no primeiro número da versão brasileira da revista Campaigns & Elections sobre "a importância da agenda", dizendo que "Uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar" https://www.publico.pt/2012/01/05/jornal/uma-informacao-nao-domesticada-constitui-uma-ameaca-23730323

Nas  ilhas pacificas do Equador, não se matam jornalistas, como tem sucedido em várias partes do nundo, mas os salários são demasiado magros para estimular a profissão, a compensa justa ao seu trabalho e dignificação.  

Em diversas regiões do mundo, todos os anos vários jornalistas são capturados, assassinados ou mantidos prisioneiros, com destaque para os países onde vigoram regimes ditatoriais.

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa tem como objetivos: promover os princípios fundamentais da liberdade de imprensa; combater os ataques feitos aos media e impedir as violações à liberdade de imprensa; lembrar os jornalistas que são vítimas de ataques, capturados, torturados ou a quem são impostas limitações no exercer da sua profissão; prestar homenagem a todos os profissionais que faleceram vítimas de ataques terroristas ou que foram assassinados por organizações terroristas


Após o 25 de Abril de 1974, umas centenas de colonos das roças,  deixaram aquelas propriedades e foram-se manifestar ao Governador Pires Veloso  - Ao abandonarem o Palácio, contra a independência do arquipélago, vendo-me junto à esplanada do Restaurante Palmar, desataram correr atrás de mim, munidos dos seus machins.

.. SE ME APANHASSEM,  TERIA SIDO DEGOLADO E DESFEITO!...  

Mesmo assim, quando corria à sua frente, ainda levei com uma pedra na cabeça e e outra nas costas - 
TIVE QUE ME REFUGIAR, EM CASA DE UM SANTOMENSE: dos pais do Constantino Bragança, que, tendo assistido à perseguição, se deslocou à noite ao local para me colher no seu modesto casebre, algures no mato: Sr. Jorge! Pode descer, que os brancos foram todos para o quartel da Polícia Militar e do Cinema Império e venha para a minha casa"

Constantino Bragança - Recorda neste video o que então se passou e como me acolheu em sua casa

Como não me apanharam lá no seu interior,  deixaram-me à porta  o laço da prometida forca de corda. Pelos vistos, em qualquer parte do mundo, os jornalistas são sempre as primeiras vítimas. É neles que descarregam todos as iras e ódios. Ainda hoje, ao escrever estas linhas, se me toldam os  olhos, tal os maus momentos por que passei. Ao meu modesto carro, por duas vezes, lhe furaram os pneus à navalhada.- Não me importo de ser confrontado com os elementos  da natureza mais hostil, mas ser  atingido pelo ódio humano é mil vezes pior!...Não é medo é um sentimento de profunda tristeza e revolta.Os jornalistas são sempre as primeiras vítimas, os bodes-expiatórios da ira popular, das guerras e conflitos - 

T

Nenhum comentário :